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A arte de Julgar - Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da ...

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MANUAL<br />

DE<br />

JULGAMENTO<br />

Barbacena, 21 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2012.


A ARTE DE JULGAR<br />

Introdução<br />

A Ezoognósia ou Exterior é o ramo <strong>da</strong> Zootecnia que estu<strong>da</strong> a conformação externa dos animais domésticos,<br />

apreciando as belezas e <strong>de</strong>feitos, para a conseqüente avaliação do mérito <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> indivíduo. O termo Ezoognósia vem<br />

do grego: ex = fora, zoo = animal; gnosia = conhecimento.<br />

Alguns autores preferem <strong>de</strong>finir a Ezoognósia como o estudo <strong>da</strong> morfologia externa dos animais em função <strong>de</strong> suas<br />

ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas. De qualquer forma, a Ezoognósia está intimamente relaciona<strong>da</strong> à <strong>arte</strong> <strong>de</strong> julgar ou apreciar os<br />

animais. Ela confere ao criador as bases indispensáveis para o julgamento.<br />

O julgamento dos animais com base no exterior se apoia principalmente na existência <strong>de</strong> uma associação entre a<br />

forma do indivíduo e a função por ele <strong>de</strong>sempenha<strong>da</strong>. Esta correlação entre forma do indivíduo e função resulta em<br />

última análise no tipo.<br />

Em Zootecnia, quando se menciona apenas o tipo, subten<strong>de</strong>-se a soma dos atributos morfológicos externos que<br />

indicam a tendência do animal para uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> produção.<br />

Des<strong>de</strong> milênios o homem tem revelado essa preocupação <strong>de</strong> colocar num mesmo indivíduo as boas quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

conformação alia<strong>da</strong>s às <strong>de</strong> eleva<strong>da</strong> produção. A História relata que as observações dos primeiros agricultores levaram<br />

à <strong>de</strong>dução <strong>de</strong> que certas caraterísticas morfológicas externas eram <strong>de</strong>sejáveis nos animais realizando funções<br />

específicas, como a <strong>de</strong> produzir leite, carne, trabalho ou lã.<br />

O julgamento pelo exterior se baseia principalmente no exame <strong>de</strong> conformação, e <strong>de</strong>ve incluir não somente as<br />

características raciais, mas também aqueles que acusam o tipo. Justamente neste particular, isto é, quando leva em<br />

consi<strong>de</strong>ração o tipo, é que a apreciação pelo exterior adquire importância como prática <strong>de</strong> melhoramento. Em algumas<br />

categorias, a associação entre tipo e produção é mais níti<strong>da</strong>, como por exemplo, no gado <strong>de</strong> corte. Muitas<br />

características <strong>de</strong> importância econômica para a produção <strong>de</strong> carne po<strong>de</strong>m ser observa<strong>da</strong>s tanto no macho como na<br />

fêmea, e alguns <strong>de</strong>les, até muito antes dos animais atingirem a maturi<strong>da</strong><strong>de</strong> sexual.<br />

Para outras características ain<strong>da</strong>, como a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> carcaça por exemplo, a aparência externa do animal oferece<br />

muitos bons indícios <strong>de</strong> avaliação. Já no gado leiteiro, a associação é menos <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>. Mas, o grosso <strong>da</strong>s investigações<br />

relata<strong>da</strong>s mostra que há uma tendência para que os animais <strong>de</strong> tipo mais <strong>de</strong>sejado produzam maiores quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

leite.<br />

O estudo <strong>da</strong> Ezoognósia apresenta várias vantagens importantes <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m prática:<br />

1º) Ele interessa principalmente do ponto <strong>de</strong> vista do melhoramento do rebanho. Só se po<strong>de</strong> melhorar alguma coisa<br />

quando esta se conhece bem. A Ezoognósia nos ensina a i<strong>de</strong>ntificar a caracterização racial dos animais e reconhecer os<br />

atributos morfológicos <strong>de</strong> importância econômica. Portanto, dá elementos ao criador para fazer melhoramento;<br />

2º) Nas transações comerciais, o conhecimento <strong>de</strong> Exterior tem gran<strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong>. To<strong>da</strong> vez que um animal é<br />

comprado ou vendido, entra em cena o seu julgamento, ou a apreciação <strong>de</strong> seus méritos. Em nosso meio, a maioria dos<br />

animais é ain<strong>da</strong> negocia<strong>da</strong> com base em sua aparência externa, <strong>de</strong> tal sorte que o indivíduo, tendo bom conhecimento<br />

sobre o padrão racial ou as características <strong>de</strong> bom tipo, leva <strong>de</strong>cisiva vantagem sobre aquele que não os tem;<br />

3º) O estudo <strong>da</strong> Ezoognósia interessa muito <strong>de</strong> perto ao Zootecnista, Agrônomo ou Méd. Veterinário, pois, além <strong>de</strong><br />

lhe conferir maior soma <strong>de</strong> conhecimentos sobre sua especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>, lhe dá maior proficiência na profissão,<br />

consoli<strong>da</strong>ndo-lhe a reputação como técnico junto aos criadores práticos.<br />

Associação <strong>Brasileira</strong> dos <strong>Criadores</strong> <strong>de</strong> <strong>Bovinos</strong> <strong>da</strong> Raça Holan<strong>de</strong>sa<br />

Av. Briga<strong>de</strong>iro Luis Antonio 1930, Sala 7 - Bela Vista - São Paulo - SP - CEP 01318-909<br />

Telefone: (11) 3285-1018<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

O julgamento é uma <strong>arte</strong> cuja perfeição <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong>s aptidões e dos conhecimentos <strong>de</strong> quem a exerce. Po<strong>de</strong>r-se-ia<br />

<strong>de</strong>finir mais precisamente o julgamento como sendo “a <strong>arte</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> um animal, comparando-as<br />

ao tipo i<strong>de</strong>al ou a um padrão reconhecido” (Isidore, 1934).<br />

Sendo uma <strong>arte</strong>, os seus rudimentos po<strong>de</strong>m ser adquiridos pelo estudo e treino. Porém, gran<strong>de</strong> eficiência <strong>de</strong><br />

julgamento somente é alcança<strong>da</strong> por aqueles que possuem um Dom especial, quase que intuitivo, para a apreciação dos<br />

animais. Um adágio muito conhecido diz que “ os bons jurados já nascem feitos, não se fazem “ . Apesar disso, a<br />

observação cui<strong>da</strong>dosa e metódica, a prática constante por vários anos po<strong>de</strong>m conduzir à formação <strong>de</strong> bons jurados. O<br />

jurado eficiente é um constante estudioso <strong>da</strong> forma e função dos animais.<br />

A eficiência do julgamento ten<strong>de</strong> a aumentar com a observação e o estudo que se adquire pela prática constante <strong>de</strong><br />

observar animais. Por essa razão, para aqueles que <strong>de</strong>sejam se aperfeiçoar nessa <strong>arte</strong>, o contato freqüente com animais<br />

bem caracterizados quanto à raça, e bem <strong>de</strong>finidos quanto ao tipo, é um meio seguro <strong>de</strong> alcançar maior proficiência.<br />

Os seguintes elementos são consi<strong>de</strong>rados essenciais para bem julgar:<br />

1º) Conhecimento aprofun<strong>da</strong>do <strong>da</strong> raça em julgamento.<br />

O interessado <strong>de</strong>ve adquirir primeiramente bom conhecimento do tipo padrão <strong>da</strong> raça. Em outras palavras, <strong>de</strong>ve ter<br />

em mente as características i<strong>de</strong>ais <strong>da</strong> raça, os <strong>de</strong>feitos <strong>de</strong>sclassificantes e bem assim, os toleráveis ou permissíveis.<br />

2º) Observação acura<strong>da</strong><br />

Gran<strong>de</strong> p<strong>arte</strong> dos erros cometidos no julgamento provem <strong>da</strong> observação imperfeita ou apressa<strong>da</strong>. Sem observação<br />

acura<strong>da</strong> não se po<strong>de</strong> ver o indivíduo como ele realmente é, e como conseqüência, a <strong>de</strong>cisão final <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser correta.<br />

O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> observação acura<strong>da</strong> se costuma chamar <strong>de</strong> “olho”. Muitas pessoas possuem naturalmente esta<br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, que se traduz por um espírito <strong>de</strong> observação muito agudo. Mas, po<strong>de</strong>-se adquiri-la, fazendo-se uso<br />

sistemático <strong>da</strong> observação mediante prática bem orienta<strong>da</strong>.<br />

3º) Bom senso<br />

O jurado <strong>de</strong> bom senso e habili<strong>da</strong><strong>de</strong> ao fazer comparações, pesar bem as características evi<strong>de</strong>ntes, e assim alcançar<br />

uma conclusão lógica e justa. O jurado po<strong>de</strong> ter em mente um quadro bem completo <strong>da</strong>s características i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> um<br />

tipo padrão; po<strong>de</strong> ser bem cui<strong>da</strong>doso na observação dos <strong>de</strong>feitos e quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos animais; mas, po<strong>de</strong> falhar na <strong>de</strong>cisão<br />

final, porque não teve suficiente bom senso ou critério ao balancear as vantagens e as faltas <strong>de</strong> um animal em<br />

confronto com as <strong>de</strong> outro. Este último elemento é essencial a um jurado, embora <strong>de</strong> difícil aprendizado, pois <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uma condição inerente à pessoa, e que, freqüentemente, não po<strong>de</strong> ser ensina<strong>da</strong> ou <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>.<br />

4º) Coragem e honesti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

São duas características indispensáveis aos bons jurados. Uma vez apreciado o animal <strong>de</strong> forma conscienciosa e<br />

científica, o jurado <strong>de</strong>ve <strong>da</strong>r a sua <strong>de</strong>cisão, revelando as suas convicções com coragem, não se <strong>de</strong>ixando influenciar por<br />

opinião alheia. Se a sua <strong>de</strong>cisão é séria, a honesti<strong>da</strong><strong>de</strong> em apresentá-la compensará perfeitamente os erros e as falhas<br />

por ventura existentes, e que tenham provocado <strong>de</strong>scontentamento. Não há pior coisa para o insucesso <strong>de</strong> uma<br />

exposição que a suspeita, por p<strong>arte</strong> dos exibidores, <strong>de</strong> que o jurado não esteja agindo <strong>de</strong> acordo com as suas<br />

convicções, e sofrendo a influência <strong>de</strong> estranhos. Finalmente, é preciso não esquecer que a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> bem julgar<br />

não se adquire sem estudo, e que um jurado não alcança a perfeição na habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sua <strong>arte</strong>, <strong>de</strong> uma hora para outra.<br />

Pelo contrário, aquela quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> julgar intuitivamente se manifesta <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> alguns anos <strong>de</strong> um trabalho sério,<br />

sistemático e criterioso.<br />

Associação <strong>Brasileira</strong> dos <strong>Criadores</strong> <strong>de</strong> <strong>Bovinos</strong> <strong>da</strong> Raça Holan<strong>de</strong>sa<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

Técnicas <strong>de</strong> Julgamento<br />

MAX L. R. REZENDE<br />

1. Nunca percorrer os pavilhões <strong>de</strong> gado, antes do julgamento e sim após o término do mesmo, comentando alguns<br />

animais com os expositores.<br />

2. Se surgir alguma crítica, uma boa resposta é “uma coisa é um animal <strong>de</strong>ntro do galpão e outra, <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> pista”.<br />

3. Os animais <strong>de</strong>vem mover-se no sentido dos ponteiros do relógio e o jurado indica, por meio <strong>de</strong> gestos, quando quer<br />

que caminhem ou parem.<br />

4. Primeira inspeção ao entrar na pista: <strong>de</strong> frente, <strong>de</strong> lado e <strong>de</strong> trás (olhado por cima).<br />

<strong>de</strong> frente: analisa a cabeça, largura do peito e aprumos <strong>da</strong>s mãos (membros anteriores).<br />

<strong>de</strong> lado: analisa o corpo em geral (pescoço, paletas, costado e garupa).<br />

<strong>de</strong> trás e por cima: analisa a garupa, pernas e pés, aprumos, Cruz, bacia e região dorso lombar.<br />

IMPORTANTE: o exame individual <strong>de</strong>ve durar aproxima<strong>da</strong>mente 30 segundos.<br />

5. O jurado fica no centro <strong>da</strong> pista a 7 ou 8 metros, vendo caminhar os animais no período <strong>de</strong> duas voltas na pista (que é<br />

suficiente) e neste período imagina as colocações.<br />

TODOS OS ANIMAIS DEVEM SER EXAMINADOS COM O MESMO INTERESSE.<br />

6. Uma vez parados, revisar individualmente dos dois lados, <strong>de</strong> frente e por trás.<br />

7. Decidi<strong>da</strong> a classificação, colocam-se os animais na or<strong>de</strong>m preferi<strong>da</strong>, sempre <strong>de</strong> frente para o público.<br />

8. O jurado percorre as colocações e indica para que caminhem 5 ou 6 animais primeiros colocados, com igual distancia<br />

entre eles. Uma volta é o suficiente para <strong>de</strong>cidir <strong>de</strong>finitivamente.<br />

9. Se for necessária uma troca <strong>de</strong> posições, é melhor o inferior passar para melhor do que remover o superior para a<br />

classificação inferior.<br />

10. Antes <strong>de</strong> indicar a <strong>de</strong>cisão ao secretário, o jurado revisa todos, caminhando pela fernte e voltando por trás do animal.<br />

11. Para ca<strong>da</strong> categoria, geralmente 20 minutos são suficientes. Uma jurado <strong>de</strong>morado prejudica o espetáculo por<br />

aborrecer e cansar o público. O jurado <strong>de</strong>ve an<strong>da</strong>r rápido, seguro sem titubeio que fazem per<strong>de</strong>r tempo.<br />

12. Alguns jurados preferem escolher enquanto os animais an<strong>da</strong>m, escolhendo o melhor, e os outros a seguir na or<strong>de</strong>m<br />

para logo alinhá-los. Qualquer que seja o método <strong>de</strong>ve ser o mesmo para to<strong>da</strong>s as categorias.<br />

13. Quando surgem dúvi<strong>da</strong>s com 2 ou 3 animais um processo recomendável é o <strong>de</strong> levar esses animais a um canto<br />

isolado <strong>da</strong> pista, caminhando juntos, compará-los e <strong>de</strong>cidir.<br />

14. O jurado <strong>de</strong>ve explicar as razões <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>cisão em voz alta e clara: não se exce<strong>de</strong>r em ca<strong>da</strong> animal, ser conciso,<br />

preciso e explicar até o 4º ou 5ª prêmio, quando julgar conveniente.<br />

15. Quatro ou cinco razões em linguagem clara e técnica (não pe<strong>da</strong>nte) são suficientes. Deve evitar conceitos sobre o<br />

futuro do animal (o jurado julga o que vê e não o que acredita ver).<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

16. Ao analisar convém observar e falar do animal numa só maneira, referindo-se ao mesmo <strong>de</strong> frente para trás ou <strong>de</strong> trás<br />

para frente. A linguagem <strong>de</strong>ve ser exercita<strong>da</strong> e precisa. A análise ou crítica exagera<strong>da</strong> a um animal <strong>de</strong>ve ser evita<strong>da</strong>.<br />

É preferível ignorar o animal. Não repetir com frequência: “Muito Bom”, “Bom”, “Muito Mal”; “Me Agra<strong>da</strong>”.<br />

17. Uma linguagem clara, precisa, técnica, <strong>de</strong>ixa geralmente uma impressão muito útil, inesquecível. Assim, o animal<br />

“X” é superior por seu conjunto harmônico, e boa união <strong>de</strong> suas p<strong>arte</strong>s. Cabeça típica, pescoço <strong>de</strong>scarnado, boa linha<br />

superior, muita profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> coração, garupa bem nivela<strong>da</strong>, muita quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e temperamento leiteiro. Em 2º<br />

lugar, um animal menos perfeito <strong>de</strong> cabeça com mais papa<strong>da</strong> (garganta) muito bom na linha superior. Possui muita<br />

profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>, bons aprumos, porém com menos quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e temperamento leiteiro.<br />

18. Frases como: “preciosi<strong>da</strong><strong>de</strong>”, “realmente atraente”, “hoje é o dia <strong>de</strong>le”, acompanha<strong>da</strong>s <strong>de</strong> correto vocabulário po<strong>de</strong>m<br />

ser usa<strong>da</strong>s, mas não educam o público.<br />

19. Sempre usar expressões tais como: “Gostaria <strong>de</strong> ver esse animal com melhor ligamento posterior”.<br />

Ao olhar um touro: a or<strong>de</strong>m é o corpo, cabeça, pescoço, membros e cau<strong>da</strong>. Especial atenção aos testículos e cordões.<br />

Ao olhar uma vaca: a or<strong>de</strong>m é a mesma com especial atenção ao sistema mamário.<br />

Alguns termos usados tecnicamente:<br />

Cabeça: atrativa – típica <strong>da</strong> raça – masculina – feminina - tosca – com pouca quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, com pouca caracterização.<br />

Pescoço: fino - bem unido à cabeça e ao corpo; grosso - carregado <strong>de</strong> carne - muito fino – muito grosso – curto.<br />

Corpo: Linha superior reta – fino na cruz (Cruz) – paletas finas, bem a<strong>de</strong>ri<strong>da</strong>s – profundo no coração – muita<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> –linha superior irregular – grosso na cruz – paletas abertas - cilíndrico apertado ou encoletados – bom<br />

arqueamento <strong>de</strong> costelas – costelas oblíquas, longas - costelas verticais, curtas – flanco profundo.<br />

