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RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br

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De acordo com Freire (1996, p.39) o educador deve posicionar-se<<strong>br</strong> />

criticamente diante sua própria formação, “diante a prática atual ou a de ontem para<<strong>br</strong> />

que a próxima prática seja melhor”. Trata-se de um processo contínuo, pois “ensinar<<strong>br</strong> />

exige um movimento dinâmico e dialético entre o fazer e o pensar so<strong>br</strong>e esse fazer.”<<strong>br</strong> />

Esse movimento tem finalidade ao se perceber a lacuna pedagógica<<strong>br</strong> />

existente no exercício do ensino superior, ressaltada pelas exigências atuais - o<<strong>br</strong> />

despreparo pedagógico e didático do professor universitário. O questionamento<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a formação pedagógica adquirida ou necessária para ingressar na docência<<strong>br</strong> />

universitária subsidia o desenvolvimento deste conteúdo.<<strong>br</strong> />

O docente do ensino superior tem sua identidade valorizada pelos<<strong>br</strong> />

conhecimentos específicos, pesquisa ou exercício profissional, em detrimento ao<<strong>br</strong> />

desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem que conduz. A crescente<<strong>br</strong> />

demanda de empregos na docência do ensino superior é fruto da dinâmica do<<strong>br</strong> />

mundo do trabalho em constante qualificação, confrontada com a preparação<<strong>br</strong> />

mínima necessária para esse profissional atuar no ensino (PIMENTA;<<strong>br</strong> />

ANASTASIOU, 2010).<<strong>br</strong> />

Desse modo, a identidade docente está se constituindo através de uma<<strong>br</strong> />

aprendizagem informal, baseada na observação e aproximação de modelos<<strong>br</strong> />

docentes (MARCELO, 2009). Esse processo compromete tanto a qualidade do<<strong>br</strong> />

ensino sendo este desenvolvido sob a experiência profissional e sem os critérios<<strong>br</strong> />

pedagógicos necessários para acompanhar e avaliar adequadamente o aluno,<<strong>br</strong> />

quanto a capacitação docente, que fundamenta-se segundo a prática de outros e<<strong>br</strong> />

não do conhecimento didático e pedagógico.<<strong>br</strong> />

Embora com a instituição da LDB para o ensino superior aponte os<<strong>br</strong> />

princípios, fundamentos e procedimentos a serem desenvolvidos para a formação de<<strong>br</strong> />

enfermeiros, não são encontrados o mesmo empenho em relação à implementação<<strong>br</strong> />

de abordagens pedagógicas pelos docentes, que forneçam suporte para tais<<strong>br</strong> />

inovações (ARAÚJO; SILVA; SILVA, 2008).<<strong>br</strong> />

Este fato, segundo Marcelo (2009, p.125) pode ser decorrente da visão do<<strong>br</strong> />

docente como apenas um aplicador de inovações, e não como aquele que deva<<strong>br</strong> />

participar ativamente na construção da mudança. Em contrapartida, a tentativa de<<strong>br</strong> />

‘atualizar’ os docentes para que se comprometam mais com uma aprendizagem<<strong>br</strong> />

contínua torna-se frustrada quando são realizadas ações descontinuadas de

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