RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
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80<<strong>br</strong> />
Essa prática ocorre desde o início do curso demonstrando uma contradição<<strong>br</strong> />
em relação às mudanças filosóficas e conceituais ocorridas nos PP e currículos de<<strong>br</strong> />
2006 e 2009. Sacristán (1998) reflete que o currículo e o plano não são coerentes,<<strong>br</strong> />
pois, enquanto aquele consegue perceber a complexidade da realidade educativa e<<strong>br</strong> />
os conteúdos necessários para respondê-la, este ainda continua sendo estruturado<<strong>br</strong> />
por modelos reducionistas e mecanizados.<<strong>br</strong> />
Santiago (2010) relem<strong>br</strong>a a influência política e econômica so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />
educação e, que nesse sentido, o ensino foi organizado na lógica do sistema teórico,<<strong>br</strong> />
procurando dar conta do planejamento e racionalização da produção. O modelo<<strong>br</strong> />
taylorista-fordista adotado ao longo dos anos legou à escola a estrutura linear e<<strong>br</strong> />
compartimentalizada dos currículos, a fragmentação das tarefas, a especialização<<strong>br</strong> />
isolando os campos de conhecimento e priorizando o ´saber fazer` em detrimento do<<strong>br</strong> />
conhecimento geral ou do ´saber pensar`.<<strong>br</strong> />
Foi possível visualizar também que outras tecnologias de ensino valorizadas<<strong>br</strong> />
são as aulas práticas realizadas em algumas disciplinas nas quais a exigência<<strong>br</strong> />
técnico-científica para o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades é<<strong>br</strong> />
fundamental, assim como, os trabalhos em grupo representados em sua maioria por<<strong>br</strong> />
seminários (124), estudos dirigidos (40) e debates em sala de aula (42). No entanto,<<strong>br</strong> />
a descrição da utilização dessas técnicas não estava claramente registrada<<strong>br</strong> />
mostrando-se dúbia a forma de condução do trabalho do docente, uma vez tratandose<<strong>br</strong> />
de métodos que podem também ser trabalhados individualmente.<<strong>br</strong> />
Percebeu-se também a tentativa de adequar algumas formas inovadoras de<<strong>br</strong> />
ensino concomitantemente ao modelo teórico tradicional através da utilização de<<strong>br</strong> />
estudos de caso, leituras em sala de artigos científicos, discussão de filmes e<<strong>br</strong> />
articulação da teoria com a prática quando da realização de visitas a campo e<<strong>br</strong> />
desenvolvimento de atividades práticas em campo.<<strong>br</strong> />
Essa nova dinâmica sinaliza uma busca pelo novo, por uma forma de<<strong>br</strong> />
comunicação mais próxima e real do discente favorecendo o processo de<<strong>br</strong> />
aprendizagem, mas ainda mostra-se insipiente diante do contexto tradicional e do<<strong>br</strong> />
total de planos analisados. Esse fato é confirmado quando encontra-se a prova<<strong>br</strong> />
escrita como o principal modelo de avaliação discente como poderá ser vizualidado<<strong>br</strong> />
no Gráfico 2.