Garupa ou anca: Bem nivela<strong>da</strong> – compri<strong>da</strong> (larga) – inserção <strong>da</strong> cau<strong>da</strong> suave - largo <strong>de</strong> ísquios – estreito <strong>de</strong> ísquios<br />

– larga dos íleos aos ísquios – coxas <strong>de</strong> cau<strong>da</strong> alta ou grosseira – garupa curta ou estreita – coxas musculosas,<br />

arredon<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />

Membros e prezunhas: bons aprumos (anteriores ou posteriores) jarretes secos (<strong>de</strong>scarnados) – talões fortes altos<br />

preferivelmente ou baixos – jarretes juntos – ossos redondos – ossos débeis (<strong>de</strong>licados) – unhas abertas – qu<strong>arte</strong>las<br />

fortes ou fracas.<br />

Sistema mamário: Gran<strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> – muita quali<strong>da</strong><strong>de</strong> – bem nivelado – inserções posteriores altas e largas –<br />

inserções anteriores bem a<strong>de</strong>ri<strong>da</strong>s ao corpo – disposição e forma <strong>da</strong>s tetas recomendáveis – falta <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> –<br />

carnoso – <strong>de</strong>snivelado ou inclinado – inserção posterior baixa – inserção anterior curta – tetas grossas ou cumpri<strong>da</strong>s.<br />

bem ou mal orienta<strong>da</strong>s – inserção fraca.<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

JULGAMENTO DOS CONJUNTOS<br />

Os conjuntos <strong>de</strong>verão mostrar antes <strong>de</strong> tudo uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Não é justo somar simplesmente a classificação obti<strong>da</strong><br />

pelos animais individualmente nas categorias, obter uma média e <strong>da</strong>r o primeiro lugar ao conjunto <strong>de</strong> média mais alta.<br />

Ao classificar os conjuntos, dê igual importância à individuali<strong>da</strong><strong>de</strong> (pontos tais como; conformação, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

características <strong>da</strong>s raças usa<strong>da</strong>s previamente na classificação individual) e à uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Dê atenção relativa ao<br />

tamanho, especialmente com relação ao peso por i<strong>da</strong><strong>de</strong> em ca<strong>da</strong> animal, aten<strong>de</strong>ndo às características hereditárias que<br />

po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>terminar as consi<strong>de</strong>rações expostas acima.<br />

Sugere-se os seguintes passos para o julgamento <strong>de</strong> conjuntos:<br />

1. Se o grupo <strong>de</strong> animais não é muito numeroso ponha-os em linha do mesmo modo como foram postos nos<br />

julgamentos individuais.<br />

2. A classificação dos conjuntos <strong>de</strong>ve ser feita revendo cui<strong>da</strong>dosamente todos os grupos a partir do primeiro.<br />

3. Movimente os grupos para o centro <strong>da</strong> pista, pela or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> classificação.<br />

4. Em caso <strong>de</strong> conjuntos atrelados será necessário guiar os animais <strong>de</strong> forma que se veja <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a cabeça até a<br />

cau<strong>da</strong>. Deve-se fazer uma inspeção lateral antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir a classificação final.<br />

Descrição do conjunto:<br />

Muita harmonia – simétrico – suave – boa união <strong>da</strong>s p<strong>arte</strong>s – porte atraente – muito ou pouco expressivo – muita ou<br />

pouca quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e temperamento leiteiro – masculino – feminino – <strong>de</strong>sarmônico – assimétrico – grosseiro – pouco<br />

atraente – falho <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> – estilizado – compacto.<br />

Razões <strong>de</strong> julgamento:<br />

1. O 1º <strong>de</strong>ve ser harmônico, melhor tamanho e profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>s com as melhores características leiteiras, bons<br />

aprumos.<br />

2. O último menos atraente, <strong>de</strong>sarmônico, com <strong>de</strong>feitos sérios.<br />

3. O maior <strong>de</strong>ve sempre ser melhor colocado do que o menor quando to<strong>da</strong>s as outras quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s se igualem.<br />

4. Os menores sobre os maiores quando a este falte balanceamento ou simetria ou também outros <strong>de</strong>feitos<br />

graves. É preferível um pequeno <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a um animal maior, alvo <strong>de</strong> críticas em vários aspectos.<br />

5. Nas fêmeas geralmente, a <strong>de</strong> melhor úbere.<br />

6. Um úbere mal conformado po<strong>de</strong> levar ao último posto um animal com outras boas quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

7. Há vários graus <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios (nuances) <strong>de</strong> qualquer aspecto consi<strong>de</strong>rado.<br />

8. As patas <strong>de</strong>vem ser examina<strong>da</strong>s ao an<strong>da</strong>r.<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE UM JURADO<br />

1. PRÉ-JULGAMENTO<br />

a. Horário <strong>de</strong> chega<strong>da</strong>;<br />

b. Traje pessoal;<br />

c. Apresentação à Comissão Organizadora;<br />

d. Verificação do Regulamento Oficial, e <strong>da</strong>s particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionais;<br />

e. Inspeção <strong>da</strong> pista <strong>de</strong> julgamento;<br />

f. Determinação <strong>da</strong> disposição, fluxo e ritmo <strong>da</strong>s categorias em pista;<br />

g. Cálculo do tempo <strong>de</strong> trabalho em função do número <strong>de</strong> animais e categorias;<br />

Observação: O jurado <strong>de</strong>ve evitar visita aos galpões e aos criadores antes do julgamento.<br />

2. FORMAÇÃO DE PISTA<br />

a. Cobrar do Assistente <strong>de</strong> Pista o respeito aos horários estabelecidos;<br />

b. Autorizar a movimentação inicial <strong>da</strong> categoria, indicando o sentido-relógio para giro, com os animais<br />

em or<strong>de</strong>m crescente <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

c. Instruir, quando necessário, os puxadores para posicionamento correto;<br />

Observação: O jurado coman<strong>da</strong> os movimentos dos animais na pista e comunica-se com os apresentadores<br />

sempre por gestos.<br />

3. ANÁLISE – PERSPECTIVA A (FRONTAL) Foto 01 próx. página<br />

O Jurado posiciona-se à frente <strong>da</strong> categoria e faz an<strong>da</strong>rem os animais, observando o intervalo entre indivíduos e<br />

analisando:<br />

a. Forma e temperamento <strong>da</strong> cabeça;<br />

b. Pescoço;<br />

c. Amplitu<strong>de</strong> do peito;<br />

d. Articulação úmero-escapular;<br />

e. Implantação dos aprumos dianteiros;<br />

4. ANÁLISE - PERSPECTIVA B (LATERAL INTERNA) Vi<strong>de</strong> Foto 02 na próxima página<br />

O Jurado posiciona-se no centro <strong>da</strong> pista e mantendo distância conveniente observa os animais, em movimento;<br />

a. O perfil lateral;<br />

b. Perfil <strong>da</strong> cabeça; pescoço e paletas;<br />

c. Profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> do tórax, abdômen e flanco;<br />

d. Inclinação e comprimento <strong>da</strong> garupa;<br />

e. Sistema mamário (vista lateral) forma – volume - inserção anterior - vascularização;<br />

Observação: Nesta perspectiva o jurado avalia a harmonia <strong>da</strong> forma, do temperamento leiteiro e facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

locomoção.<br />

5. ANÁLISE – PERSPECTIVA C (POSTERIOR) Foto 03 próx. página<br />

O Jurado posiciona-se entre os animais, em movimento, mantendo distância a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> entre um e outro e<br />

analisa;<br />

a. A linha cau<strong>da</strong>l – frontal ;<br />

b. Pescoço, cruz, inserção <strong>de</strong> paletas; Vértebras dorsais, lombares e apófises;<br />

c. Saí<strong>da</strong> e arqueamento <strong>da</strong>s costelas;<br />

d. Firmeza <strong>da</strong> linha dorsal;<br />

e. Largura e inclinação <strong>da</strong> garupa;<br />

f. Posição <strong>da</strong> vulva e cau<strong>da</strong>;<br />

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g. Largura e altura do úbere posterior;<br />

h. Ligamento mediano;<br />

i. Forma e posição <strong>da</strong>s tetas;<br />

j. Forma e limpeza <strong>da</strong>s coxas<br />

k. Articulação e aprumos posteriores;<br />

A ARTE DE JULGAR<br />

Observação: Em categorias, com elevado número <strong>de</strong> animais, o jurado forma um círculo menor na pista com<br />

os selecionados, para facilitar a <strong>de</strong>cisão. os animais não selecionados, po<strong>de</strong>rão ser dispensados, se a pista<br />

estiver congestiona<strong>da</strong> (permanecerão, no mínimo, 10 animais em pista).<br />

6. ANÁLISE – PERSPECTIVA D (LATERAL EXTERNA) Foto 04 na próxima página<br />

a. O Jurado caminha em sentido contrário ao movimento dos animais e faz uma rápi<strong>da</strong> inspeção lateral.<br />

b. Se julgar necessário, o Jurado po<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a para<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> animal para análise minuciosa e/ou<br />

apalpação.<br />

c. O Jurado repetirá em todos os animais o mesmo comportamento <strong>de</strong> observação;<br />

d. Nesta análise mais próxima e <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>, o Jurado irá construindo mentalmente os argumentos para as<br />

justificativas.<br />

7. PRÉ - ORDENAMENTO<br />

a. O Jurado, chama para o centro <strong>da</strong> pista, os animais pela or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> preferência ou <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

b. A categoria mantém-se em movimento circular periférico.<br />

c. Os animais chamados ficarão parados <strong>da</strong> direita para a esquer<strong>da</strong>, pela or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente.<br />

8. DECISÃO – COMPARAÇÃO ESTÁTICA<br />

a. Alinhados todos os animais, pela or<strong>de</strong>m inicial, o Jurado movimenta-se, observando;<br />

i. A perspectiva posterior comparativa;<br />

ii. A linha superior, em posição estática;<br />

iii. Perspectiva frontal comparativa;<br />

b. Após as comparações, o Jurado po<strong>de</strong>rá proce<strong>de</strong>r às alterações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento que julgar necessárias.<br />

c. Eventualmente po<strong>de</strong>rá estabelecer comparação específica entre dois animais, movimentando-os<br />

separa<strong>da</strong>mente<br />

9. DECISÃO – ORDENAMENTO FINAL<br />

a. Efetua<strong>da</strong> a comparação estática, o Jurado or<strong>de</strong>na a movimentação final <strong>da</strong> categoria.<br />

b. Após uma volta na pista, o Jurado or<strong>de</strong>na ao secretário <strong>de</strong> pista a formação para premiação, no<br />

pódium.<br />

c.<br />

10. PREMIAÇÃO<br />

O Secretário <strong>de</strong> pista posiciona os animais no pódium, em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente, <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong> para a direita, com o<br />

posterior voltado para o público.<br />

11. ARGUMENTACÃO DIDÁTICA<br />

- Este é o momento <strong>de</strong>cisivo do sucesso do trabalho do Jurado.<br />

- Suas razões tem <strong>de</strong> ser:<br />

a. Claras;<br />

b. Concisas;<br />

c. Tecnicamente corretas;<br />

- Durante o comentário <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> animal, o Jurado <strong>de</strong>termina a sua movimentação <strong>de</strong> saí<strong>da</strong> do pódium.<br />

- No comentário, o Jurado sempre <strong>de</strong>stacará as virtu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um animal sobre seu subsequente.<br />

- O Jurado abster-se-à <strong>de</strong> comentar <strong>de</strong>feitos, <strong>da</strong>ndo-lhes <strong>de</strong>staque.<br />

- A linguagem nos comentários obe<strong>de</strong>cerá aos padrões e vocabulário técnico.<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

FOTO 01: ANÁLISE PERSPECTIVA A (FRONTAL)<br />

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FOTO 02: ANÁLISE – PERSPECTIVA B (LATERAL INTERNA)<br />

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FOTO 03: ANÁLISE – PERSPECTIVA C (POSTERIOR)<br />

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FOTO 04: ANÁLISE – PERSPECTIVA (LATERAL EXTERNA)<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

Alguns Critérios para um bom julgamento<br />

RAUL PIMENTA DE CASTRO<br />

O Julgamento <strong>de</strong> gado leiteiro é, em regra geral, <strong>de</strong>terminado por quatro características que, em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

priori<strong>da</strong><strong>de</strong>, são observa<strong>da</strong>s pelo jurado.<br />

ORDEM DE PRIORIDADE<br />

1º Aparência geral<br />

2º Sistema mamário<br />

3º Características leiteiras<br />

4º Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> corporal<br />

Detalhes <strong>de</strong>scritivos <strong>de</strong> tipo que são observados no animal compõem ca<strong>da</strong> característica.<br />

O c<strong>arte</strong>l <strong>de</strong> julgamento que, <strong>de</strong> comum acordo, é adotado pelas Associações <strong>de</strong> gado leiteiro (Holandês, Ayrshire,<br />

Jersey, Guernsey, Pardo Suiço, Shorthorn Leiteiro) é aplicado por elas indistintamente. Uma pequena variação existe<br />

nas raças, porém é sempre <strong>de</strong>sejável uma vaca leiteira bem semelhante, ain<strong>da</strong> que as raças diferentes.<br />

APARÊNCIA GERAL (foto 05 próxima página)<br />

Observação <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a vaca<br />

A aparência geral inclui a vaca como um todo, feminili<strong>da</strong><strong>de</strong>, vigor, equilíbrio, força, estilo e uma boa união <strong>de</strong><br />

p<strong>arte</strong>s. Isto inclui to<strong>da</strong>s as p<strong>arte</strong>s <strong>de</strong> vaca e se vincula às seguintes subp<strong>arte</strong>s: estatura, p<strong>arte</strong> anterior, linha superior<br />

(dorso - lombar), pernas e cascos.<br />

a.) Estatura<br />

Vacas com estatura <strong>de</strong> mediana para altas são mais <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>.<br />

Acima <strong>de</strong> tudo elas possuem mais capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> leite. Por outro, lado, uma vaca alta, usualmente<br />

possui pernas longas, acarretando maior distância do corpo ao solo po<strong>de</strong>ndo acolher um sistema mamário com maior<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

b.) P<strong>arte</strong> Anterior<br />

As paletas e ombros, assim como os cotovelos, ajustam-se suavemente contra a pare<strong>de</strong> do tórax. A cruz bem<br />

<strong>de</strong>fini<strong>da</strong> é forma<strong>da</strong> pela união firme e suave <strong>da</strong>s paletas, com a linha dorsal que se eleva ligeiramente acima <strong>da</strong>s pontas<br />

<strong>da</strong>s paletas po<strong>de</strong>ndo-se observar as vértebras dorsais bem marca<strong>da</strong>s.<br />

c.) Linha Superior<br />

A linha dorso – lombar <strong>de</strong>ve ser retilínea e levemente ascen<strong>de</strong>nte. Será melhor se uma vaca jovem (2 anos) possuir<br />

discreta sifose - arqueamento na região dorso lombar porque a própria i<strong>da</strong><strong>de</strong> se encarregará <strong>de</strong> nivelar a linha. Uma<br />

garupa <strong>de</strong>sejável é longa, larga e levemente <strong>de</strong>snivela<strong>da</strong> no sentido íleo ísquio.<br />

O discreto <strong>de</strong>snível (2cm) facilita a drenagem do trato reprodutivo, quando compara<strong>da</strong>s com garupas perfeitamente<br />

planas e nivela<strong>da</strong>s ou com aqueles que apresentam os ísquios mais altos que os íleos. As articulações coxofemorais<br />

<strong>de</strong>vem ser altas, largas e coloca<strong>da</strong>s próximas à meta<strong>de</strong> <strong>da</strong> distancia entre as pontas dos íleos e ísquios, quando<br />

observa<strong>da</strong>s (vista lateral).<br />

d.) Pernas e Cascos<br />

Bons pés e pernas aju<strong>da</strong>m as vacas a permanecerem maior tempo em produção. As quatro patas <strong>de</strong>verão estar<br />

coloca<strong>da</strong>s formando um paralelograma embaixo do corpo do animal e, ao caminhar, <strong>de</strong>ixar um rastro retilíneo e<br />

paralelo. As patas posteriores necessitam <strong>de</strong> uma ossadura plana, achata<strong>da</strong>, limpas nos jarretes e <strong>de</strong>verão estar<br />

posiciona<strong>da</strong>s próximo a perpendicular na região do jarrete à qu<strong>arte</strong>la (metatarso) quando observa<strong>da</strong>s (vista lateral). As<br />

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qu<strong>arte</strong>las <strong>de</strong>vem ser fortes e curtas, enquanto que os casos <strong>de</strong>verão ser bem formados, curtos, com talões profundos e<br />

com as unhas fecha<strong>da</strong>s.<br />

FOTO 05: APARÊNCIA GERAL (Vernla Gibson Crystal)<br />

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1. SISTEMA MAMÁRIO<br />

A ARTE DE JULGAR<br />

O úbere é valorizado no julgamento porque produz a maior ren<strong>da</strong> do criador.<br />

Vacas leiteiras necessitam <strong>de</strong> úberes íntegros e funcionais para produzirem gran<strong>de</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> leite por<br />

um longo período e sucessivas lactações. O criador <strong>de</strong>ve reconhecer e valorizar um úbere produtivo.<br />

Mo<strong>de</strong>rado comprimento, largura e profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>; simétrico; não septado lateralmente; piso nivelado (vista<br />

lateral) e sobretudo bem balanceado.<br />

Os ligamentos do úbere são as mais importantes p<strong>arte</strong>s do sistema mamário. Bons ligamentos sustentam o<br />

