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PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP

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7. CONSTRUINDO O PLANO DE MOBILIDADE<br />

136<br />

• nível de lotação média das viagens de<br />

transporte coletivo;<br />

• índice de reclamação dos usuários sobre o<br />

serviço de transporte coletivo;<br />

• índice de notificações (autuações) aplicadas<br />

aos operadores do serviço de transporte<br />

coletivo.<br />

7.3.2.10 Acessibilidade, transporte coletivo<br />

e escolar para a área rural<br />

O problema de acessibilidade e mobilidade<br />

das áreas rurais não se restringe à implantação<br />

e à conservação das vias, devendo incluir<br />

também a possibilidade e o grau de dificuldade<br />

da população usufruir bens e serviços.<br />

A distribuição da população na zona rural<br />

segue alguns padrões: uma parcela vive em<br />

aglomerados urbanos, normalmente menos<br />

densos do que as áreas urbanas; outros trabalham<br />

e residem em fazendas, sítios ou pequenas<br />

propriedades; e há um terceiro grupo,<br />

mais recente, de moradores de classes média,<br />

média alta e alta que se instalam em loteamentos<br />

(em geral condomínios fechados).<br />

Todos estes moradores possuem necessidades<br />

básicas, similares aos habitantes<br />

das cidades: necessitam fazer compras,<br />

ir ao médico, estudar, resolver problemas<br />

pessoais, passear, receber amigos e todas<br />

outras atividades econômicas e sociais.<br />

Algumas destas necessidades podem ser<br />

providas na própria região (escolas, postos<br />

de saúde, pequenos comércios), outras só<br />

são encontradas no núcleo urbano; e mesmo<br />

para o acesso aos equipamentos existentes<br />

na área rural, muitas vezes é preciso<br />

percorrer grandes distâncias, impossíveis<br />

de serem vencidas a pé.<br />

Os dois primeiros grupos de moradores<br />

são normalmente constituídos por cidadãos<br />

de baixa renda, que não possuem automóvel<br />

e dependem do transporte público ou, na ausência,<br />

se deslocam a pé, cavalo, charrete,<br />

bicicleta ou outros meios de transporte não<br />

motorizados.<br />

Já no terceiro grupo, as famílias possuem<br />

até mais de um veículo, gerando um elevado<br />

número de viagens motorizadas por transporte<br />

individual para o atendimento de todas suas<br />

necessidades; além disto, estes loteamentos<br />

geram empregos para um certo número de<br />

pessoas que utilizam transporte coletivo.<br />

O transporte escolar para a população de<br />

baixa renda nas áreas rurais é um dos principais<br />

problemas de muitos municípios. A educação<br />

fundamental é um direito constitucional<br />

de todo brasileiro e, portanto, é obrigação do<br />

Estado propiciar as condições de acesso das<br />

crianças às escolas, incluindo o transporte.<br />

Em alguns locais, o poder público (prefeitura<br />

ou estado) oferece transporte para as crianças<br />

do ensino fundamental residentes na área<br />

rural, por meio do próprio sistema de transporte<br />

coletivo, por ônibus operados diretamente<br />

pelas prefeituras ou por serviços contratados<br />

na modalidade de fretamento.<br />

O planejamento deste tipo de atendimento<br />

não é simples. A definição das rotas e dos horários<br />

precisa levar em conta os locais de residência,<br />

a localização das escolas, os tempos<br />

de viagem, os horários de início e término das<br />

aulas, tanto na ida como na volta. O órgão público<br />

responsável por esse planejamento precisa<br />

montar e manter atualizado um cadastro<br />

com estas informações para todos os alunos<br />

que necessitam do transporte. A dificuldade<br />

de obter informações precisas não pode ser<br />

subestimada, dada a constantes mudanças<br />

de local de moradia, ao baixo nível de escolaridade<br />

dos responsáveis pelas crianças, a<br />

imprecisão dos endereços, entre outras.<br />

Devem ser mapeadas as residências, pontos<br />

escolhidos para concentrar o embarque dos estudantes<br />

(quando não for possível o atendimento<br />

porta a porta, devem ser determinados pontos<br />

intermediários, próximos ás residências) e as<br />

escolas. Precisam também ser identificados os<br />

horários de entrada e de saída e o sistema viário<br />

existente (estradas, vias urbanas ou caminhos).<br />

Com base nos dados cadastrados, são<br />

elaboradas as rotas onde, em seguida, serão

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