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Julho de 2009 - Crefito

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A chegada do inverno e a importância da<br />

vacina contra a Influenza<br />

O inverno chegou e, com ele, o número <strong>de</strong><br />

pessoas que procuram consultórios médicos<br />

e hospitais para tratar problemas respiratórios<br />

aumenta. Na maioria das vezes, as doenças<br />

respiratórias se manifestam por epi<strong>de</strong>mias e<br />

variações <strong>de</strong> temperatura. O ar mais seco e<br />

a diminuição das chuvas abrem as portas do<br />

organismo para os vírus e bactérias.<br />

Por isso, as pessoas ficam muito<br />

mais vulneráveis aos problemas<br />

respiratórios nesta época do ano –<br />

especialmente os idosos.<br />

O especialista em Fisioterapia<br />

Respiratória, Dr. Alexandre Simões,<br />

ressalta a importância da<br />

vacina contra a gripe Influenza.<br />

Ele explica que, segundo dados do<br />

Ministério da Saú<strong>de</strong>, a Campanha<br />

<strong>de</strong> Vacinação do Idoso foi instituída<br />

em 1999, no mesmo ano que<br />

foi <strong>de</strong>terminado Ano Internacional<br />

do Idoso. O Brasil vem superando a<br />

meta <strong>de</strong> vacinar 70% da população <strong>de</strong>ssa<br />

faixa etária. Em 1999, foram aplicadas 7,5<br />

milhões <strong>de</strong> doses <strong>de</strong> vacina contra o vírus<br />

influenza, que é o principal causador da gripe.<br />

“No ano <strong>de</strong> 2000, foram realizadas 9,3<br />

milhões <strong>de</strong> doses, e em 2001, 10,7 milhões.<br />

No ano <strong>de</strong> 2008 mais <strong>de</strong> 11 milhões <strong>de</strong> vaci-<br />

nas foram aplicadas em homens e mulheres<br />

com ida<strong>de</strong> acima <strong>de</strong> 60 anos. Nota-se que<br />

o número <strong>de</strong> indivíduos que toma a vacina<br />

aumenta a cada ano, correspon<strong>de</strong>ndo por<br />

70% do total <strong>de</strong> idosos existentes no Brasil”,<br />

esclarece o Dr. Simões.<br />

Foto: Stock<br />

A vacina contra o vírus da Influenza é popularmente<br />

conhecida como vacina da gripe<br />

e possui dose única. Está indicada para<br />

os idosos e <strong>de</strong>ve ser periódica. “Devemos<br />

ter atenção no caso <strong>de</strong> aplicar a vacina em<br />

bebês, pois a ida<strong>de</strong> recomendada é somente<br />

a partir dos 6 meses”, ressalta. A vacina<br />

é indicada até mesmo para pessoas que<br />

possuem doenças que afetam o sistema<br />

cardíaco, respiratório, e naquelas que possuem<br />

diabetes mellitus, insuficiência renal<br />

ou hepática. O Dr. Simões lembra que é <strong>de</strong><br />

suma importância lembrar que não po<strong>de</strong>m<br />

se vacinar pessoas que tenham alergia comprovada<br />

à proteína do ovo e ao Timerosal<br />

(mercurocromo ou mertiolate).<br />

O Dr. Alexandre Simões ainda<br />

ressalta a importância dos exercícios<br />

respiratórios, que po<strong>de</strong>m<br />

aumentar o bem estar das pessoas<br />

que possuem algum sintoma <strong>de</strong><br />

doença pulmonar, e que o acompanhamento<br />

<strong>de</strong> um fisioterapeuta<br />

é essencial para alcançar melhores<br />

resultados. “Atualmente diversos<br />

profissionais fisioterapeutas já possuem<br />

o título <strong>de</strong> especialista em<br />

fisioterapia respiratória ou especialista<br />

em fisioterapia em terapia<br />

intensiva reconhecidos pelas Associações<br />

específicas, como a ASSOBRAFIR (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Fisioterapia Cardiorrespiratória<br />