úbere acima dos jarretes, com um forte ligamento central suspensório formando uma profun<strong>da</strong> fen<strong>da</strong> entre os<br />

quartos posteriores (vista posterior).<br />

As vacas precisam <strong>de</strong> úberes com o piso fendido (ligamento central forte, vista posterior) para manter sus tetas<br />

coloca<strong>da</strong>s sob úbere e não aponta<strong>da</strong>s lateralmente.<br />

O piso do úbere plano <strong>de</strong>monstra um suporte central fraco (vista posterior). Uma vaca com ligamento central<br />

rompido usualmente apresenta um úbere profundo, com um piso abaixo dos jarretes, e as tetas aponta<strong>da</strong>s<br />

lateralmente.<br />

O Jurado <strong>de</strong> classificação <strong>de</strong>ve sempre colocar uma vaca com o úbere profundo e muito penduloso em último<br />

ou próximo aos últimos lugares <strong>da</strong> categoria.<br />

O úbere dianteiro <strong>de</strong>ve ser mo<strong>de</strong>rado em comprimento e largura, uniforme, suave e firmemente a<strong>de</strong>rido à<br />

pare<strong>de</strong> do abdômen. O melhor úbere posterior é alto, largo e balanceado, suavemente arredon<strong>da</strong>do quando se<br />

aproxima <strong>da</strong> base <strong>da</strong>s testas (vista posterior).<br />

As tetas mais funcionais são aquelas em forma <strong>de</strong> paralelogramo, centralmente a ca<strong>da</strong> quarto, a prumo; são<br />

uniformes; <strong>de</strong> forma cilíndrica, medindo no comprimento (6 – 7 cm) e diâmetro (1,5 – 2 cm); e bem espaça<strong>da</strong>s<br />

tanto na vista lateral como na posterior.<br />

2. CARACTERÍSTICAS LEITEIRAS<br />

Características leiteiras, ou angulosi<strong>da</strong><strong>de</strong>, é um indicativo do grau <strong>de</strong> produção que se po<strong>de</strong> esperar <strong>de</strong> uma<br />

vaca.<br />

Vacas angulosas possuem longo e refinado pescoço; cruz bem <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> e angula; possuem costelas<br />

arquea<strong>da</strong>s, oblíquas e espaça<strong>da</strong>s; são limpas (sem gordura) nos íleos, no coxo – femural e nos ísquios;<br />

possuem coxas <strong>de</strong>scarna<strong>da</strong>s, retilíneas ou subcôncavas (vista lateral). Coxas planas e <strong>de</strong>scarna<strong>da</strong>s<br />

proporcionam alojamento para um largo úbere posterior.<br />

Embora a maioria dos criadores prefira vacas angulosas, uma vaca que seja muito angulosa ou fraca (magra<br />

ou débil), não é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> <strong>de</strong>sejável.<br />

Vacas <strong>de</strong>lica<strong>da</strong>s (débeis, frágeis) não são portadoras <strong>de</strong> estrutura e compleição corporal para manutenção<br />

<strong>de</strong> altas produções através dos tempos e usualmente são mais suscetíveis a problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

Detalhes <strong>de</strong>scritivos do tipo <strong>de</strong> uma vaca débil incluem: narinas estreitas, mandíbulas fracas, p<strong>arte</strong> anterior<br />

estreita e aprumos fechados, com tendência a ser estreita ou fecha<strong>da</strong> completamente.<br />

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3. CAPACIDADE CORPORAL<br />

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O corpo <strong>de</strong> uma vaca <strong>de</strong>ve ser longelíneo, profundo, amplo e proporcional, mantendo equilíbrio coma s<br />

outras p<strong>arte</strong>s.<br />

O assoalho do peito, região cardíaca, e o abdômen <strong>de</strong>vem ser profundos e amplos. As costelas <strong>de</strong>vem ser<br />

arquea<strong>da</strong>s e ter projeções oblíquas bem espaça<strong>da</strong>s e profun<strong>da</strong>s.<br />

Vacas estreitas e pouco profun<strong>da</strong>s compara<strong>da</strong>s com vacas profun<strong>da</strong>s e amplas, não mostram tanta<br />

capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> na produção <strong>de</strong> leite.<br />

FOTO 06: SISTEMA MAMÁRIO E CAPACIDADE CORPORAL<br />

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ALGUMAS SUGESTÕES QUE PODEM AJUDAR NAS DECISÕES<br />

Você sempre <strong>de</strong>ve ter em mente que uma vaca <strong>de</strong>ve se assemelhar a “TRUE TYPE” (Tipo i<strong>de</strong>al).<br />

Para aju<strong>da</strong>r, aqui vão algumas sugestões que po<strong>de</strong>rão culminar num julgamento bem sucedido.<br />

1º) Conserve sempre em mente os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong>scritivos para tipo em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> importância: o úbere, as pernas,<br />

angulosi<strong>da</strong><strong>de</strong>, a forma e estrutura.<br />

2º) Estu<strong>de</strong> vendo boas vacas ou acostume-se vendo fotos <strong>de</strong> bons animais.<br />

3º) Coloque-se a uma distância conveniente que lhe permita visualizar o maior número <strong>de</strong> animais <strong>da</strong> categoria.<br />

4º) Também tente não selecionar animais com <strong>de</strong>feitos e dê ênfase a esses <strong>de</strong>talhes na sua <strong>de</strong>cisão.<br />

5º) Conserve, em princípio, sua atenção na vaca que mais lhe impressionar à primeira vista, porque usualmente é<br />

a melhor.<br />

6º) Em casos <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong> na organização <strong>da</strong> categoria, volte-se para a sua mente, on<strong>de</strong> está grava<strong>da</strong> a imagem do<br />

tipo i<strong>de</strong>al, dê uma volta e selecione em primeiro lugar a vaca que mais <strong>de</strong>le se aproxima, <strong>de</strong>pois a segun<strong>da</strong><br />

melhor e assim por diante até o final <strong>da</strong> categoria.<br />

7º) Se for o caso <strong>de</strong> duas vacas muito semelhantes em tipo, dê preferência àquela que possui o melhor úbere.<br />

8º) Sorria, pense positivamente, acredite que você po<strong>de</strong> julgar ou então, instrua-se para tal. Trabalhe seriamente,<br />

porém não se esqueça que gosta do seu trabalho.<br />

PRATIQUE UM POUCO<br />

Para ajudá-lo a se preparar para as futuras exposições, observe as figuras <strong>de</strong>stas duas vacas Holan<strong>de</strong>sas, escolha a<br />

melhor e justifique a colocação.<br />

Foto A<br />

Foto B<br />

A colocação correta é B sobre A. B possui melhor aparência geral. B é mais limpa na garganta, mais alonga<strong>da</strong> em<br />

suas linhas, ombros e cruz melhor formados, possui melhor arqueamento e profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> costelas anteriores e<br />

posterior. B tem mais caracterização leiteira e o úbere melhor, com melhor capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>. A inserção do úbere anterior <strong>de</strong><br />

B é mais forte e suave do que A. As tetas <strong>de</strong> B estão melhor coloca<strong>da</strong>s, porém lhes falta um pouco <strong>de</strong> tamanho. B<br />

possui mais caracterização racial na cabeça, mandíbulas e narinas mais <strong>de</strong>sejáveis e amplas.<br />

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DESCRIÇÃO ANATOMIA FUNCIONAL<br />

Cabeça<br />

1.1. Face anterior – fronte, chanfro, espelho.<br />

1.2. Faces laterais – (2) – orelha, fonte, olho, bochecha, chifre, narina, olhal.<br />

1.3. Face posterior – ganacha, entre-ganacha, barba.<br />

1.4. Extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> superior – nuca, paróti<strong>da</strong>, garganta.<br />

1.5. Extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> inferior – boca.<br />

1. Fronte ( testa )<br />

a.) Localização – região impar, situa<strong>da</strong> na p<strong>arte</strong> anterior superior <strong>da</strong> cabeça, limita<strong>da</strong> atrás pela nuca,<br />

inferiormente pelo chanfro, lateralmente pelas orelhas, fontes, chifres, olhais e olhos.<br />

b.) Base anatômica – osso frontal.<br />

c.) Características – A p<strong>arte</strong> superior recebe a <strong>de</strong>nominação especial <strong>de</strong> marrafa, cuja base óssea é o bordo<br />

superior do frontal, e o lugar on<strong>de</strong> se implantam os chifres. Em algumas raças zebuínas a marrafa se situa<br />

praticamente na extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> superior <strong>da</strong> cabeça, pois, apresenta localização bem traseira (Gir). Em<br />

outras raças indianas, a fronte po<strong>de</strong> mostrar uma saliência ou crista óssea, <strong>de</strong> tamanho variável, que <strong>de</strong>sce<br />

até a p<strong>arte</strong> inferior do osso, e que recebe a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> nimbure ou nimburi, ou ain<strong>da</strong> nimburg<br />

(termo <strong>de</strong> origem Indiana sem tradução em português).<br />

No seu sentido longitudinal, a fronte apresenta, em algumas raças, uma ligeira <strong>de</strong>pressão que se<br />

convencionou chamar <strong>de</strong> goteira. A forma <strong>de</strong> fronte varia segundo a i<strong>da</strong><strong>de</strong> e a raça, e o seu tamanho<br />

<strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> médio a gran<strong>de</strong>, pois, dá à cabeça um aspecto mais expressivo.<br />

2. Chanfro<br />

a.) Localização: região ímpar, limita<strong>da</strong> superiormente ela fronte, lateralmente pelas bochechas,<br />

inferiormente pelas narinas e o espelho. Seu limite superior é <strong>da</strong>do pela linha que une os ângulos internos<br />

dos olhos.<br />

b.) Base anatômica – constituí<strong>da</strong> pelas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ínfero-laterais do frontal, os nasais, os lacrimais, os<br />

zigomáticos, ou maxilares superiores e as apófises dos intermaxilares.<br />

c.) Características – O chanfro, juntamente com a fronte, <strong>de</strong>termina o perfil, que po<strong>de</strong> ser: retilíneo,<br />

concavilíneo, e convexilíneo.<br />

Perfil retilíneo – fronte plana, marrafa sem protuberância ou escavação pronuncia<strong>da</strong>, órbitas<br />

arredon<strong>da</strong><strong>da</strong>s, situa<strong>da</strong>s na linha lateral, sem formarem saliência, sem serem apaga<strong>da</strong>s, chanfro reto.<br />

Perfil concavilíneo – fronte reentrante ou escava<strong>da</strong>, órbitas gran<strong>de</strong>s e salientes <strong>de</strong>vido à forte<br />

escavação frontal, marrafa sem saliência, às vezes um pouco escava<strong>da</strong> ao centro, chanfro reto ou<br />

ligeiramente reentrante, focinho um tanto saliente, <strong>de</strong>vido à reentrância fronto - nasal. O perfil<br />

côncavo po<strong>de</strong> ser ain<strong>da</strong>: sub-côncavo e ultra-côncavo.<br />

3. Espelho (focinho)<br />

a.) Localização – região impar, situa<strong>da</strong> abaixo do chanfro, entre as narinas e sobre o lábio superior.<br />

b.) Base anatômica – músculos, vasos sangüíneos e nervos <strong>da</strong> região.<br />

c.) Caraterísticas – é uma superfície glabra, constituí<strong>da</strong> por um tegumento abun<strong>da</strong>ntemente provido <strong>de</strong><br />

glândulas, e que continua sem nenhuma linha <strong>de</strong> <strong>de</strong>marcação com a mucosa pituitária <strong>da</strong>s vias nasais. É por<br />

isso chamado impropriamente <strong>de</strong> mucosa. O espelho <strong>de</strong>ve se apresentar bem largo e <strong>de</strong>senvolvido, sempre<br />

úmido e fresco, o que <strong>de</strong>nota saú<strong>de</strong> e vigor.<br />

Os pelos que circun<strong>da</strong>m a região são, às vezes, mais claros, que os <strong>da</strong> totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> cabeça, caracterizando<br />

certas raças. Em algumas raças, a pigmentação do espelho é um atributo étnico, revelador <strong>de</strong> pureza. As<br />

impressões obti<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s rugosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do espelho, e que persistem por to<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> do animal, fornecem o<br />

nasograma, usado como meio <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação.<br />

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4. Orelha<br />

a.) Localização – região par, situa<strong>da</strong> ao lado <strong>da</strong> fronte, abaixo e pouco atrás <strong>da</strong> inserção dos chifres.<br />

b.) Base anatômica - constituí<strong>da</strong> pela cartilagem auricular e seus músculos próprios.<br />

c.) Características – o tamanho, a forma e direção <strong>da</strong>s orelhas variam com as raças. Nas européias,<br />

geralmente, são largas, <strong>de</strong> situação horizontal, e com a face interna volta<strong>da</strong> para a frente.<br />

5. Fonte (têmpora)<br />

a.) Localização – região par, situa<strong>da</strong> entre a fronte, bochecha, orelha e olho.<br />

b.) Base anatômica – articulação têmporo – maxilar.<br />

c.) Características - esta região <strong>de</strong>ve ser seca e limpa.<br />

6. Olhal<br />

a.) Localização – região par, situa<strong>da</strong> acima do olho.<br />

b.) Base anatômica – p<strong>arte</strong> anterior <strong>da</strong> fossa temporal, que nos bovinos se situa mais lateralmente que<br />

nos equí<strong>de</strong>os.<br />

c.) Características – a região <strong>de</strong>ve ser níti<strong>da</strong>, mas pouco <strong>de</strong>primi<strong>da</strong>.<br />

7. Olho<br />

a.) Localização – região par, situa<strong>da</strong> entre a bochecha e a fronte, logo abaixo do olhal.<br />

b.) Base anatômica – cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> orbitaria, músculos e nervos próprios.<br />

c.) Características – do ponto <strong>de</strong> vista do exterior, no estudo do olho apenas se leva em conta as p<strong>arte</strong>s<br />

aparentes, isto é, o globo ocular (na sua porção anterior ), as pálpebras, chama<strong>da</strong>s vulgarmente <strong>de</strong><br />

órbitas, se assentam sobre o contorno <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> orbitaria, forma<strong>da</strong> pelos ossos frontal, lacrimal e<br />

malar.<br />

8. Chifre<br />

a.) Localização – região par, situa<strong>da</strong> ao lado <strong>da</strong> fronte e acima <strong>da</strong> orelha.<br />

b.) Base anatômica – chavelhos ósseos do frontal. Po<strong>de</strong>-se distinguir a seguinte estrutura, <strong>de</strong> fora para<br />

<strong>de</strong>ntro;<br />

Capa ou estuque córneo, mais espessa na base do que na ponta, composta <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong><br />

lâminas, em forma <strong>de</strong> escamas invaginantes, que se formam por brotamentos sucessivos;<br />

Membrana queratógena ou <strong>de</strong>rme que envolve os chavelhos ou suportes ósseos;<br />

Chavelhos ósseos, que constituem os prolongamentos do osso frontal, e apresentam em seu<br />

interior uma série <strong>de</strong> cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s seios.<br />

c.) Características- A inserção, direção e forma dos chifres po<strong>de</strong>m ser ortóceros, próceros e<br />

opstóceros, segundo estejam na mesma linha, adiante ou atras <strong>da</strong> marrafa, respectivamente.<br />

9. Bochecha<br />

a.) Localização – região par, limita<strong>da</strong> pelo chanfro, olho, pela fonte, paróti<strong>da</strong>, ganacha e boca.<br />

b.) Base anatômica – p<strong>arte</strong> dos maxilares inferior e superior, zigomático (ou malar) e lacrimal.<br />

c.) Característica – bochecha compreen<strong>de</strong> duas p<strong>arte</strong>s:<br />

Chato cuja base é o músculo masseter, e <strong>de</strong> localização superior, <strong>de</strong>vendo ser bem ampla, plana e<br />

<strong>de</strong> pele fina;<br />

Bolsa; <strong>de</strong> situação inferior, e que correspon<strong>de</strong> à porção dilatável <strong>da</strong> boca (músculos, bucinador,<br />

abaixador do lábio inferior, zigomático e risórius <strong>de</strong> Santorini). Aqui a pele é mais espessa <strong>de</strong>vido<br />

ao gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> papilas (grossas e longas) que possui a face interna (mucosa), volta<strong>da</strong> para o<br />

interior <strong>da</strong> boca.<br />

10. Narina ( venta)<br />

a.) Localização – região par, situa<strong>da</strong> ao lado do espelho e abaixo do chanfro.<br />

b.) Base Anatômica - cartilagem lateral do nariz, e cartilagens alares.<br />

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c.) Características – a narina tem a forma <strong>de</strong> uma vírgula inverti<strong>da</strong>, com a concavi<strong>da</strong><strong>de</strong> dirigi<strong>da</strong> para o<br />

espelho. É conveniente que as narinas sejam amplas e abertas, muito embora, os bovinos respirem<br />

muito mais pela boca que pelo nariz.<br />

11. Ganacha<br />

a.) Localização – região par, situa<strong>da</strong> abaixo <strong>da</strong> bochecha.<br />

b.) Base Anatômica – bordo do maxilar inferior.<br />

c.) Características – apresenta-se ligeiramente convexa, e convém que seja compri<strong>da</strong>, pois indica boa<br />

mistigação. As ganachas <strong>de</strong>vem ser bem afasta<strong>da</strong>s entre si, e não apresentar fistulas ou tumefações.<br />

12. Entre-ganacha (fauce)<br />

a.) Localização – região impar, situa<strong>da</strong> abaixo <strong>da</strong> garganta e entre as ganachas<br />

b.) Base anatômica – caso hiói<strong>de</strong> e músculos próprios.<br />

c.) Características – nos bovinos a entre-ganachas não é reentrante como nos equí<strong>de</strong>os; pelo contrário,<br />

ela se apresenta convexa, acompanhando os bordos do maxilar inferior. Deve ser larga, não empasta<strong>da</strong><br />

e com a pele fina. Na sua porção posterior, a pela mostra pregas mais ou menos <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s,<br />

conforme a raça, e que continuam através do pescoço, formando a papa<strong>da</strong> ou barbela.<br />

