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PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP

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7. CONSTRUINDO O PLANO DE MOBILIDADE<br />

Muitas cidades brasileiras contam com<br />

sistemas integrados, do tipo tronco-alimentado<br />

que oferecem conectividade entre várias<br />

linhas de transporte coletivo e que permitiram<br />

a troncalização dos sistemas, isto é, a concentração<br />

das linhas que atendem aos corredores<br />

viários principais, complementados por<br />

uma rede de linhas alimentadoras, geralmente<br />

articuladas em um terminal de integração.<br />

Muitos desses sistemas foram implantados na<br />

década de 1980 e hoje, esgotada a sua capacidade<br />

de atendimento, precisam ser reformulados<br />

ou ampliados.<br />

Mesmo com tantos benefícios, os sistemas<br />

integrados também têm seus problemas,<br />

como: resistência dos usuários aos transbordos<br />

compulsórios, seccionamento de linhas<br />

consolidadas e perda de tempo ou de conforto<br />

na viagem. Estes problemas devem ser<br />

eliminados ou, pelo menos minimizados, no<br />

planejamento da rede. Por fim, a sua implantação<br />

exige uma revisão da política tarifária<br />

para que seja implementada a integração e<br />

mantido o equilíbrio econômico e financeiro<br />

dos sistemas, sem a transferência de novos<br />

encargos para os usuários.<br />

130<br />

A implantação de sistemas integrados traz<br />

benefícios à rede de transporte coletivo, ampliando<br />

a mobilidade e a acessibilidade dos<br />

usuários e otimiza as redes com:<br />

• Racionalização do uso do sistema viário<br />

nos corredores de tráfego, na área central<br />

e em sub-centros;<br />

• Possibilidade de uso de veículos de maior<br />

capacidade, reduzindo a frota em circulação<br />

e, conseqüentemente, os custos operacionais,<br />

a emissão de poluentes e solicitação<br />

do sistema viário;<br />

• Redução do número de linhas em circulação<br />

nas áreas de tráfego congestionado,<br />

com reflexo na quantidade de veículos que<br />

demandam os pontos de parada em percurso<br />

ou nos terminais de retorno;<br />

• Redução da ociosidade da frota operando<br />

em linhas sobrepostas, com reflexo nos<br />

custos da operação;<br />

• Melhor articulação da rede de transporte<br />

coletivo, oferecendo mais opções de viagens<br />

para os usuários pela possibilidade<br />

de integração entre duas ou mais linhas,<br />

em estações de integração e pontos de<br />

conexão;<br />

• Melhor legibilidade da rede de transporte<br />

pelos usuários, pela simplificação dos<br />

atendimentos na malha viária principal e<br />

nas regiões periféricas e pela concentração<br />

das linhas em pontos notáveis.<br />

Foto: SeMob<br />

A recente disseminação de sistemas eletrônicos<br />

de cobrança de passagens (bilhetagem<br />

eletrônica), hoje presente em mais de 50% da<br />

frota de ônibus urbanos do país, ampliou as alternativas<br />

de constituição de sistemas integrados,<br />

que já não exigem, como no passado, a<br />

construção de grandes terminais, permitindo a<br />

integração tarifária em qualquer ponto ao longo<br />

do trajeto das linhas. Porém, mesmo não sendo<br />

imprescindíveis, e podendo ser simplificados e<br />

ter suas dimensões reduzidas, terminais, estações<br />

de transferência ou até pontos de parada<br />

com tratamento urbanístico adequado são<br />

equipamentos urbanos importantes de suporte<br />

aos sistemas integrados, oferecendo conforto,<br />

segurança e serviços de apoio aos usuários e<br />

aos operadores. As dimensões e características<br />

funcionais destes equipamentos urbanos de<br />

integração variam em função do tamanho das<br />

cidades, da característica da rede proposta e<br />

do modelo operacional de integração, dos volumes<br />

de oferta e de demanda, independente da<br />

adoção de sistemas de bilhetagem automática.<br />

O conceito operacional da rede integrada,<br />

existente ou prevista, é determinante para a

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