PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP
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Caderno para Elaboração de Plano Diretor de Transporte e da <strong>Mobilidade</strong> - <strong>PlanMob</strong><br />
alocados os alunos de uma maneira que sejam<br />
atendidas as suas necessidades de transporte,<br />
de acordo com o nível de serviço determinado<br />
pela prefeitura. O planejamento precisa atender<br />
ainda a comodidade dos estudantes, para<br />
que percam o menor tempo possível dentro<br />
dos veículos, e os limites do orçamento público,<br />
otimizando a necessidade de frota e a quilometragem<br />
percorrida.<br />
Resolvido o problema do transporte dos<br />
escolares, permanecem as dificuldades dos<br />
moradores que precisam ser atendidos pelos<br />
serviços de transporte coletivo regular. A baixa<br />
densidade demográfica, a dispersão espacial da<br />
população e as limitações do sistema viário dificultam<br />
a manutenção de uma oferta regular por<br />
linhas de transporte dentro das regras usuais de<br />
financiamento destes sistemas nas cidades, isto<br />
é, coberto exclusivamente pelas tarifas pagas<br />
pelos usuários diretos. Isto inviabiliza economicamente<br />
o atendimento a estas regiões ou limita<br />
a oferta a poucos horários durante o dia.<br />
Entretanto, esta população não pode ser privada<br />
do acesso ao trabalho, à saúde, à educação,<br />
ao lazer, nem permanecer segregada das<br />
oportunidades disponíveis na cidade. Este atendimento<br />
pode ser viabilizado com o emprego de<br />
diversos recursos do planejamento dos sistemas<br />
de transporte: subsídio público, mecanismos<br />
compensação tarifária, tarifas diferenciadas, sistemas<br />
integrados, utilização de veículos diferenciados,<br />
estímulo ao uso de transporte não motorizado,<br />
implantação de serviços de transporte<br />
alternativo complementares, etc. As alternativas<br />
devem ser analisadas pelo poder público considerando<br />
as suas especificidades e restrições<br />
(legais, orçamentárias, etc.) locais.<br />
O planejamento deve ser complementado<br />
por um programa de controle,<br />
conservação e manutenção da infraestrutura<br />
viária existente (estradas, atalhos,<br />
servidões, pontes, mata-burros,<br />
etc.), que permita a sua utilização mesmo<br />
em períodos de intempéries, garantindo<br />
condições mínimas de mobilidade<br />
nessas áreas.<br />
A identificação do perfil e das necessidades<br />
do transporte de carga na área rural do<br />
município, principalmente para o escoamento<br />
da produção agrícola, identificando sua<br />
sazonalidade, volume de produção e características<br />
de transporte para cada produto,<br />
permite estabelecer diretrizes e um planejamento<br />
adequado das intervenções sobre<br />
essa infra-estrutura.<br />
7.3.2.11<br />
Organização da circulação<br />
Na organização da circulação os planejadores<br />
intervêm na regulamentação da<br />
circulação viária, restringindo alguns movimentos<br />
até então permitidos, com objetivo<br />
de aumentar a capacidade da via, a sua fluidez<br />
ou a segurança.<br />
Originalmente, as vias não apresentam nenhuma<br />
restrição à circulação ou parada de veículos,<br />
permitindo total liberdade aos seus usuários.<br />
Com o crescimento urbano, aumentam os<br />
volumes de circulação, crescem os conflitos e<br />
as vias começam a apresentar capacidade insuficiente<br />
para atender a demanda. Como nem<br />
sempre é possível e necessário ampliar a oferta<br />
real de espaço viário, com construção de novas<br />
vias ou ampliação das existentes, a solução é<br />
alterar a sua regulamentação, racionalizar os<br />
deslocamentos, restringindo alguns movimentos<br />
para aumentar a capacidade de outros.<br />
Uma primeira ação costuma ser a implantação<br />
de sentido único de direção em vias saturadas,<br />
reservando espaço para estacionamento.<br />
Esta medida traz o benefício adicional de reduzir<br />
o número de conflitos nas interseções e, conseqüentemente,<br />
os reduz a probabilidade de acidentes<br />
com pedestres e veículos. A implantação<br />
de sentido único de direção depende da disponibilidade<br />
de um sistema alternativo para receber<br />
o volume de tráfego eliminado, que pode ser<br />
suprido pela adoção de binários de circulação<br />
(duas vias que operam o mesmo serviço, com<br />
sentidos únicos em direções opostas).<br />
A definição de sentido único de tráfego em<br />
uma via deve considerar os maiores atraves-<br />
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