13. Barbela<br />

a.) Localização – região impar, adiante <strong>da</strong> entre-ganacha, e limita<strong>da</strong> embaixo e lateralmente pelo lábio<br />

inferior.<br />

b.) Base anatômica – corpo do maxilar inferior, isto é, a região do osso on<strong>de</strong> se reúnem os dois ramos<br />

laterais (nos bovinos eles nunca se sol<strong>da</strong>m completamente).<br />

c.) Características – nesta região a pele é relativamente fina e móvel.<br />

14. Nuca<br />

a.) Localização – região impar, situa<strong>da</strong> atrás <strong>da</strong> marrafa e adiante do pescoço.<br />

b.) Base anatômico – articulação atlói<strong>de</strong> – occipital.<br />

c.) Características – <strong>de</strong>ve ser curta larga e cheia nos touros e animais <strong>de</strong> corte; estreita e longa nas vacas<br />

leiteiras.<br />

15. Paróti<strong>da</strong><br />

a.) Localização – região par, situa<strong>da</strong> na linha <strong>da</strong> união do pescoço à cabeça, ficando abaixo <strong>da</strong> orelha,<br />

acima <strong>da</strong> garganta e atrás <strong>da</strong> fonte, bochecha e ganacha.<br />

b.) Base anatômica – glândular salivar do mesmo nome, abaixo <strong>da</strong> articulação têmporo-maxilar, entre o<br />

masseter e a paróti<strong>da</strong>, se encontra o gânglio parotidiano, muito <strong>de</strong>senvolvido nos ruminantes, e que se<br />

limita com a paróti<strong>da</strong> na sua porção anterior.<br />

c.) Características – a paróti<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve ser ligeiramente <strong>de</strong>primi<strong>da</strong>, mas o suficiente larga para <strong>da</strong>r a<br />

impressão <strong>de</strong> que a inserção do pescoço à cabeça é firme, sem solução <strong>de</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

16. Garganta<br />

a.) Localização – região impar, adiante do espelho e <strong>da</strong> barba, e limita<strong>da</strong> lateralmente pela porção<br />

anterior <strong>da</strong>s ganachas.<br />

b.) Base anatômica – músculos e nervos próprios <strong>da</strong>s p<strong>arte</strong>s que a constituem.<br />

c.) Característica – do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> exterior, po<strong>de</strong>-se distinguir na boca as seguintes p<strong>arte</strong>s:<br />

1º ) lábios, superior e inferior, reunidos por duas comissuras laterais, que circunscrevem a entra<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> bucal. Os lábios dos bovinos são notáveis pela sua resistência. São pouco móveis, e,<br />

apesar do gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento dos músculos envolvidos, eles servem apenas para a apreensão<br />

indireta dos alimentos. O lábio Inferior é o menos espesso e menos móvel que o superior. Os lábios<br />

<strong>de</strong>vem apresentar-se bem ajustados, indicando que o mesmo acontece com as mandíbulas. Quando<br />

isso não ocorre, surgem os casos <strong>de</strong> prognatismo superior ou inferior, que resultam <strong>da</strong><br />

proeminência ou redução <strong>de</strong> um dos maxilares, e que prejudicam os animais na preensão dos<br />

alimentos, especialmente nos pastos.<br />

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2º ) <strong>de</strong>ntes. Os bovinos são classificados no grupo dos animais heterodontes incompletos (vários<br />

tios <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes, com ausência <strong>de</strong> caninos), e difiodontes (duas <strong>de</strong>ntições). A integri<strong>da</strong><strong>de</strong> dos <strong>de</strong>ntes e<br />

<strong>da</strong>s gengivas é uma condição essencial à preensão e mastigação dos alimentos.<br />

3º ) Barras – correspon<strong>de</strong>m ao espaço inter-<strong>de</strong>ntal, que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro molar até o incisivo<br />

extremo, <strong>de</strong>nominado cato.<br />

4º ) Língua – órgão musculoso, alojado no canal lingual, e que se <strong>de</strong>stina à preensão dos alimentos.<br />

Sua p<strong>arte</strong> livre é revesti<strong>da</strong> <strong>de</strong> papilas filiformes, coriáceas, e inclina<strong>da</strong>s para trás, e são elas as<br />

responsáveis pela textura grosseira do órgão. A língua tem por base anatômica uma p<strong>arte</strong> do osso<br />

hioí<strong>de</strong>.<br />

5º ) Canal lingual – constitui o piso <strong>da</strong> boca, em forma <strong>de</strong> goteira, dividi<strong>da</strong> ao meio pelo freio <strong>da</strong><br />

língua. A integri<strong>da</strong><strong>de</strong> e ausência <strong>de</strong> tumefações são quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s essenciais nesta região.<br />

6º ) Palato – constitui o forro ou céu <strong>da</strong> boca, que apresenta na sua p<strong>arte</strong> anterior uma almofa<strong>da</strong><br />

fibro-cartilaginosa, em oposição aos <strong>de</strong>ntes incisivos no maxilar inferior, segue-se uma série <strong>de</strong><br />

rugosi<strong>da</strong><strong>de</strong> bem pronuncia<strong>da</strong>s e dispostas em arco. O palato tem por base anatômica o corpo do<br />

osso inter-maxilar, e p<strong>arte</strong>s do maxilar superior e do palatino.<br />

Pescoço<br />

Localização – região impar, entre a cabeça e o tronco , liga-se a este pelas regiões do garrote, espáduas e peito.<br />

Base anatômica – vértebras e cervicais (em número <strong>de</strong> sete), e músculos e ligamentos próprios.<br />

Características – o pescoço possui duas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, dois bordos e duas faces;<br />

1º ) Extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s – a anterior liga-se à cabeça por intermédio <strong>da</strong> nuca, <strong>da</strong>s paróti<strong>da</strong>s e <strong>da</strong> gargantas; a posterior<br />

(ou base). mas larga, pren<strong>de</strong>-se ao tórax lateralmente, nos bordos anteriores <strong>da</strong>s espáduas, superiormente ao garrote, e<br />

inferiormente ao peito.<br />

2º ) Bordos – o superior é fino e cortante nas vacas leiteiras, mais grosso e volumoso nos animais <strong>de</strong> corte.<br />

Geralmente se apresenta mais espesso e musculoso nos touros, como bom indício <strong>de</strong> masculini<strong>da</strong><strong>de</strong>. A forma do bordo<br />

superior po<strong>de</strong> ser direita, côncava e convexa, conforme a raça e categoria (vacas, garrotes ou touros ). O inferior é<br />

sempre mais afilado, <strong>de</strong>vido à pele que aí se mostra mais ou menos pen<strong>de</strong>nte, cheia <strong>de</strong> pregas, constituindo a barbela<br />

ou papa<strong>da</strong>.<br />

3º ) Face – direita e esquer<strong>da</strong>, também chama<strong>da</strong>s táboas do pescoço. Ca<strong>da</strong> fase compreen<strong>de</strong> na p<strong>arte</strong> <strong>de</strong> cima uma<br />

superfície plana que tem por base os músculos <strong>da</strong> região cervical superior; mais abaixo, em relevo, a chama<strong>da</strong> coluna<br />

cervical, que correspon<strong>de</strong> à série <strong>de</strong> vértebras cervicais; em baixo, a goteira jugular, que aloja as veias jugulares. A<br />

pele que recobre as faces do pescoço po<strong>de</strong> apresentar uma superfície completamente lisa, ou recoberta <strong>de</strong> pregas mais<br />

ou menos numerosas, conforme a raça. O pescoço <strong>de</strong>sempenha um papel muito importante na progressão e no<br />

equilíbrio do animal. Atua ain<strong>da</strong> como elemento tensor <strong>da</strong> coluna vertebral. O pescoço <strong>de</strong>ve ser horizontal, volumoso e<br />

curto nos touros, mais comprido e <strong>de</strong>lgado nas fêmeas. Em todos os casos, porém o pescoço <strong>de</strong>ve ligar-se à cabeça e<br />

ao tronco por linhas regulares e harmônicas, não apresentando saliência ou <strong>de</strong>pressões exagera<strong>da</strong>s nos pontos <strong>de</strong><br />

inserção.<br />

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Tronco<br />

O tronco apresenta quatro faces e duas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, com as seguintes regiões:<br />

a ) face superior – cruz, dorso, lombo e garupa<br />

b ) face lateral – costado, flanco e anca<br />

c ) face inferior – cilhadouro, ventre e inguinal<br />

d ) extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> anterior – peito, axila e inter-axila.<br />

e ) extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> posterior – causa , períneo , anus e vulva<br />

1. Cruz (garrote ou Cruz)<br />

a) Localização – região impar situa<strong>da</strong> entre o pescoço e o dorso, acima <strong>da</strong>s espáduas.<br />

b) Base anatômica – as apófises espinhosas <strong>da</strong>s cinco ou seis primeiras vértebras dorsais, o alto <strong>da</strong>s<br />

omoplatas, e a p<strong>arte</strong> superior <strong>da</strong>s cinco a sete primeiras costelas.<br />

c) Características – o garrote <strong>de</strong>ve ser pouco saliente, e bem ajustado ao pescoço e às espáduas,<br />

apresentando-se musculado e largo nas raças <strong>de</strong> corte, e mais fino nas leiteiras. Nos machos esta região é<br />

sempre mais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> que nas fêmeas.<br />

d) Giba (cupim) – nas raças zebuínas, sobre esta região se assenta a giba (impropriamente <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong><br />

cupim) e que resulta, (segundo French, Helman e outros) do crescimento do músculo rombói<strong>de</strong> (músculo<br />

que partindo do ligamento <strong>da</strong> nuca se esten<strong>de</strong> na segun<strong>da</strong> vértebra cervical até à oitava vértebra torácica).<br />

Apresenta a forma <strong>de</strong> uma castanha <strong>de</strong> caju, ou rim, e consiste numa massa muscular entrevera<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

gordura; seu tamanho e peso variam consi<strong>de</strong>ravelmente com as condições <strong>de</strong> nutrição do animal, com a<br />

raça e o sexo, po<strong>de</strong>ndo alcançar entre 1 e 9 quilos. Sua situação também é algo variável entre as raças<br />

zebuínas, às vezes se apresentando um pouco adiantado em relação ao garrote.<br />

2. Dorso<br />

a) Localização – região impar, situa<strong>da</strong> após o garrote, adiante do lombo e acima dos costados.<br />

b) Base anatômica – apófises espinhosa <strong>da</strong>s sete a oito vértebras dorsais que se seguem as do garrote;<br />

extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> superior <strong>da</strong>s costelas correspon<strong>de</strong>ntes; e músculos próprios que flanqueiam as apófises (os<br />

dorsais, os ileo-espinhasis, etc.).<br />

c) Características – O dorso <strong>de</strong>ve ser reto, comprido e largo. É, em geral, mais curto nas raças precoces, e<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> mesma raça, o dorso se apresenta mais estreito quando os animais são mal nutridos. O dorso<br />

elevado com convexi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou côncavo representa o <strong>de</strong>feito ain<strong>da</strong> mais sério e só <strong>de</strong>ve ser tolerado, em<br />

vacas próximas <strong>da</strong> parição, ou então, em animais muito velhos. O <strong>de</strong>svio lateral do dorso se <strong>de</strong>nomina<br />

escoliose. O dorso selado em gado em crescimento revela, em última análise, falta <strong>de</strong> constituição, com<br />

ligações fracas na coluna vertebral).<br />

3. Lombo<br />

a) Localização – região impar, situa<strong>da</strong> entre o dorso e a garupa, acima dos flancos.<br />

b) Base anatômica – vértebras lombares (em número <strong>de</strong> seis), cujas apófises laterais estão recobertas pelos<br />

músculos ielo – espinhas.<br />

c) Características – convém que o lombo seja horizontal, curto, largo, espesso e bem ligado. Os mesmos<br />

<strong>de</strong>feitos citados para o dorso po<strong>de</strong>m se encontrar no lombo, isto é, selamento, arqueamento ou <strong>de</strong>svio<br />

lateral. No gado leiteiro, o lombo e mais <strong>de</strong>scarnado, um tanto anguloso, com linhas laterais mais níti<strong>da</strong>s.<br />

4. Garupa<br />

a) Localização – região impar, situa<strong>da</strong> entre o lombo e a causa, acima <strong>da</strong>s coxas. Sua forma em projeção<br />

vertical é <strong>da</strong><strong>da</strong> pelas seguintes linhas:<br />

unindo um dos ângulos anteriores e externos dos íleos, isto é, as duas ancas.<br />

unindo as duas tuberosi<strong>da</strong><strong>de</strong>s isquiáticas, ou pontas <strong>de</strong> ná<strong>de</strong>gas;<br />

unindo, <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lado do corpo, a ponta <strong>de</strong> anca à ponta <strong>de</strong> ná<strong>de</strong>ga.<br />

b) Base anatômica – o sacro e os coxais recobertos pelos músculos glúteos, psoas, isquio – tibiais, e<br />

outros, que aí formam espessas massas musculares.<br />

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c) Características – a garupa é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uma região importantíssima pelas seguintes razões:<br />

É centro <strong>de</strong> impulsão do corpo e os músculos glúteos e os isquio-tibiais são os agentes principais<br />

<strong>da</strong> propulsão, a garupa agindo como elemento tensor a coluna vertebral. O rim se eleva quando<br />

aqueles músculos se contraem em vista <strong>da</strong> progressão do corpo, na ocasião do estiramento <strong>da</strong><br />

tíbia; ao contrário , na posição inversa, a tíbia encolhi<strong>da</strong>, a garupa se eleva atrás e se abaixa na<br />

frente, ocasionando um selamento na região do lombo.<br />

É centro <strong>de</strong> transmissão, enviando aos membros posteriores os impulsos <strong>da</strong> contração dos<br />

músculos próprios, e cuja resultante se apoia na articulação coxo – femural.<br />

É uma região <strong>de</strong> carne <strong>de</strong> primeira quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, e portanto, bastante espessa e muscula<strong>da</strong> nos animais<br />

<strong>de</strong> açougue.<br />

Finalmente, abaixo <strong>de</strong>sta região estão os órgãos reprodutores, e particularmente, o útero <strong>da</strong> fêmea.<br />

Se a garupa é estreita, os partos são em geral, <strong>de</strong>feituosos. Em se tratando <strong>de</strong> vacas leiteiras, a<br />

maior amplidão <strong>da</strong> garupa possibilita um maior <strong>de</strong>senvolvimento transversal do úbere. É sempre<br />

<strong>de</strong>sejável que a garupa seja compri<strong>da</strong>, larga e bem dirigi<strong>da</strong>. A direção é variável, com as raças,<br />

po<strong>de</strong>ndo se apresentar horizontal ou oblíqua. A garupa se diz horizontal, quando o sacro continua<br />

regularmente a linha dorso - lombar, até a inserção <strong>da</strong> cau<strong>da</strong>, e as pontas <strong>de</strong> ná<strong>de</strong>ga se acham num<br />

mesmo nível <strong>da</strong>s pontas <strong>de</strong> ancas. Por isso se chama também nivela<strong>da</strong>. A garupa se diz oblíqua<br />

(ou inclina<strong>da</strong>), quando a linha que une a ponta <strong>de</strong> anca à ponta <strong>de</strong> ná<strong>de</strong>ga se apresenta inclina<strong>da</strong><br />

para o lado <strong>de</strong>sta última. A garupa po<strong>de</strong> ser ain<strong>da</strong>: cortante, quando o sacro se mostra muito<br />

saliente, e com ele, a extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> posterior <strong>da</strong> coluna vertebral; pontu<strong>da</strong>, quando se observa <strong>de</strong><br />

ca<strong>da</strong> lado uma saliência muscular, e a crista mediana se transforma num sulco. Na prática, esse<br />

tipo se conhece como garupa <strong>de</strong> potro.<br />

5. Costado<br />

a) Localização – região par, Limita<strong>da</strong> adiante pela espádua, em cima pelo dorso, atrás pelo flanco, em<br />

baixo pelo cilhadouro e pelo ventre.<br />

b) Base anatômica – as costelas que não são cobertas pelas espáduas (em geral, as últimas oito ou nove,<br />

<strong>da</strong>s treze existentes) e mais os músculos próprios <strong>da</strong> região: gran<strong>de</strong> dorsal, gran<strong>de</strong> obliquo (terço inferior) e<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>nteado.<br />

c) Características – o costado forma a pare<strong>de</strong> lateral <strong>da</strong> caixa torácica, on<strong>de</strong> se encerram os órgãos<br />

responsáveis pelas funções respiratória e circulatória. O costado <strong>de</strong>ve ser longo, arredon<strong>da</strong>do e profundo. O<br />

arqueamento <strong>da</strong>s costelas <strong>de</strong>termina maior ou menor amplidão <strong>da</strong> caixa torácica. No gado <strong>de</strong> corte, o<br />

costado é bem coberto muscularmente, e se apresenta cheio <strong>de</strong> arredon<strong>da</strong>do. No gado leiteiro ele se mostra<br />

mais <strong>de</strong>scarnado, com as costelas mais separa<strong>da</strong>s com o arqueamento dirigido mais para trás, isto é, um<br />

tanto inclina<strong>da</strong>s. Em alguns animais aparece, às vezes, uma costela falsa <strong>de</strong> número 14, que não se apoia<br />

sobre a prece<strong>de</strong>nte por falta <strong>de</strong> cartilagem, e é sustenta<strong>da</strong> apenas pelos músculos. A anomalia po<strong>de</strong> ser uni<br />

ou bilateral. Acredita-se que os animais portadores <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>feito, com o lombo mais comprido, sejam <strong>de</strong><br />

engor<strong>da</strong> mais difícil.<br />

6. Flanco<br />

a) Localização – região par, situa<strong>da</strong> atrás do costado, adiante <strong>da</strong> coxa e <strong>da</strong> anca, abaixo do lombo, acima<br />

do ventre.<br />

b) Base anatômica – a p<strong>arte</strong> carnosa do pequeno oblíquo.<br />

c) Características – o flanco, juntamente com o ventre, faz p<strong>arte</strong> <strong>da</strong> pare<strong>de</strong> abdominal. O flanco é<br />

consi<strong>de</strong>rado o espelho <strong>da</strong> respiração, pois, os movimentos respiratórios resultantes <strong>da</strong> contração rítmica do<br />

diafragma são bem evi<strong>de</strong>ntes nessa região, mais que no costado. O flanco apresenta três p<strong>arte</strong>s:<br />

