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RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br

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Durante sua construção deve ser respeitada a realidade regional onde o curso está<<strong>br</strong> />

inserido e deve ser construído coletivamente, pois requer a “reflexão so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

trabalho e o fazer pedagógico articulado ao trabalho e fazer em saúde”<<strong>br</strong> />

(FERNAN<strong>DE</strong>S, 2006, p. 51).<<strong>br</strong> />

A flexibilidade apontada pelas DCNENF em consonância com as propostas<<strong>br</strong> />

coletivas articuladas na elaboração do PP a<strong>br</strong>em uma cortina de desafios<<strong>br</strong> />

concernentes ao processo de formação contemporâneo. Não é apenas a saúde que<<strong>br</strong> />

necessita readequar-se às mudanças do mundo do trabalho, a educação também<<strong>br</strong> />

vivencia um processo de capacitação dos profissionais responsáveis pela formação.<<strong>br</strong> />

Dentre os diversos desafios para a nova proposta formativa, Witt (2005,<<strong>br</strong> />

p.67) cita a “construção de mecanismos de diálogo que aproximem os sujeitos<<strong>br</strong> />

sociais do mundo produtivo e que permitam a construção de referenciais a partir dos<<strong>br</strong> />

quais pode-se redesenhar e atualizar os processos formativos”.<<strong>br</strong> />

Esta tendência já fora apresentada no relatório à Organização das Nações<<strong>br</strong> />

Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 1999 so<strong>br</strong>e a Educação<<strong>br</strong> />

para o Século XXI, registrando a importância da educação diante das mudanças<<strong>br</strong> />

sociais: “à educação cabe fornecer os mapas de um mundo complexo e<<strong>br</strong> />

constantemente agitado e, ao mesmo tempo, ser bússola que permite navegar<<strong>br</strong> />

através dele” (<strong>DE</strong>LORS et al ,1999, p. 89).<<strong>br</strong> />

Este relatório, no entanto, por ser impulsionado a partir de interesses<<strong>br</strong> />

econômicos configura para alguns críticos a caracterização da influência social e<<strong>br</strong> />

dependência econômica do país ao mercado internacional. Fonseca (2010)<<strong>br</strong> />

contextualiza essa situação afirmando que a verdadeira ideologia do financiamento é<<strong>br</strong> />

oculta ao público geral e que, para fundamentar a concessão de créditos o Banco<<strong>br</strong> />

Mundial definiu um conjunto de políticas vinculando os objetivos educacionais à<<strong>br</strong> />

política de ajuste econômico ofertada pelo mesmo.<<strong>br</strong> />

Diante o exposto, percebe-se claramente a direcionalidade das intenções<<strong>br</strong> />

das agências de financiamento valorizando o ensino básico em detrimento a<<strong>br</strong> />

formação superior. Assim há um estímulo da grande massa da população a<<strong>br</strong> />

formações profissionalizantes mais rápidas, voltadas para o mercado de trabalho,<<strong>br</strong> />

que favoreçam a geração do capital, em detrimento às possibilidades de acesso a<<strong>br</strong> />

universidades públicas.<<strong>br</strong> />

O ensino superior, segundo Peres (2006), foi influenciado tanto em sua<<strong>br</strong> />

legislação quanto no destino dos recursos públicos para a educação devido ao

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