e Fisioterapia em Terapia Intensiva),<br />

e pelo Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Fisioterapia e<br />

Terapia Ocupacional (COFFITO), e com<br />

isto os benefícios são melhores entendidos<br />

e alcançados”, explica.<br />

Saiba mais sobre Quedas <strong>de</strong> Idosos<br />

Acontece<br />

Queda é uma mudança <strong>de</strong> posição inesperada,<br />

não intencional que faz com que o indivíduo<br />

permaneça em um nível inferior do<br />

qual se encontrava. Trata-se <strong>de</strong> um evento<br />

frequente e limitante, sendo consi<strong>de</strong>rado<br />

um marcador <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong>, institucionalização<br />

e <strong>de</strong> <strong>de</strong>clínio na saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> idosos.<br />

O Dr. Luis Henrique Telles da Rosa, Conselheiro<br />

do CREFITO5/RS, explica que,<br />

muito embora as quedas possam ocorrer<br />

em qualquer etapa da vida, o risco <strong>de</strong> cair<br />

aumenta significativamente com o avançar<br />

da ida<strong>de</strong>. “A instabilida<strong>de</strong> postural com a<br />

ocorrência <strong>de</strong> quedas é uma característica<br />

do envelhecimento, representando um<br />

motivo <strong>de</strong> preocupação para os idosos,<br />

pois po<strong>de</strong> acarretar incapacida<strong>de</strong> física e<br />

perda da in<strong>de</strong>pendência”, explica. Segundo<br />

ele, a Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Geriatria<br />

e Gerontologia diz que no Brasil 30% dos<br />

idosos caem pelo menos uma vez ao ano,<br />

consistindo um evento multifatorial associado<br />

a um conjunto <strong>de</strong> fatores vinculados ao<br />

indivíduo ou com o ambiente.<br />

A maior suscetibilida<strong>de</strong> dos idosos a sofrerem<br />

quedas se <strong>de</strong>ve à presença <strong>de</strong> doenças<br />

associadas ao processo <strong>de</strong> envelhecimento,<br />

que levam à diminuição do equilíbrio corporal.<br />

Além da alta mortalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stacam-se<br />

ainda como consequências relevantes o fato<br />

<strong>de</strong> a queda causar restrição <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>,<br />

incapacida<strong>de</strong> funcional, isolamento social e<br />

diminuição da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos idosos.<br />

No Brasil, cerca <strong>de</strong> 29% dos idosos caem<br />

ao menos uma vez ao ano e 13% caem <strong>de</strong><br />

forma recorrente. Essas estimativas apontam<br />

índices alarmantes já que, em 2025,<br />

nosso país po<strong>de</strong>rá contar com 31,8 milhões<br />

<strong>de</strong> habitantes com 70 anos ou mais, e ocupará<br />

o sexto lugar no mundo na população<br />

<strong>de</strong> idosos.<br />

Danos à saú<strong>de</strong><br />

O Dr. Luis Henrique Telles da Rosa afirma<br />

que, como consequência <strong>de</strong>stas quedas,<br />

figuram a perda <strong>de</strong> autonomia do idoso, o<br />

medo <strong>de</strong> cair novamente e, em alguns casos,<br />

a ocorrência <strong>de</strong> fraturas. Isto po<strong>de</strong> conduzir<br />

a um quadro <strong>de</strong> inativida<strong>de</strong> no leito<br />

e complicações associadas a este processo.<br />

“Intervenções isoladas têm pouco impacto<br />

sobre a diminuição no risco relativo <strong>de</strong> quedas,<br />

sendo estratégico se i<strong>de</strong>ntificar o idoso<br />

com maior risco <strong>de</strong> quedas. Programas<br />

multidimensionais bem-sucedidos incluem<br />

avaliação reorganização do ambiente, mudança<br />

na prescrição medicamentosa, exercícios<br />

individualizados, treino <strong>de</strong> transferências<br />

posturais e <strong>de</strong> marcha”, conclui o<br />

Fisioterapeuta, que é doutor em Gerontologia<br />

Social.

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