1º) cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>, uma reentrância triangular, loca<strong>da</strong> superiormente, às vezes chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> vazio;<br />

2º) cor<strong>da</strong>, uma saliência que vai <strong>da</strong> anca à bor<strong>da</strong> posterior <strong>da</strong> última costela, em direção ao hipocôndrio<br />

(base anatômica – bordo superior do pequeno oblíquo) ;<br />

3º) <strong>de</strong>clive, p<strong>arte</strong> inferior que continua insensivelmente até o ventre. O flanco <strong>de</strong>ve ser curto, cheio, com<br />

movimentos normais, isto é, <strong>de</strong> 18 a 20 por minuto nos animais jovens, 15 a 18 nos adultos, e 12 a 15 nos<br />

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velhos. O flanco se diz cavado, quando a cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> é muito pronuncia<strong>da</strong>; cor<strong>da</strong>do, quando a cor<strong>da</strong> é muito<br />

saliente.<br />

7. Anca<br />

a) Localização – região par, situa<strong>da</strong> ente o lombo e a garupa, acima do flanco e <strong>da</strong> coxa.<br />

b) Base anatômica – ângulo anterior e extremo do íleo.<br />

c) Características – as ancas <strong>de</strong>vem ser separa<strong>da</strong>, em nível, e regulamento <strong>de</strong>staca<strong>da</strong>s e muscula<strong>da</strong>s.<br />

8. Cilhadouro<br />

a) Localização – região impar, situa<strong>da</strong> entre a inter-axila e o ventre, a abaixo do costado.<br />

b) Base anatômica – p<strong>arte</strong> posterior do externo, as extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s inferiores <strong>da</strong>s quatro últimas costelas<br />

externais, e as cartilagens costais correspon<strong>de</strong>ntes.<br />

c) Características – a conformação do cilhadouro varia com as raças. Nas <strong>de</strong> corte é arredon<strong>da</strong><strong>da</strong>,<br />

regularmente convexa nas leiteiras, <strong>de</strong> peito relativamente estreita, se apresenta saliente.<br />

9. Ventre<br />

a) Localização – região impar, situa<strong>da</strong> entre o cilhadouro e a região inguinal, abaixo do costado e do flanco.<br />

b) Base anatômica – músculos abdominais recobertos superficialmente pela túnica abdominal,<br />

eminentemente elástica (gran<strong>de</strong> e pequeno oblíquo do abdômen).<br />

c) Características – o ventre forma a pare<strong>de</strong> inferior <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> abdominal, e sustenta a massa <strong>de</strong> vísceras<br />

digestivas. Na p<strong>arte</strong> mediana, o ventre é percorrido <strong>de</strong> diante para trás pela linha alba, que se pren<strong>de</strong> por um<br />

lado ao apêndice xifói<strong>de</strong>, e por outro, ao tendão pré-pubiano dos músculos abdominais. Sobre essa linha<br />

mediana se localiza o umbigo, mais ou menos <strong>de</strong>senvolvido segundo as raças, e bem pen<strong>de</strong>nte em alguns<br />

zebus (barbela do umbigo). A dobra <strong>da</strong> pele que faz a união do ventre com o membro posterior, <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lado,<br />

recebe a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> virilha. As pare<strong>de</strong>s abdominais sendo elásticas, o ventre po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> volume<br />

<strong>de</strong>ntro dos limites relativamente largos. O ventre se diz redondo quando apresenta um volume médio, e seu<br />

perfil é <strong>da</strong>do por uma linha ligeiramente convexa e regulamente ascen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o cilhadouro até as<br />

virilhas, e quando lateralmente os seus contornos se confun<strong>de</strong>m <strong>de</strong> maneira suave com os hipocôndrios e os<br />

flancos, sem <strong>da</strong>r saliência atrás do costado.<br />

10. Região Inguinal<br />

a) Localização – região impar, limita<strong>da</strong> anteriormente, pelo ventre e atrás, pelo períneo, situa<strong>da</strong> entre as coxas.<br />

b) Base anatômica – os órgãos genitais externos: o úbere na fêmea; a bainha e o escroto no macho.<br />

c) Características:<br />

1º) Úbere – órgão dividido em quatro quartos ou mamas, <strong>de</strong>ve ser volumoso, largo, com boas<br />

ligações dianteira e traseira, constituído <strong>de</strong> maior porção <strong>de</strong> tecido secretor, com as tetas<br />

uniformes, íntegras, situa<strong>da</strong>s num mesmo plano horizontal. A abun<strong>da</strong>nte irrigação sangüínea do<br />

útero é essencial para a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> secretora.<br />

2º) Escroto – compreen<strong>de</strong> a bolsa que envolve os testículos. Estes <strong>de</strong>vem ser oblongos,<br />

piriformes, soltos, bem <strong>de</strong>senvolvidos e <strong>de</strong>scidos. Constitui sério <strong>de</strong>feito o criptorquidimo,<br />

quando ambos os testículos não <strong>de</strong>scem para a bolsa, e permanecem na cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> abdominal. O<br />

animal se diz monorquí<strong>de</strong>o ou roncolho, quando uns dos testículos, apenas, <strong>de</strong>sce para a bolsa.<br />

3º) Bainha – é forma<strong>da</strong> pela pele que recobre a verga em repouso. Nas raças zebrinas, a bainha<br />

se apresenta bastante <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> e pen<strong>de</strong>nte. Quando em ereção, a verga se projeta pela<br />

abertura anterior <strong>da</strong> bainha, constituí<strong>da</strong> pelo prepúcio.<br />

11. Peito<br />

a) Localização – região impar, situa<strong>da</strong> entre o pescoço, as espáduas e a inter-axila.<br />

b) Base anatômica – a extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> anterior do externo.<br />

c) Características – o peito <strong>de</strong>ve se apresentar amplo e com bom <strong>de</strong>senvolvimento muscular. O peito amplo<br />

<strong>de</strong>nota gran<strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> respiratória, e está ligado à boa construção <strong>de</strong> animal. A estreiteza <strong>de</strong>ssa região é<br />

sempre um atributo in<strong>de</strong>sejável. O peito estreito não está correlacionado com o pequeno afastamento <strong>da</strong>s duas<br />

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primeiras costelas, como po<strong>de</strong>ria parecer à primeira vista. Mas, é justamente o afastamento <strong>da</strong>s costelas<br />

posteriores que regula as dimensões transversais do peito. A p<strong>arte</strong> anterior do peito se <strong>de</strong>nomina maça. Quando<br />

esta se mostra muito proeminente, por falta do <strong>de</strong>senvolvimento muscular, diz-se que o peito é saliente ou<br />

cortante.<br />

12. Axila<br />

a) Localização – região par, situa<strong>da</strong> entre o membro anterior e a inter-axila.<br />

b) Base anatômica – <strong>da</strong><strong>da</strong> pela pele que se <strong>de</strong>staca do corpo para contornar o membro anterior.<br />

c) Características – a região <strong>de</strong>ve apresentar a pela macia e íntegra.<br />

13. Inter-Axila<br />

a) Localização – região impar, situa<strong>da</strong> entre as axilas, o peito e o cilhadouro.<br />

b) Base anatômica – porção anterior e mediana do externo.<br />

c) Características – <strong>de</strong>ve ser larga, acusando assim boa amplidão do tórax. Em geral, se apresenta em relevo ou<br />

<strong>de</strong>primi<strong>da</strong>, segundo o maior ou menor <strong>de</strong>senvolvimento muscular no peito.<br />

14. Cau<strong>da</strong><br />

a) Localização – região impar, implanta<strong>da</strong> na p<strong>arte</strong> posterior <strong>da</strong> garupa.<br />

b) Base anatômica – vértebras coccigeanas, em número <strong>de</strong> 18 a 20, envoltas pelos músculos do mesmo nome<br />

c) Características – no estudo <strong>da</strong> causa, <strong>de</strong>vem-se distinguir três p<strong>arte</strong>s essenciais:<br />

1º) Inserção – a inserção se diz normal quando a causa se dirige suavemente para trás, e <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> uma inclinação regular, cai verticalmente. Quando a causa se dirige para trás, obliquamente,<br />

em relação à garupa, <strong>de</strong> baixa para cima, ou <strong>de</strong> cima para baixo, constitui o que se<br />

convencionou chamar <strong>de</strong> inserção alta ou baixa, respectivamente.<br />

2º) Corpo – correspon<strong>de</strong> à sua p<strong>arte</strong> mediana, po<strong>de</strong>ndo ser mais grossa ou fina, segundo a<br />

espessura na inserção. O comprimento é variável <strong>de</strong> acordo com a raça e a individuali<strong>da</strong><strong>de</strong>, e<br />

segundo antigos autores apresenta alguma correlação com a aptidão leiteira.<br />

3º) Vassoura – situa<strong>da</strong> na extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> livre, é forma<strong>da</strong> por um tufo <strong>de</strong> pelos, lisos ou crespos,<br />

segundo a raça, e cuja periferia <strong>de</strong>nomina-se <strong>de</strong> capa, envolvendo a p<strong>arte</strong> interna <strong>da</strong> ponta <strong>da</strong><br />

cau<strong>da</strong>, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> sabugo.<br />

15. Anus<br />

a) Localização – região impar, situa<strong>da</strong> abaixo <strong>da</strong>s cau<strong>da</strong>, entre as ná<strong>de</strong>gas, acima do períneo no macho, e <strong>da</strong><br />

vulva <strong>da</strong> fêmea.<br />

b) Base anatômica – esfíncter anal, músculos e ligamentos.<br />

c) Características – arredon<strong>da</strong>do, rijo, bem fechado. Em geral, não se mostra saliente como nos eqüinos, mas<br />

apresenta-se encovado nos animais fracos e velhos.<br />

16. Períneo<br />

a) Localização – região ímpar, situa<strong>da</strong> abaixo do anus, entre as ná<strong>de</strong>gas, e no macho se esten<strong>de</strong> até o escroto; na<br />

fêmea vai até o úbere, passando pela vulva.<br />

b) Base anatômica – a porção fixa do pênis (S peniano) e os músculos próprios <strong>da</strong> região, no macho; o músculo<br />

constritor <strong>da</strong> vulva, e a p<strong>arte</strong> superior do invólucro fibro - elástico do úbere na fêmea.<br />

c) Características – Na fêmea, o períneo se divi<strong>de</strong> em duas p<strong>arte</strong>s: uma perineal superior, do anus à vulva, e<br />

outra, perineal inferior <strong>da</strong> vulva ao úbere. Prefere-se que o períneo seja largo, com pele fina, solta, elástica, e<br />

coberta <strong>de</strong> pelos curtos e sedosos. Guenon, zootecnista francês do século passado, admitiu a existência no<br />

períneo dos estudos indicativos <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> leiteira <strong>da</strong>s vacas. O escudo na<strong>da</strong> mais é do que o conjunto <strong>de</strong><br />

pelos na região do períneo que mostra direção diferente <strong>da</strong>s normal, isto é, são dirigidos <strong>de</strong> baixo para cima. Nos<br />

seus estudos, aquele autor concluiu que nas boas vacas leiteiras o escudo se mostrava bem <strong>de</strong>limitado, e que a<br />

produção <strong>de</strong> leite era tanto mais alta quanto maior a superfície ocupa<strong>da</strong> pelo escudo. Além dos escudos, Guenon<br />

observou que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>les ou ao seu lado <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvem, às vezes, espigas, as quais modificam o valor do<br />

escudo, segundo <strong>de</strong> mostram mais ou menos distintas, ou se acham do lado <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro ou <strong>de</strong> fora. Trabalhos<br />

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experimentais posteriores, bem como a aplicação do controle leiteiro, não conseguiram provar a veraci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />

observações <strong>de</strong> Guenon.<br />

17. Vulva<br />

a) Localização –região ímpar, situa<strong>da</strong> abaixo do anus, entre as ná<strong>de</strong>gas, constitui a abertura externa <strong>da</strong>s vias<br />

genito - urinárias, nas fêmeas.<br />

b) Características – apresenta dois lábios, ligados por duas comissuras. Os lábios possuem uma superfície<br />

externa convexa, <strong>de</strong> cor escura, preta, ou marmoriza<strong>da</strong>, recoberta <strong>de</strong> pelos finos e macios. A comissura inferior<br />

quase sempre é provi<strong>da</strong> <strong>de</strong> um tufo <strong>de</strong> pelos, mais longos.<br />

Membros<br />

O estudo <strong>da</strong>s extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou membros, que constituem as p<strong>arte</strong>s <strong>da</strong> organografia do animal <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s à<br />

sustentação e locomoção do corpo, apresenta menor importância em bovinotecnia do que em hipotecnia. To<strong>da</strong>via, <strong>de</strong><br />

qualquer forma, o seu conhecimento é necessário, especialmente pelo interesse que tem na apreciação e aquisição <strong>de</strong><br />

reprodutores e animai <strong>de</strong> trabalho.<br />

Os membros são em número <strong>de</strong> 4, sendo dois anteriores, também chamados torácicos ou peitorais, e dois<br />

posteriores, <strong>de</strong>nominados abdominais ou pelvianos. Os membros se compõem <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> raios, que são p<strong>arte</strong>s<br />

constituí<strong>da</strong>s <strong>de</strong> ossos, músculos e tendões, unidos uns aos outros por ligamentos e articulações, <strong>de</strong> tal sorte que forma<br />

entre si ângulos articulares, que se abrem mais ou menos, permitindo aos membros se encurtarem ou se disten<strong>de</strong>rem,<br />

durante a marcha. Os raios que compõem os membros, vão diminuindo <strong>de</strong> volume, <strong>de</strong> superfície, e em geral, <strong>de</strong><br />

inclinação, no sentido <strong>de</strong> alto para baixo. Mas eles aumentam gradualmente em número, capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>, e resistência. Na<br />

p<strong>arte</strong> superior do corpo são cheios <strong>de</strong> massas musculares, nas p<strong>arte</strong>s inferiores são mais ósseos e tendinosos. Os<br />

membros anteriores são, sobretudo, gentes <strong>de</strong> sustentação do corpo e amortecimento <strong>de</strong> choques, <strong>de</strong>vido à sua maior<br />

proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sustentação do centro <strong>de</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> do corpo. Somente agem como propulsores quando o animal<br />

recua, ou quando puxa ou sobe com o corpo inclinado para diante. Os membros posteriores, cuja musculatura é<br />

muito mais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>, embora contribuam para a sustentação do corpo, são os principais agentes propulsores. É<br />

curioso salientar que os membros anteriores não se acham propriamente articulados ao tronco, mas a ele se ligam por<br />

meio <strong>de</strong> p<strong>arte</strong>s moles, isto é, através <strong>de</strong> músculos (os gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>nteados, e os peitorais, dos dois lados), e <strong>de</strong><br />

ligamentos. Isto constitui uma explicação para o sistema <strong>de</strong> amortecimento do corpo por intermédio dos membros<br />

anteriores. O espessamento superior dos membros constitui, portanto, uma disposição vantajosa, uma vez que confere<br />

elastici<strong>da</strong><strong>de</strong> indispensável para amortecer os choques dos pés sobre o terreno. As regiões dos membros se distribuem<br />

<strong>da</strong> seguinte forma:<br />

a.)<br />

Regiões próprias dos membros anteriores: espádua, braço, cotovelo, antebraço e joelho.<br />

b.)<br />

Regiões próprias dos membros posteriores: coxa, soldra, perna e jarrete.<br />

c.)<br />

Regiões comuns aos quatro membros: canela, boleto, qu<strong>arte</strong>la e pé.<br />

1.) Espádua (pá)<br />

a) Localização – região par, justaposta lateralmente ao tórax, entre o garrote e o braço, limita<strong>da</strong> anteriormente pelo<br />

pescoço e posteriormente pelo costado.<br />

b) Base anatômica – o escapulo recoberto <strong>de</strong> seus músculos próprios, bem como a p<strong>arte</strong> superior dos músculos<br />

olecranianos e peitorais, e as extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos músculos mastoi<strong>de</strong>o-umeral, rombói<strong>de</strong>, trapézio e omo-traqueliano.<br />

