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Julho de 2009 - Crefito

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Foto: Arquivo CREFITO5/RS<br />

Quantos somos nos<br />

conselhos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

(e por que participar)<br />

afinal?<br />

Dr. Gla<strong>de</strong>mir Schwingel<br />

Fisioterapeuta e Conselheiro do CREFITO5/RS<br />

Opinião<br />

Em que medida é importante ao fisioterapeuta<br />

e ao terapeuta ocupacional participarem<br />

do controle social das políticas públicas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>? Conferências <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, conselho<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> são realmente importantes para<br />

que possamos inserir nossas profissões no<br />

SUS, com qualida<strong>de</strong>? Se <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> participar,<br />

o que acontece?<br />

Estas são questões relevantes sobre as quais<br />

vale a pena uma rápida reflexão, pois cada<br />

vez mais o <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> nossas profissões <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

da nossa participação efetiva, ou não,<br />

dos meios em que se <strong>de</strong>finem as políticas públicas<br />

no Brasil. Senão, vejamos: almejamos<br />

trabalhar na Estratégia <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família<br />

(ESF), no Núcleo <strong>de</strong> Apoio à Saú<strong>de</strong> da Família<br />

(NASF), no programa Primeira Infância<br />

Melhor (PIM), no Centro <strong>de</strong> Assistência Psicossocial<br />

(CAPS)? Queremos que SUS nos<br />

remunere melhor? Preten<strong>de</strong>mos ser reconhecidos<br />

como importantes nas equipes <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> dos municípios, levando à população<br />

nossa prática profissional?<br />

Se a resposta a alguma <strong>de</strong>stas perguntas<br />

é ‘sim’, então só tem um jeito: precisamos<br />

conquistar espaços para reivindicar em nosso<br />

território <strong>de</strong> vida (o município) esta inserção<br />

efetiva. Mas como po<strong>de</strong>mos participar?<br />

Primeiramente é importante saber que tanto<br />

as conferências quanto os conselhos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

existem por força da Lei Fe<strong>de</strong>ral 8142, <strong>de</strong><br />

1990, que prevê a participação da comunida<strong>de</strong><br />

na <strong>de</strong>liberação e na execução das políticas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas três esferas <strong>de</strong> governo (União,<br />

Estados e Distrito Fe<strong>de</strong>ral e Municípios). Em<br />

nível nacional, temos o Conselho Nacional<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (no qual o COFFITO tem acento).<br />

“Está implícito que<br />

em qualquer esfera<br />

<strong>de</strong> governo e em<br />

qualquer município,<br />

fisioterapeutas<br />

e terapeutas<br />

ocupacionais<br />

po<strong>de</strong>m fazer parte<br />

do conselho. ”<br />

Para saber mais sobre ele, visite o site http://<br />

conselho.sau<strong>de</strong>.gov.br. No estado do Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Sul temos o Conselho Estadual<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> o CREFITO5/RS também<br />

tem acento. Já no nível local, todos os 496<br />

municípios gaúchos têm o seu conselho, que<br />

é criado por uma Lei Municipal que <strong>de</strong>ve ser<br />

baseada na legislação fe<strong>de</strong>ral e <strong>de</strong>veria, a priori,<br />

consi<strong>de</strong>rar a Resolução 333 do Conselho<br />

Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, lançada em 04/11/2003.<br />

Segundo esta resolução, quem participa do<br />

conselho <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>? Meta<strong>de</strong> das vagas no<br />

conselho pertence às entida<strong>de</strong>s representantes<br />

<strong>de</strong> usuários, 25% às entida<strong>de</strong>s dos<br />

trabalhadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e 25% à representação<br />

do governo, <strong>de</strong> prestadores <strong>de</strong> serviços<br />

privados conveniados, ou sem fins lucrativos.<br />

Ou seja, está implícito que em qualquer<br />

esfera <strong>de</strong> governo e em qualquer município,<br />

fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais po<strong>de</strong>m<br />

fazer parte do conselho. No entanto, em<br />

muitos municípios, a Lei Municipal que criou<br />

o conselho não previu nossa inserção. Como<br />

resolver? Po<strong>de</strong>mos oficializar nosso pedido<br />

<strong>de</strong> entrada no conselho <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do município,<br />

mas é importante frisar que <strong>de</strong>vemos<br />

representar alguma entida<strong>de</strong>. O CREFITO5/<br />

RS tem servido <strong>de</strong> guarida para o pedido <strong>de</strong><br />

vários colegas em todo estado, ou seja, emitimos<br />

ofício indicando profissionais à participação<br />

em conselhos, se a Lei Municipal prevê<br />

a nossa participação e em não havendo outra<br />

entida<strong>de</strong> à qual o profissional esteja ligado.<br />

Mas, quantos somos nos conselhos? Este é<br />

um número incerto. Não sabemos quantos<br />

profissionais estão inseridos nos conselhos<br />

dos 496 municípios e por isso estamos <strong>de</strong>flagrando<br />

uma busca <strong>de</strong> informações junto<br />

a todos os municípios para clarear nossa representativida<strong>de</strong><br />

atual. Um ofício está sendo<br />

remetido a todos os conselhos municipais <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, solicitando que se informe ao CREFI-<br />

TO5/RS a presença para, em não havendo,<br />

reivindicar a mudança na legislação local e a<br />

efetiva inserção.<br />

Mas por que é importante participar do conselho?<br />

Na resolução 333/2003, em sua quinta<br />

diretriz, estão <strong>de</strong>finidas as suas atribuições.<br />

Em síntese, o conselho <strong>de</strong>libera e fiscaliza sobre<br />

todas as ações e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Estão<br />

listadas 24 diferentes atribuições. Trata-se da<br />

condução política da saú<strong>de</strong>, da gestão em si<br />

e, por isso, sendo o conselho o <strong>de</strong>finidor <strong>de</strong><br />

como as coisas se dão, é temerário imaginar<br />

nossa ausência.

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