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PlanMob Mobilidade Urbana - ANTP

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Caderno para Elaboração de Plano Diretor de Transporte e da <strong>Mobilidade</strong> - <strong>PlanMob</strong><br />

dência e segurança, possibilitando maior qualidade<br />

de vida.<br />

Os municípios, mesmo na existência de<br />

legislação local que transfira a obrigação aos<br />

proprietários dos imóveis, permanecem com a<br />

responsabilidade pelo seu cumprimento, além<br />

do papel de normalizar a sua execução, estabelecer<br />

diretrizes para que os passeios, mesmo<br />

quando construídos em diferentes momentos<br />

e por diferentes proprietários, adquiram uma<br />

configuração homogênea.<br />

Também cabe ao poder público municipal<br />

a fiscalização quanto ao uso correto deste espaço,<br />

evitando a sua invasão por ambulantes,<br />

automóveis depósitos de entulhos ou qualquer<br />

outra atividade privada que impeçam a livre<br />

circulação das pessoas, inclusive as que têm<br />

deficiências ou dificuldades de locomoção.<br />

As calçadas também delimitaram uma parte<br />

da via pública, fora do espaço de circulação dos<br />

veículos, para instalação de uma série de equipamentos<br />

públicos de suporte às redes de infraestrutura:<br />

postes de iluminação pública, caixas<br />

de correio, telefones públicos, postes de suporte<br />

da sinalização de trânsito, lixeiras, etc.; nelas<br />

também é plantada a arborização pública e se<br />

instalam uma série de atividades comerciais de<br />

pequeno porte: bancas de jornal, quiosques, etc.<br />

As calçadas devidamente projetadas, considerando<br />

o paisagismo e todos esses equipamentos,<br />

são elementos fundamentais na<br />

paisagem urbana. Com um desenho urbano<br />

de qualidade, mobiliário urbano adequado e,<br />

obedecendo os princípios do desenho universal,<br />

podem tornar-se espaços agradáveis para<br />

circulação e para permanência, praticamente<br />

uma extensão das praças.<br />

As cidades que possuem características<br />

geográficas favoráveis, situadas na orla marítima,<br />

cortadas por rios ou que disponham de outras<br />

frentes de água devem aproveitar as vias<br />

contornam a sua orla para construção de calçadas<br />

com dimensões mais avantajadas para<br />

estimular caminhadas, atividades de lazer ou o<br />

simples desfrute dos cenários e das paisagens<br />

oferecidos por esta condição especial.<br />

O último ponto a merecer um destaque<br />

são as vias especializadas para pedestres,<br />

os calçadões. Este tipo de intervenção foi implantado<br />

em diversas cidades brasileiras com<br />

resultados positivos que indicam que é uma<br />

medida adequada para o tratamento de lugares<br />

com volumes elevados de pedestres, podendo<br />

contribuir para a revitalização de áreas<br />

centrais e mudança do tipo de atividade econômicado<br />

local. Do mesmo modo, o uso dos<br />

calçadões pelo comércio ambulante precisa<br />

ser planejado e fiscalizado para impedir a sua<br />

deterioração.<br />

Os passeios públicos, como espaços de<br />

cidadania, exigem uma gestão efetiva da administração<br />

municipal na sua implantação e<br />

manutenção, para que se tornem espaços<br />

qualificados para a funções a que se destinam.<br />

Para isto, alguns cuidados básicos se fazem<br />

necessários:<br />

• Uso de materiais de qualidade e com resistência<br />

adequada e superfície antiderrapante<br />

para propiciar segurança aos usuários,<br />

mesmo quando molhados ou em aclives<br />

acentuados;<br />

• Construção de calçadas com largura mínima<br />

desobstruída que permita a passagem<br />

de duas pessoas lado a lado;<br />

• Manutenção da sessão transversal plana<br />

apenas com o caimento necessário para o<br />

escoamento de águas pluviais;<br />

• Construção mantendo o perfil longitudinal<br />

sem degraus, exceto quanto os declives<br />

forem muito acentuados e estes apresentarem<br />

um nível de conforto melhor do que<br />

as rampas;<br />

• Rebaixamento das guias ou meios-fios nas<br />

esquinas e nos locais onde houver faixa de<br />

travessia para permitir o trânsito de cadeirantes,<br />

com rampas com as inclinações<br />

máximas estabelecidas pela ABNT;<br />

• Localização adequada de equipamentos<br />

urbanos públicos (postes, telefones, lixeiras,<br />

etc.) de modo a garantir uma faixa de<br />

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