Dois possantes músculos p<strong>arte</strong>m do tronco e se inserem na face interna e superior do escapulo ( o angular do omoplata<br />

e o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>nteado), através <strong>de</strong> uma forte aponevrose.<br />

c) Características – a espádua <strong>de</strong>ve ser longa, oblíqua e corretamente muscula<strong>da</strong>. O comprimento <strong>da</strong> espádua<br />

oscila entre 35 a 40% <strong>da</strong> altura <strong>da</strong> Cruz. Sendo a espádua longa, seus músculos intrínsecos são os que movimentam o<br />

braço, aumentando a extensão <strong>da</strong> contração, e por conseqüente a amplitu<strong>de</strong> do passo aumenta. A espádua <strong>de</strong>ve ser<br />

obliqua, <strong>de</strong> modo a formar um ângulo <strong>de</strong> 45º a 130º. Quando a espádua se apresenta muito inclina<strong>da</strong>, há maior<br />

probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do animal ser bastante veloz mas, se for mais vertical, será favoreci<strong>da</strong> a potência <strong>de</strong> tração. Deseja-se<br />

ain<strong>da</strong> que a espádua seja larga e muscula<strong>da</strong>, sem excessos, porém, isto é, em harmonia com as regiões vizinhas, e bem<br />

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justaposta ao corpo. O ângulo inferior <strong>da</strong> espádua, na sua articulação com o braço (articulação escapulo - umeral)<br />

recebe o nome <strong>de</strong> ombro ou <strong>de</strong> ponta <strong>de</strong> espádua, ou ain<strong>da</strong> encontro. Finalmente, a espádua <strong>de</strong>ve ser uma região ampla<br />

e limpa.<br />

2.) Braço<br />

a) Localização – região par, entre a ponta <strong>da</strong> espádua e o cotovelo, abaixo <strong>da</strong> espádua e a cima do antebraço.<br />

b) Base anatômica – o úmero, ro<strong>de</strong>ado <strong>de</strong> grossos músculos.<br />

c) Características – a direção do braço é paralela ao plano médio do corpo, <strong>de</strong> tal forma que o cotovelo não seja<br />

nem reentrante, nem saliente. O braço varia no seu <strong>de</strong>senvolvimento muscular segundo o tipo procurado; leiteiro ou<br />

<strong>de</strong> corte.<br />

3.) Cotovelo<br />

a) Localização – região par, entre o braço e o antebraço, na região do olecrâneo (saliência arredon<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> umeral do cúbito).<br />

b) Base anatômica – articulação úmero-radio-cubital.<br />

c) Características – a situação do cotovelo é importante porque <strong>de</strong>termina o maior ou menor afastamento dos<br />

membros anteriores. Quando os cotovelos estão muito juntos ao tronco, os membros anteriores se dirigem para<br />

fora, e vice-versa. Na articulação do cotovelo o ângulo formado pelo braço e antebraço oscila ao redor <strong>de</strong> 14º. O<br />

cotovelo é recoberto <strong>de</strong> pele bastante solta, e se mostra pouco visível quando o animal está em apoio; mas, se torna<br />

bem aparente quando em movimento. A situação do cotovelo também dá uma idéia <strong>da</strong> profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> torácica, por<br />

isso, sua localização <strong>de</strong>ve ser alta.<br />

4.) Antebraço<br />

a) Localização – região par, situa<strong>da</strong> entre o cotovelo e o joelho.<br />

b) Base anatômica – rádio e cúbito. Nos bovinos, o cúbito não é tão reduzido quanto nos eqüinos, e, embora<br />

sol<strong>da</strong>do com p<strong>arte</strong> do rádio, articula-se também com os ossos do corpo.<br />

c) Característica – o antebraço tem a forma <strong>de</strong> um tronco <strong>de</strong> cone invertido. Na face interna apresenta duas<br />

saliências longitudinais; a anterior correspon<strong>de</strong> aos músculos extensores, e a posterior, aos músculos flexores. No<br />

bovino o antebraço é mais volumosos que no cavalo, e se apresenta ligeiramente obliquo <strong>de</strong> alta a baixo, e um<br />

pouco inclinado <strong>de</strong> fora para <strong>de</strong>ntro, <strong>de</strong> tal sorte que os membros anteriores convergem para os joelhos.<br />

O comprimento do antebraço po<strong>de</strong> alcançar a 30% <strong>da</strong> altura <strong>da</strong> Cruz, e será maior no gado <strong>de</strong> trabalho do que no<br />

leiteiro ou <strong>de</strong> carne. Em geral, é uma região mais muscula<strong>da</strong> nos animais <strong>de</strong> carne.<br />

5.) Joelhos<br />

a) Localização – região par, situa<strong>da</strong> entre o antebraço e a canela.<br />

b) Base anatômica – é constituí<strong>da</strong> por:<br />

1º extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> digital do rádio;<br />

2º ossos <strong>de</strong> carpo eu se dispõem em duas filas, sendo a superior <strong>de</strong> quatro e a inferior <strong>de</strong> dois (excepcionalmente<br />

três);<br />

3º extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> proximal dos metacarpianos. Ain<strong>da</strong> se acham envolvidos os ligamentos <strong>da</strong>s articulações rádio-carpo<br />

e carpo-metacarpo.<br />

c) Características – joelho do animal equivale à munheca do homem. E uma região bastante complexa, que<br />

correspon<strong>de</strong> a uma série <strong>de</strong> articulações manti<strong>da</strong>s por ligamentos, e dota<strong>da</strong>s <strong>de</strong> movimento múltiplos. O joelho<br />

apresenta para estudo três faces: uma face anterior, convexa em to<strong>da</strong> sua extensão, coberta <strong>de</strong> pele espessa e móvel,<br />

uma face externa, convexa, na frente e quase plana atrás e uma face interna, também convexa até a sua meta<strong>de</strong><br />

anterior. O joelho possui ain<strong>da</strong> três bordos laterais, que se caracterizam por dois relevos que começam na canela,<br />

perfeitamente observáveis quando se olha a região pela frente; e o bordo posterior, dividido por uma saliência do<br />

osso pisiforme. Os ossos do joelho, correspon<strong>de</strong>ntes ao carpo nos bovinos são os seguintes:<br />

1º fila – pisiforme, pirami<strong>da</strong>l, escafoi<strong>de</strong> e semi-lunar;<br />

2º fila capitado e trapezói<strong>de</strong>. O joelho do bovino visto <strong>de</strong> frente não se encontra exatamente no centro <strong>da</strong> linha que<br />

une o braço com a canela, mas, se mostra um pouco <strong>de</strong>sviado para <strong>de</strong>ntro. O joelho finalmente, <strong>de</strong>ve ser amplo,<br />

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seco, bem conformado. Joelho empastado ou com <strong>de</strong>svios constitui série <strong>de</strong>feito. No estudo dos aprumos serão<br />

consi<strong>de</strong>rados os <strong>de</strong>svios do joelho, com pormenores.<br />

6.) Coxa<br />

a) Localização – região par, situa<strong>da</strong> abaixo <strong>da</strong> garupa, atrás do flanco, acima <strong>da</strong> soldra e <strong>da</strong> perna.<br />

b) Base anatômica – o fêmur, o maior osso do corpo, circun<strong>da</strong>do por espessas massas musculares, que formam<br />

três regiões anatomicamente distintas: crural anterior (quadriceps crural, sub-crural), crural posterior (isquio-tibial,<br />

músculo <strong>da</strong> ná<strong>de</strong>ga), crural interna (chato <strong>da</strong> coxa, coxal médio, etc.).<br />

c) Características – a coxa atua como órgão propulsor do movimento, e ain<strong>da</strong> constitui uma região <strong>de</strong> carne <strong>de</strong><br />

primeira quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Apresenta para estudo três faces: braga<strong>da</strong> (interna), ná<strong>de</strong>ga (posterior) e a externa, sem <strong>de</strong>nominação própria. A<br />

coxa <strong>de</strong>ve ser longa, bem dirigi<strong>da</strong> e muscula<strong>da</strong>. A direção <strong>da</strong> coxa será tal que a rótula seja coloca<strong>da</strong> sobre a<br />

vertical baixa<strong>da</strong> <strong>da</strong> ponta <strong>de</strong> anca; <strong>de</strong>sta forma a coxa será igualmente larga. O i<strong>de</strong>al é que a coxa e a bacia formem<br />

um ângulo reto ao nível <strong>da</strong> articulação coxo-femural, ficando assim a garupa horizontal, ou ligeiramente inclina<strong>da</strong>.<br />

Se o ângulo é agudo, a garupa se eleva na sua p<strong>arte</strong> posterior se é obtuso, a garupa se mostra inclina<strong>da</strong> para trás, e<br />

o fêmur adquire uma posição muito em pé. A ná<strong>de</strong>ga <strong>de</strong>ve ser muscula<strong>da</strong>, longa e bem dirigi<strong>da</strong>; nos animais<br />

leiteiros ela é, geralmente, reta e a<strong>de</strong>lgaça<strong>da</strong>. Nos <strong>de</strong> corte, se apresenta arredon<strong>da</strong><strong>da</strong> e cheia quando vista <strong>de</strong> perfil.<br />

A ná<strong>de</strong>ga começa na ponta <strong>de</strong> ná<strong>de</strong>ga ou tuberosi<strong>da</strong><strong>de</strong> isquiática, e termina na cor<strong>da</strong> do jarrete, justamente on<strong>de</strong> se<br />

insere o tendão <strong>de</strong>ssa p<strong>arte</strong> do membro posterior. Nos animais <strong>de</strong> corte, esta porção inferior <strong>da</strong> coxa, incluindo a<br />

ná<strong>de</strong>ga, dá-se o nome <strong>de</strong> culote. Diz-se que o culote, é baixo ou alto, quando as ná<strong>de</strong>gas são pouco ou bem<br />

<strong>de</strong>sci<strong>da</strong>s. A ponta <strong>de</strong> ná<strong>de</strong>ga <strong>de</strong>ve ser bem saliente nos animais leiteiros, graças ao <strong>de</strong>senvolvimento suficiente do<br />

ísquio, e não <strong>de</strong>vido à insuficiência <strong>da</strong> musculatura <strong>da</strong> região.<br />

7.) Soldra<br />

a) Localização – região par, situa<strong>da</strong> no limite <strong>da</strong> coxa e <strong>da</strong> perna.<br />

b) Base anatômica – correspon<strong>de</strong> à porção anterior <strong>da</strong> articulação fêmur – rótulo -tibiana.<br />

c) Características – a forma<strong>da</strong> soldra não é fixa mas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> posição do membro Quando está em apoio<br />

observa-se no alto <strong>da</strong> região, uma massa mole forma<strong>da</strong> pela prega <strong>de</strong> soldra, mais abaixo, uma <strong>de</strong>pressão<br />

transversal que correspon<strong>de</strong> ao bordo inferior <strong>da</strong> rótula; <strong>de</strong>pois, uma nova elevação indicando a presença dos três<br />

ligamentos rotulianos A soldra <strong>de</strong>ve estar situa<strong>da</strong> a certa distância do ventre, e manter uma correlação com a<br />

posição dos membros, isto é, nem muito separa<strong>da</strong>, nem muito junta do corpo ( ângulo <strong>de</strong> 145 à 150º). A prega <strong>da</strong><br />

pele que na frente <strong>da</strong> soldra liga o membro posterior ao tronco marca a região conheci<strong>da</strong> por virilha.<br />

8.) Perna<br />

a) Localização – região par, situa<strong>da</strong> abaixo <strong>da</strong> soldra e <strong>da</strong> coxa e acima do jarrete.<br />

b) Base anatômica – a tíbia, coberta por músculos próprios, exceção <strong>de</strong> sua face interna, que se põe em contato<br />

direto com a pele. O perônio é atrofiado.<br />

c) Características – esta região <strong>de</strong>ve apresentar acentua<strong>da</strong> robustez, isto é, ser longa, larga e bem muscula<strong>da</strong>. Em<br />

geral, é mais compri<strong>da</strong> no boi do que no touro; é mais curta nas raças precoces do que nas tardias. A direção <strong>da</strong><br />

perna guar<strong>da</strong> relação com a do músculo. No gado <strong>de</strong> trabalho esta região <strong>de</strong>ve ten<strong>de</strong>r para a vertical. A posição <strong>da</strong><br />

perna é largamente influencia<strong>da</strong> pelo ângulo fêmur – tibial, e consequentemente pela direção do fêmur; a sua<br />

inclinação em relação àquele osso varia <strong>de</strong> 145 à 150º.<br />

9.) Jarrete (garrão ou curvilhão)<br />

a) Localização – região par, situa<strong>da</strong> entre a perna e a canela.<br />

b) Base anatômica – os ossos do tarso, ou mais corretamente, as articulações tarsianas, isto é, tibio-tarsiana,<br />

intertarsiana e tarso-metatarsiana. ( Os ossos do tarso são em número <strong>de</strong> seis, excepcionalmente sete: calcâneo,<br />

astrágalo, cubói<strong>de</strong>, escafói<strong>de</strong>, gran<strong>de</strong> e pequeno cuneiforme.<br />

A região é ain<strong>da</strong> bem provi<strong>da</strong> <strong>de</strong> ligamento extremamente possantes.<br />

c) Características – o jarrete é uma região <strong>de</strong> importância muito gran<strong>de</strong>, porque para ela convergem as forças<br />

<strong>de</strong>corrente do peso do corpo, e do choque dos membros sobre o solo, assim como as que resultam <strong>de</strong> contrações<br />

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musculares. Para o seu estudo o jarrete apresenta três faces: anterior, externa e interna; e três bordos: um posterior e<br />

dois laterais.<br />

A face anterior chama<strong>da</strong> prega, é ligeiramente convexa, <strong>de</strong> alto a baixo, e <strong>de</strong> um lado para o outro. Esta<br />

convexi<strong>da</strong><strong>de</strong> se <strong>de</strong>ve a um conjunto <strong>de</strong> tendões dos músculos flexor do pé, extensor comum dos <strong>de</strong>dos e extensores<br />

próprios dos <strong>de</strong>dos. As faces externa e interna são convexas e semelhantes; a primeira apresenta na meta<strong>de</strong><br />

posterior uma concavi<strong>da</strong><strong>de</strong> chama<strong>da</strong> goteira <strong>de</strong> jarrete. Os bordos laterais marcam a <strong>de</strong>limitação entre a face<br />

anterior e as faces laterais . (Os bordos laterais). O bordo posterior apresenta na p<strong>arte</strong> superior a ponta, no alto do<br />

osso calcâneo, a cor<strong>da</strong>, acima <strong>da</strong> ponta, com duas <strong>de</strong>pressões separando <strong>da</strong> perna, que são as fontes; finalmente,<br />

embaixo, aparece a linha do tendão, que é constituí<strong>da</strong> pelo tendão perfura<strong>da</strong> que cobre o possante ligamento<br />

calcâneo-metatarsiano.<br />

O jarrete i<strong>de</strong>al é seco, espesso, longo, largo, com abertura apropria<strong>da</strong>, boa direção e movimentos normais. O jarrete<br />

seco é uma quali<strong>da</strong><strong>de</strong>; se reconhece pela finura <strong>da</strong> pele, escassez <strong>de</strong> tecido conjuntivo, saliências ósseas e<br />

tendinosas bem aparentes, contornos e <strong>de</strong>pressões níti<strong>da</strong>s.<br />

O contrário se diz do jarrete empastado. O comprimento se toma <strong>da</strong> ponta até a extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> inferior, tendo por<br />

base a linha do bordo posterior. Largura po<strong>de</strong> ser toma<strong>da</strong> <strong>da</strong> prega até a ponta, ou do meio <strong>da</strong> face anterior ao meio<br />

do bordo posterior. A espessura se aprecia por <strong>de</strong>trás, e importa sobretudo aquela toma<strong>da</strong> no meio <strong>da</strong> região.<br />

Quando o jarrete é espesso, as pressões se acham bem reparti<strong>da</strong>s sobre uma gran<strong>de</strong> superfície, portanto, não<br />

havendo perigo <strong>de</strong> distensões dos ligamentos próprios <strong>da</strong> região.<br />

A abertura do jarrete tem um ângulo que varia entre 140 e 150º, Quando inferior a 140º, diz-se que o animal é<br />

fechado <strong>de</strong> jarretes; quando maior <strong>de</strong> 150º, o animal é reto ou direito <strong>de</strong> jarretes Outros <strong>de</strong>feitos serão estu<strong>da</strong>dos<br />

no capítulo sobre aprumos.<br />

10.) Canela<br />

a) Localização – região par, situa<strong>da</strong> abaixo do joelho no membro anterior, ou do jarrete, no membro posterior, e<br />

acima do boleto.<br />

b) Base anatômica – o osso metacarpiano principal (ou metatarsiano) e o metacarpiano rudimentar externo (ou<br />

metarsiano). O metacarpiano principal se divi<strong>de</strong> em dois na extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> inferior para se unir às duas primeiras<br />

falanges. A canela também possui uma forte base ligamentosa, na p<strong>arte</strong> posterior chama<strong>da</strong> tendão; este sustenta o<br />

boleto e fixa o joelho ou o jarrete, e <strong>de</strong>sempenha um papel importante como amortecedor <strong>de</strong> choques.<br />

c) Características – a canela <strong>de</strong>ve apresentar boa direção, ser curta, seca e bem proporciona<strong>da</strong>. A canela será a<br />

prolongação do antebraço no membro anterior, e vista <strong>de</strong> perfil apresentará uma ligeira inclinação para trás.<br />

Observa<strong>da</strong> <strong>de</strong> frente <strong>de</strong>ve se dirigir verticalmente até o solo. Em princípio, a canela <strong>de</strong>ve ser curta, pois este<br />

comprimento não representa uma vantagem para a locomoção nem é utili<strong>da</strong><strong>de</strong> para produzir carne. nas raças<br />

aperfeiçoa<strong>da</strong>s precoces, a canela é muito curta, bem mais do que nas raças não melhora<strong>da</strong>s. A canela seca é muito<br />

aprecia<strong>da</strong>, e se distingue pela finura <strong>da</strong> pele, e escassez <strong>de</strong> tecido conjuntivo. Nas raças <strong>de</strong> corte especializa<strong>da</strong>s, a<br />

canela é mais espessa que nas leiteiras. De modo geral, a espessura <strong>da</strong> canela é mais conveniente para os animais <strong>de</strong><br />

trabalho, pois indica boa largura dos tendões.<br />

11.) Boleto<br />

a) Localização – região par, situa<strong>da</strong> entre a canela e a qu<strong>arte</strong>la.<br />

b) Base anatômica – articulação metacarpo-falangeana ou metatarso-falangeana, segundo se trate do membro<br />

anterior ou posterior, respectivamente, e completa<strong>da</strong> pelos ossos sesamói<strong>de</strong>s (em número <strong>de</strong> quatro, sendo dois para<br />

ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>do), e percorridos nas faces anterior e posterior pelos tendões.<br />

c) Características – o boleto se coloca justamente sobre o ângulo formado pela linha <strong>da</strong> canela e <strong>da</strong> qu<strong>arte</strong>la. neste<br />

ponto, o peso do corpo se transmite pela canela, se divi<strong>de</strong> em duas forças, uma segue a direção <strong>da</strong> qu<strong>arte</strong>la, e outra,<br />

a direção traseira do membro, em sentido horizontal, sendo equilibra<strong>da</strong> pela tensão dos tendões próprios <strong>da</strong> região.<br />

O boleto serve, sobretudo, para amortecer os choques, pois quando as extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s alcançam o solo, o boleto se<br />

encolhe e amortece o golpe.<br />

Depois, graças à sua própria elastici<strong>da</strong><strong>de</strong>, se disten<strong>de</strong> novamente. Sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong> mais importante é a amplidão, pois<br />

quanto mais espesso e amplo, melhor realiza sua função amortecedora. Quanto à sua direção, o boleto, observado<br />

<strong>de</strong> frente, <strong>de</strong>ve encontrar-se bem no prolongamento do eixo do membro. Visto <strong>de</strong> perfil, a canela e a qu<strong>arte</strong>la<br />

<strong>de</strong>vem formar um ângulo <strong>de</strong> 140 a 145º. O boleto empastado é próprio dos animais comuns, e <strong>de</strong>nota excesso <strong>de</strong><br />

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linfatismo. O boleto apresenta em sua face posterior 2 unhas suplementares ou rudimentares, que tem por base<br />

anatômica dois pequenos ossos, e freqüentemente se curvam em direção aos talões.<br />

12.) Qu<strong>arte</strong>la<br />

a) Localização – região par, situa<strong>da</strong> entre o boleto e a coroa.<br />

b) Base anatômica – a primeira falange (segundo alguns autores a primeira e segun<strong>da</strong> falanges).<br />

c) Características – a qu<strong>arte</strong>la representa uma forma estrangula<strong>da</strong> comparativamente às regiões limítrofes, o<br />

boleto e a coroa. Vista <strong>de</strong> frente, ela é regularmente côncava dos dois lados, vista <strong>de</strong> perfil, apresenta-se reta na face<br />

anterior, e ligeiramente côncava na face posterior, que se chama prega <strong>da</strong> qu<strong>arte</strong>la. A qu<strong>arte</strong>la <strong>de</strong>ve ser larga,<br />

espessa, seca, <strong>de</strong> comprimento médio e bem dirigi<strong>da</strong>, A qu<strong>arte</strong>la normal faz um ângulo <strong>de</strong> 45 a 50º com a<br />

horizontal. Nos bovinos ela apresenta na face anterior um sulco longitudinal que indica a separação enter as duas<br />

primeiras falanges dos <strong>de</strong>dos.<br />

13.) Pé<br />

a) Localização – região par situa<strong>da</strong> na extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> livre do membro.<br />

b) Base anatômica – a terceira falange (ou segundo alguns autores a segun<strong>da</strong> e terceira falanges) e o pequeno osso<br />

sesamói<strong>de</strong>.<br />

c) Características – o pé é constituído <strong>de</strong> duas p<strong>arte</strong>s: a coroa e as unhas. Nos bovinos, a coroa que correspon<strong>de</strong> à<br />

segun<strong>da</strong> falange, é dupla, e <strong>de</strong>ve ter dimensões proporcionais ao boleto. Ela se apresenta em leve relevo, mas sem<br />

empastamento ou aftas. As unhas são em número <strong>de</strong> 2 para ca<strong>da</strong> membro, e correspon<strong>de</strong>m às meta<strong>de</strong>s do casco do<br />

cavalo, não possuindo porém, as fibro-cartilagens laterais. As unhas são forma<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s seguintes p<strong>arte</strong>s: muralha,<br />

sola e ranilha. A muralha apresenta 2 faces: a externa, convexa <strong>de</strong> alto e baixo e <strong>de</strong> diante para trás; a interna<br />

côncava nos mesmos sentidos, e seu bordo inferior não atinge o solo. A sola é fina e arquea<strong>da</strong> em forma <strong>de</strong><br />

abóba<strong>da</strong>. A ranilha se apresenta estreita e forma uma placa que correspon<strong>de</strong> ao talão do casco do cavalo.<br />

As unhas posteriores são mais longas e mais afila<strong>da</strong>s que as anteriores. Por outro lado, as unhas externas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

membro são mais largas e curtas que as internas. As unhas <strong>de</strong>vem ser medianamente <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> tal sorte que<br />

a muralha forme um ângulo <strong>de</strong> 50º nos membros anteriores e <strong>de</strong> 55º nos posteriores. A pare<strong>de</strong> <strong>da</strong> muralha <strong>de</strong>ve ser<br />

lisa, não rugosa, a sola ligeiramente escava<strong>da</strong>. O exame dos pés se reveste <strong>de</strong> particular importância nas raças<br />

utiliza<strong>da</strong>s para o trabalho.<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

TERMINOLOGIAS TÉCNICAS PARA JUSTIFICATIVAS ORAIS<br />

Terminologia para uma cabeça <strong>de</strong>sejável<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Mais refina<strong>da</strong>, com focinho largo e olhos brilhantes, alertas<br />

Cabeça mostrando mais feminili<strong>da</strong><strong>de</strong>, combina<strong>da</strong> com força<br />

Cabeça mais refina<strong>da</strong><br />

Cabeça mostrando bastante caracterização racial<br />

Mandíbula mais forte, mais profun<strong>da</strong><br />

Focinho mais largo<br />

Testa mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>mente côncava<br />

Mais caracterização racial e estilo em volta <strong>da</strong> cabeça<br />

Terminologia para um pescoço <strong>de</strong>sejável<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Pescoço mais comprido, mais <strong>de</strong>scarnado, mais limpo<br />

Mais <strong>de</strong>scarnado e mais refinado próximo à cabeça<br />

Mais limpo em volta <strong>da</strong> garganta<br />

Peito limpo, sem acúmulo <strong>de</strong> tecido adiposo<br />

Mostrando barbela limpa<br />

Mais refinamento e feminili<strong>da</strong><strong>de</strong> em torno <strong>da</strong> cabeça e do pescoço<br />

Mais limpo e mais refinado em volta <strong>da</strong> garganta, do pescoço e <strong>da</strong> barbela<br />

Mais limpo em volta <strong>da</strong> cabeça e do pescoço<br />

Mais limpo na garganta e no pescoço<br />

Mais feminino na cabeça e no pescoço<br />

Terminologia para uma cruz <strong>de</strong>sejável<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Cruz mais <strong>de</strong>fini<strong>da</strong><br />

Cruz mais proeminente<br />

Cruz mais angulosa, quando vista <strong>de</strong> cima.<br />

Cruz mais <strong>de</strong>fini<strong>da</strong><br />

Cruz mais refina<strong>da</strong><br />

Cruz mais pronuncia<strong>da</strong> e mais limpa quando vista por cima <strong>da</strong> cabeça<br />

Mais alta na ponta <strong>da</strong> Cruz<br />

Terminologia para escápulas <strong>de</strong>sejáveis<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Mais profun<strong>da</strong> e mais refina<strong>da</strong> nas escápulas<br />

Escápulas mais a<strong>de</strong>ri<strong>da</strong>s ao corpo<br />

Escápulas unem-se mais suavemente ao corpo<br />

Menos proeminente na ponta <strong>da</strong>s escápulas<br />

Harmoniza-se mais suavemente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o pescoço até as escápulas<br />

Terminologia para uma capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> corporal <strong>de</strong>sejável<br />

<br />

<br />

<br />

Mais larga na base do peito<br />

Mais profun<strong>da</strong> no perímetro torácico<br />

Maior espaçamento nas costelas anteriores<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

Maior espaçamento entre as costelas<br />

Mais profun<strong>da</strong>, <strong>de</strong> costelas mais abertas<br />

Maior profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> corporal, com mais capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Mais profun<strong>da</strong> e mais compri<strong>da</strong> no corpo<br />

Maior arqueamento na costela posterior<br />

Mais cheia no garrote<br />

Maior espaçamento, tanto <strong>da</strong> costela anterior como <strong>da</strong> posterior<br />

Maior capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> corporal e cardíaca<br />

Vaca com flanco mais profundo<br />

Maior capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> cardíaca<br />

Terminologia para base do peito e um perímetro torácico <strong>de</strong>sejável<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Mais larga na base do peito<br />

Mais profun<strong>da</strong> no peito<br />

Mais profun<strong>da</strong> e mais ampla na p<strong>arte</strong> anterior<br />

Maior força e vigor na p<strong>arte</strong> anterior<br />

Mais profun<strong>da</strong> e mais cheia na p<strong>arte</strong> anterior<br />

Mais cheia no garrote<br />

Maior abertura entre os membros anteriores<br />

Vaca com p<strong>arte</strong> anterior mais vigorosa<br />

Mais cheia atrás <strong>da</strong> ponta do cotovelo<br />

Mais profun<strong>da</strong>, mais larga e mais cheia no perímetro torácico<br />

Terminologia para perímetro torácico e costelas <strong>de</strong>sejáveis<br />

<br />

<br />

<br />

Maior arqueamento e comprimento <strong>da</strong>s costelas<br />

Maior saliência e abertura <strong>da</strong>s costelas<br />

Mais profun<strong>da</strong> no perímetro torácico<br />

Terminologia para costelas <strong>de</strong>sejáveis<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Maior arqueamento na costela<br />

Costelas mais chatas, mais compri<strong>da</strong>s, mais largas<br />

Maior abertura entre as costelas<br />

Costela mais limpa e ossatura mais chata<br />

Terminologia para uma garupa <strong>de</strong>sejável<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Correta na garupa e com ossatura mais chata e plana<br />

Mais largura entre os ísquios<br />

A inserção <strong>da</strong> cau<strong>da</strong> é mais suave entre os ísquios<br />

Mais limpa em volta <strong>da</strong> inserção <strong>da</strong> cau<strong>da</strong><br />

Mais larga e mais nivela<strong>da</strong> sobre a garupa<br />

Mais alta e mais larga nas articulações coxo-femurais<br />

Mais nivela<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as articulações coxo-femurais até os ísquios<br />

Estruturalmente mais correta no quadro <strong>da</strong> garupa<br />

Mais nivela<strong>da</strong> na garupa<br />

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Mais aberta entre as articulações coxo-femurais e os ísquios, quando vistos por trás<br />

Mais cheia, mais larga e com articulações coxo-femurais mais bem posiciona<strong>da</strong>s<br />

Terminologia para linha dorso-lombar <strong>de</strong>sejável<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Mais evi<strong>de</strong>nte e mais forte na linha dorso-lombar<br />

Mais forte no lombo<br />

Mais forte na região dorsal<br />

Mais retilínea na linha dorso-lombar<br />

Lombo mais nivelado<br />

Lombo mais largo, mais forte<br />

Mais nivela<strong>da</strong> na linha dorso-lombar<br />

Passagem linha dorso-lombar mais retilínea e mais forte (especialmente na área do lombo)<br />

Terminologia para coxas <strong>de</strong>sejáveis<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Coxas mais limpas e mais curvas<br />

Mais <strong>de</strong>scarna<strong>da</strong> e mais chata nas coxas<br />

Mais refinamento em volta <strong>da</strong>s coxas<br />

Mais chata e mais limpa nas coxas<br />

Terminologia para pés e pernas <strong>de</strong>sejáveis<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Ossatura mais limpa e chata nos membros posteriores<br />

Membros posteriores mais corretos<br />

Mais limpo e mais refinado nos jarretes<br />

Quadro <strong>de</strong> jarrete mais correto<br />

Maior abertura entre os jarretes, quando vistos por trás<br />

Mais forte nas qu<strong>arte</strong>las<br />

Mais alto no talão<br />

Pisa mais corretamente sobre pés e pernas<br />

An<strong>da</strong> com um conjunto <strong>de</strong>sejável <strong>de</strong> pés e pernas<br />

Tem um quadro <strong>de</strong> jarretes correto<br />

Terminologia para um jarrete <strong>de</strong>sejável<br />

Mais refinamento na ponta do jarrete<br />

Mais chata e mais limpa no jarrete<br />

Mais chata e mais refina<strong>da</strong> na perna<br />

Mais refina<strong>da</strong> e mais chata em volta dos jarretes<br />

Mais limpa em volta do jarrete<br />

Terminologia para um úbere anterior mais <strong>de</strong>sejável<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Inserção do úbere anterior mais compri<strong>da</strong>, mais suave<br />

Inserção do úbere anterior mais firme<br />

Úbere anterior melhor balanceado<br />

O úbere anterior se harmoniza mais suavemente com a pare<strong>de</strong> do corpo<br />

Inserção do úbere anterior mais firme, mais harmônico<br />

Úbere anterior mais harmônico<br />

O úbere anterior é mantido mais firmemente a<strong>de</strong>rido junto ao corpo<br />

O úbere anterior mais balanceado e volumoso<br />

Úbere anterior mais firme<br />

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Terminologia para um úbere posterior <strong>de</strong>sejável<br />

A ARTE DE JULGAR<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Úbere posterior mais alto, mais largo, mais firmemente inserido<br />

Inserção posterior mais alta, mais larga<br />

Largura mais uniforme na inserção do úbere posterior<br />

Úbere posterior melhor balanceado e mais firmemente inserido<br />

Úbere posterior mais firme e mais inserido<br />

Mais largura no úbere posterior e mais capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Mais equilíbrio e volume no úbere posterior<br />

Mais volume na inserção do úbere posterior<br />

Úbere posterior mais vistoso<br />

Tem o úbere menos profundo em relação à linha do jarrete<br />

Terminologia para um ligamento central <strong>de</strong>sejável<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Exibe um ligamento central mediano mais forte, mais firme<br />

Demonstra maior força no ligamento central<br />

Mostra mais clivagem, quando visto <strong>de</strong> trás<br />

Mostra mais força, indica<strong>da</strong> pelo sulco inter-mamário<br />

Ligamento central mediano mais forte<br />

Terminologia para tetas <strong>de</strong>sejáveis<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

As tetas inserem verticalmente no piso do úbere<br />

As tetas são mais eqüidistantes na sua inserção no piso do úbere<br />

As tetas são mais corretas em tamanho, forma e posição<br />

As tetas são mais simétricas<br />

As tetas são mais apruma<strong>da</strong>s no piso do úbere<br />

As tetas anteriores e posteriores são mais eqüidistantes<br />

Terminologia para vascularização mamaria <strong>de</strong>sejável<br />

Exibe a vascularização periférica mais calibrosa e sinuosa<br />

Mostra veias mamarias mais salientes<br />

O piso do úbere mais irrigado<br />

Um úbere mais atrativo <strong>de</strong>vido a maior irrigação sangüínea.<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

NOMENCLATURA USUAL DAS PARTES ANATÔMICAS DE UMA VACA<br />

REGIÃO DA CABEÇA<br />

Marrafa<br />

Fronte<br />

Chanfro<br />

Narina<br />

Focinho<br />

Boca<br />

Mandíbula<br />

REGIÃO DO PESCOÇO E TÓRAX<br />

Pescoço<br />

Garganta<br />

Ponta <strong>da</strong> Espádua<br />

Barbela<br />

Ponta do Cotovelo<br />

Peito<br />

Base do Peito<br />

Cruz ou Garrote<br />

Perímetro Toráxico<br />

Retro – Escápula<br />

REGIÃO DOS MEMBROS ANTERIORES<br />

Joelho<br />

Coroa do Casco<br />

Pare<strong>de</strong> do Casco<br />

Talão do Casco<br />

Sola do Casco<br />

REGIÃO DORSO-LOMBAR<br />

Dorso<br />

Lombo<br />

Costelas<br />

Barril<br />

Flanco<br />

Fonte do Leite<br />

Veias Mamarias<br />

REGIÃO DA GARUPA E COXAS<br />

Garupa<br />

Inserção <strong>da</strong> Cau<strong>da</strong><br />

Ponta dos ísquios<br />

Ponta dos íleos<br />

Cau<strong>da</strong><br />

Articulação Coxo - Femural<br />

Coxa<br />

Rótula<br />

Virilha<br />

Vassoura <strong>da</strong> Cau<strong>da</strong><br />

REGIÃO DO ÚBERE<br />

Inserção do Úbere Anterior<br />

Vascularização mamária<br />

Tetas<br />

Inserção Posterior do Úbere<br />

Ligamento Central do Úbere<br />

Piso do Úbere<br />

Quarto Posterior do Úbere<br />

REGIÃO DOS MEMBROS POSTERIORES<br />

Jarrete<br />

Sobre Unha<br />

Qu<strong>arte</strong>la<br />

Unha<br />

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Treinamento com Categorias <strong>de</strong> Vacas Italianas<br />

CATEGORIA 07 – Vacche di 2 anni Junior<br />

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CATEGORIA 08 – Vacche di 2 anni Senior<br />

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CATEGORIA 12 – Vacche di 4 anni Senior<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

PRÁTICAS E PROCEDIMENTOS NA PISTA DE JULGAMENTO<br />

O jurado <strong>de</strong>ve observar todos os animais à distância, quando entram na Pista. Deve examinar a<br />

conformação e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>, estatura, estilo e o modo <strong>de</strong> an<strong>da</strong>r;<br />

As principais impressões são muito importantes. Uma observação do animal como um todo é<br />

importantíssimo para evitar crítica <strong>de</strong>masiado <strong>de</strong> um animal;<br />

Ca<strong>da</strong> animal é apreciado <strong>de</strong> perto. O jurado confirma as forças e as fraquezas;<br />

Gastar tempo igual com ca<strong>da</strong> animal concorrente, antes <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nar os animais no grupo;<br />

Dar ênfase a um animal limpo;<br />

Desfavorecer uma tosa velha;<br />

Não <strong>de</strong>sfavorecer, porém não atribuir pontos por uma tosa profissional.<br />

Os Sinais Padronizados Usuais<br />

Um movimento circular com o braço e a mão indica que o grupo <strong>de</strong>verá an<strong>da</strong>r. Se <strong>de</strong>sejar uma veloci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

maior o movimento circular <strong>de</strong>ve ser mais rápido.<br />

Um braço levantado, ou braços, palmas volta<strong>da</strong>s para fora, indicam: parar!<br />

Um movimento <strong>de</strong>finido <strong>da</strong> mão e do braço, num aceno <strong>de</strong> chamado, para convi<strong>da</strong>r o condutor para a linha<br />

ou para uma mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> posição. A nova posição será do animal claramente indicado.<br />

Ao sinalizar um <strong>de</strong>terminado animal, o jurado <strong>de</strong>verá estar seguro <strong>de</strong> estar bem próximo do condutor para<br />

evitar confusão quanto a qual condutor está indicado.<br />

Evite "exibicionismo" ao fazer sinais. Lembre-se <strong>de</strong> que os animais são o centro <strong>de</strong> atração, e não o jurado.<br />

Julgue ca<strong>da</strong> grupo separa<strong>da</strong>mente e, a menos que haja dois concorrentes extremamente próximos, não<br />

mu<strong>de</strong> animais<br />

Certifique-se sempre se o estilo <strong>de</strong> apresentação é para ser julgado em grupos. Se assim for, os animais<br />

<strong>de</strong>verão ser colocados em primeiro, segundo e terceiro grupos, seguidos pela colocação do primeiro grupo<br />

individualmente. É <strong>de</strong>sejável que o segundo e terceiro grupos sejam mantidos na pista, mas <strong>de</strong> lado,<br />

enquanto que o primeiro grupo está sendo or<strong>de</strong>nado individualmente.<br />

Esteja preparado para justificar-se. Não tenha medo <strong>de</strong> dizer aos condutores do segundo e terceiro grupos,<br />

assim como ao primeiro, o que eles estão fazendo <strong>de</strong> certo e <strong>de</strong> errado. Eles apreciarão seus comentários.<br />

A primeira fila <strong>da</strong> assistência também ficará grata.<br />

Aprecie um animal bem preparado, porém não permita que isto seja causa <strong>de</strong> maior mu<strong>da</strong>nça,<br />

particularmente entre animais mais jovens. Muitos condutores não preparam seus próprios animais.<br />

Contudo, não negligencie a importância <strong>da</strong> tosa, toalete do casco, etc.<br />

Não permita que o tipo do animal influa numa <strong>de</strong>cisão quanto ao estilo <strong>de</strong> apresentação. Lembre-se, é mais<br />

difícil apresentar e manejar um animal <strong>de</strong>spreparado.<br />

Não prolongue in<strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente a exibição <strong>de</strong> um grupo. O julgamento real, mesmo <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> grupo,<br />

raramente <strong>de</strong>verá levar mais do que 30 minutos.<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

QUALIDADES DE UM BOM JURADO E ÉTICA PROFISSIONAL<br />

Ter sólido conhecimento do Mo<strong>de</strong>lo I<strong>de</strong>al (True Type) <strong>de</strong> gado holandês e habili<strong>da</strong><strong>de</strong> para reconhecer os<br />

pontos <strong>de</strong> conformação <strong>de</strong>sejáveis e in<strong>de</strong>sejáveis;<br />

Ter "olho clínico" para vacas (cow sense) e <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> conhecer perfeitamente gado leiteiro;<br />

Ter po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> observação rápido e acurado;<br />

Ter capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para formar uma imagem mental <strong>de</strong> vários animais e classificá-los, fazendo comparações;<br />

Ter capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para chegar a uma <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>finitiva, basea<strong>da</strong> em julgamento firme;<br />

Ter habili<strong>da</strong><strong>de</strong> para avaliar e classificar um animal individualmente, <strong>de</strong> acordo com a aparência no dia do<br />

julgamento, sem relação com a classificação em uma exposição anterior;<br />

Ter firmeza para sustentar as próprias colocações, sem ofen<strong>de</strong>r ou, <strong>de</strong> qualquer modo, subenten<strong>de</strong>r que suas<br />

próprias <strong>de</strong>cisões são infalíveis;<br />

Ter nervos firmes e confiança no próprio talento para fazer rigorosas <strong>de</strong>cisões in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, basea<strong>da</strong>s<br />

inteiramente no mérito dos animais;<br />

Ter sólido conhecimento adquirido através <strong>de</strong> prática e experiência, para <strong>da</strong>r razões efetivas para as<br />

colocações;<br />

Ter imparciali<strong>da</strong><strong>de</strong> e in<strong>de</strong>pendência em relação aos expositores ou amigos junto à pista <strong>de</strong> julgamento;<br />

Ter um temperamento agradável.<br />

AVALIAÇÃO DOS APRESENTADORES<br />

Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s do Apresentador<br />

A - Preparação<br />

1. Apresentador <strong>de</strong>verá estar convenientemente trajado, não <strong>de</strong>vendo usar na<strong>da</strong> que atraia a atenção para si em<br />

lugar do animal.<br />

2. Assegurar-se <strong>de</strong> que o animal esteja limpo, preparado e bem treinado. Isto inclui que o animal esteja tosquiado,<br />

com os casos aparados etc. assim como pronto e apto para parar, mover-se e caminhar quando o juiz assim o solicitar.<br />

3. Assegurar-se <strong>de</strong> que o cabresto seja <strong>de</strong> tamanho a<strong>de</strong>quado, limpo e bem firme. Não <strong>de</strong>vem ser usados cabrestos<br />

grossos e/ou largos. As bezerras <strong>de</strong>vem ser maneja<strong>da</strong>s com o mesmo tipo <strong>de</strong> cabresto utilizados no seu treinamento.<br />

Por exemplo, não se usa um cabresto do tipo corrente para a bezerra a não ser que tenha sido utilizado para treiná-la.<br />

B - Técnica<br />

O apresentador <strong>de</strong>verá:<br />

1. Seguir explicitamente as instruções do jurado.<br />

2. Caminhar direito, não <strong>de</strong>vendo agachar-se ou colocar-se <strong>de</strong> cócoras.<br />

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A ARTE DE JULGAR<br />

3. Conduzir com passo suave, gracioso, em sentido horário com a cabeça do animal manti<strong>da</strong> para cima, o suficiente<br />

para produzir um efeito atrativo e que impressione. Deverá estar preparado para mu<strong>da</strong>r a veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> do passo quando<br />

solicitado pelo jurado. Um competidor que persiste em mover seu animal com <strong>de</strong>masia<strong>da</strong> lentidão po<strong>de</strong>rá ser<br />

seriamente discriminado.<br />

4. Conduzir seu animal com o cabresto curto, <strong>da</strong>ndo duas voltas na correia do cabresto na mão esquer<strong>da</strong>. O melhor<br />

controle do animal se consegue quando o manejador o conduz perto do cabresto. Alguns animais exibem-se melhor<br />

com um passo ligeiro e solto, que é muito satisfatório <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não seja provocado pelo manejador.<br />

5. Seguir as práticas indica<strong>da</strong>s para condução dos animais. Conduzir com qualquer uma <strong>da</strong>s mãos é igualmente<br />

aceito. Por outro lado, é uma prática geral caminhar para trás, mantendo o cabresto com a mão esquer<strong>da</strong> durante o<br />

julgamento. Com freqüência é mais fácil guiar um animal rebel<strong>de</strong> com a mão direita, o que é aceitável. Em momentos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso ou quando se caminha com rapi<strong>de</strong>z é permitido caminhar <strong>de</strong> frente mantendo o cabresto na mão esquer<strong>da</strong>.<br />

6. Conduzir o animal pelo lado esquerdo, excetuando as vezes em que há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ajustar a cau<strong>da</strong> e o dorso.<br />

Não molestar o animal quando estiver corretamente parado.<br />

7. Ter em mente que não é necessário reajustar a posição <strong>da</strong>s patas quando o jurado se move em volta do animal.<br />

Não ajustar as patas traseiras pisando-as com os pés. Isto po<strong>de</strong>rá ser feito pressionando o cabresto e os ombros com os<br />

<strong>de</strong>dos <strong>da</strong> mão direita.<br />

8. Antecipar-se para que as mãos do animal fiquem em posição <strong>de</strong> caminhar ou parar quando solicitado.<br />

9. Assegurar-se <strong>de</strong> que o animal brilhe o mais possível, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento em que entra na pista até que <strong>de</strong>la saia.<br />

Deixar espaço suficiente entre os animais para permitir trabalhar tanto o jurado como os Outros manejadores.<br />

C - Atitu<strong>de</strong><br />

O apresentador <strong>de</strong>verá:<br />

1. Estar alerta, mas ser cortês e educado, tanto com o jurado como com os companheiros.<br />

2. Controlar suas emoções e estar atento e tranqüilo, não se preocupando-se com a colocação alcança<strong>da</strong>, aceitando a<br />

<strong>de</strong>cisão do jurado como faria um bom <strong>de</strong>sportista, mantendo-se atento até que a <strong>de</strong>cisão final tenha sido toma<strong>da</strong>.<br />

3. Manter o animal sob seu controle durante todo o tempo, observando o jurado e suas instruções.<br />

4. Estar preparado para respon<strong>de</strong>r perguntas que normalmente qualquer jurado faria, tais como : “Quando nasceu<br />

tua bezerra ?”.<br />

5. Estar preparado para conduzir qualquer animal que o jurado <strong>de</strong>signar.<br />

6. Entrar a tempo na pista e não causar atraso ao julgamento.<br />

D - Técnicas básicas<br />

1. Entrando na pista, segurar a correia com a mão direita e caminhar com <strong>de</strong>senvoltura até que o jurado indique o<br />

contrário.<br />

2. Movendo-se diante do animal, <strong>de</strong>verá fazê-lo suave e rapi<strong>da</strong>mente para proporcionar ao jurado sua melhor visão.<br />

3. Voltar ligeiramente a cabeça do animal para o jurado quando este estiver tocando a p<strong>arte</strong> traseira ou sua pele.<br />

4. Parar e colocar o animal em vantagem aproveitando os <strong>de</strong>clives <strong>da</strong> pista para colocar o animal com as patas<br />

dianteiras ao nível mais alto que as traseiras, não distanciando <strong>de</strong> sua posição.<br />

5. Quando é chamado ao centro <strong>da</strong> pista, caminhar para frente com a correia na mão direita até o lugar indicado.<br />

Associação <strong>Brasileira</strong> dos <strong>Criadores</strong> <strong>de</strong> <strong>Bovinos</strong> <strong>da</strong> Raça Holan<strong>de</strong>sa<br />

Av. Briga<strong>de</strong>iro Luis Antonio 1930, Sala 7 - Bela Vista - São Paulo - SP - CEP 01318-909<br />

Telefone: (11) 3285-1018<br />

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Data e Local – <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> tradição do local<br />

A ARTE DE JULGAR<br />

ORGANIZAÇÃO DE EXPOSIÇÃO<br />

FORMAÇÃO DAS COMISSÕES:<br />

1. HONRA - Pessoas <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque Nacional, Estadual ou Municipal.<br />

2. EXECUTIVA – Chefia<strong>da</strong> pelo Diretor <strong>da</strong> Exposição, tem a função <strong>de</strong>:<br />

a) Colocar os animais em pista;<br />

b) Receber as inscrições em tempo hábil para confecção do catálogo e classificar os animais <strong>de</strong> acordo com a i<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

em suas respectivas categorias;<br />

c) Formação <strong>da</strong>s categorias;<br />

d) Confecção do catálogo <strong>da</strong> exposição;<br />

e) Nomeia os Jurados <strong>de</strong> Admissão;<br />

f) Entrega dos Prêmios.<br />

3. TÉCNICA – Esta é recomendável pelo atendimento dos animais no recinto <strong>da</strong> Exposição (Alimentação,<br />

Água, Cama, Assistência Veterinária, etc. ).<br />

4. DEFESA SANITÁRIA ANIMAL – Esta é forma<strong>da</strong> pelos elementos do Ministério <strong>da</strong> Agricultura e/ou<br />

SEAG, <strong>de</strong> acordo com a legislação.<br />

5. JULGAMENTO – Esta é composta <strong>de</strong> JURADO e SECRETÁRIOS convi<strong>da</strong>dos pela Comissão<br />

Organizadora.<br />

Preparativos no local <strong>da</strong> exposição:<br />

1. Distribuição dos animais nos galpões.<br />

2. I<strong>de</strong>ntificação e Numeração dos Animais <strong>de</strong> acordo com o catálogo na ocasião <strong>da</strong> inspeção pelos jurados <strong>de</strong><br />

admissão, serão feitas as últimas anotações na folha do jurado.<br />

3. Programação dos Horários e Categorias para Julgamento: As informações dos criadores e tratadores, <strong>de</strong>verão ser<br />

feitas com antecedência <strong>de</strong> modo geral.<br />

4. Julgamento – Este será feito por categorias. Os animais entrarão na pista em rigorosa or<strong>de</strong>m cronológicas, do<br />

menor para o maior.<br />

Para que o julgamento seja dinâmico, há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> que se tenha uma categoria na pista, outra já prepara<strong>da</strong> e<br />

uma outra já em fase <strong>de</strong> preparação.<br />

COORDENAÇÃO DE PISTA :<br />

recebimento dos animais;<br />

colocação em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> entra<strong>da</strong><br />

AUXILIARES:<br />

movimentação junto aos criadores e tratadores nos galpões.<br />

5. ENTREGA DOS PRÊMIOS: Após ca<strong>da</strong> julgamento, haverá a entrega dos prêmios após ca<strong>da</strong> campeonato ou<br />

soleni<strong>da</strong><strong>de</strong> especial <strong>de</strong> acordo com a comissão organizadora.<br />

6. RELATÓRIO TÉCNICO SOBRE O JULGAMENTO: Deverá ser elaborado pelo jurado e encaminhado à<br />

Associação <strong>Brasileira</strong>, <strong>de</strong> preferência com a relação dos animais premiados.<br />

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FALASCHINI, A & VIVARELLI, A.<br />

Corso di Zootecnia Vol II – Zoognostica,<br />

Ed. Agricole Bologna – 2º Ed. 1967.<br />

GETTY, R. SISSON / GROSSMAN<br />

Anatomia dos Animais Domésticos, 5º Edição,<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, Interamericana, 1981<br />

1134 p. vol. I.<br />

A ARTE DE JULGAR<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

SCHWARZE, E. COMPÊNDIO DE ANATOMIA VETERINÁRIA<br />

Zaragoza, Editorial Acribia, 1970 Vol. I<br />

GODINHO, H . P. ; CARDOSO ; F.M. ; NASCIMENTO; J.F.<br />

Anatomia dos Ruminantes domésticos<br />

Belo Horizonte, Instituto <strong>de</strong> Ciências Biológicas <strong>da</strong> U.F.M.G.<br />

415 p.<br />

POPESKO, P. ATLAS OF TOPOGRAPHICAL ANATOMY<br />

Of the domestic animais – 2º edição<br />

Phila<strong>de</strong>lphia, W.B. Sann<strong>de</strong>rs Company, 1977<br />

Volumes 1 , 2 e 3<br />

TRIMBERGER, G EORGE W. TÉCNICAS PARA JUZGAR<br />

Ganado Lechero – Editorial Hemisfério Sur<br />

Alzáibar 1328 – Montevi<strong>de</strong>o Uruguay<br />

Título do original em inglês: Dairy Cattle<br />

Judging Techniques.<br />

PEIXOTO, ARISTEU M. – EXTERIOR E JULGAMENTO DE<br />

<strong>Bovinos</strong> – Centro Acadêmico “Luiz <strong>de</strong> Queiróz “<br />

Departamento Editorial – Piracicaba – 1979<br />

HOLSTEIN CANADA’S JUDGING PROGRAM – 1993<br />

Holstein Association Canadá<br />

CATALOGO DE SEMENTALES 2002<br />

Aberekin, S A – Centro <strong>de</strong> Inseminacion Espanha<br />

HOLSTEINWORLD – Janeiro 2001 USA<br />

P.O Box 819, Corona, CA 91718<br />

HOLSTEIN JOURNAL – Dezembro 1999 – Canadá<br />

9120 Leslie Street Unit 105<br />

Richmond Hill, Ont. L4B 3J9<br />

BIANCONERO – Janeiro e Março <strong>de</strong> 2002 – Itália<br />

E/o ANAFI Via Bergamo, 292 (lx. Migliaro)<br />

26022 Castelver<strong>de</strong> (CR)<br />

HOLLAND GENETICS – Catálogo <strong>de</strong> Touros 1998 – Holan<strong>da</strong><br />

Lagoa <strong>da</strong> Serra, Sertaozinho /SP<br />

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