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RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br

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Destaca a influência política e social que configuram valor ao currículo ao descrevêlo<<strong>br</strong> />

como uma “opção historicamente configurada” que atua dentro de um contexto e<<strong>br</strong> />

está “carregado de pressupostos e valores”.<<strong>br</strong> />

Segundo o parecer nº 776/97 CNE/CES, os currículos mínimos engessaram<<strong>br</strong> />

o ensino superior ao seguirem uma padronização técnica que tolhiam a criatividade<<strong>br</strong> />

e não favoreciam a flexibilização; sustentavam a igualdade do perfil do profissional<<strong>br</strong> />

por diferentes instituições, em cada lugar do país; apresentavam uma “grade<<strong>br</strong> />

curricular” rígida; não realizavam uma avaliação so<strong>br</strong>e os projetos e as disciplinas e,<<strong>br</strong> />

inibiam as instituições de adequar seus projetos pedagógicos às mudanças.<<strong>br</strong> />

Nesse sentido, as DCN procuram seguir o caminho inverso, estimulando a<<strong>br</strong> />

superação da visão conservadora e a rigidez, a<strong>br</strong>indo opções de novos rumos para<<strong>br</strong> />

a flexibilidade e criatividade, capacidade de adaptação, educação continuada com<<strong>br</strong> />

foco na competência, autonomia dos cursos na definição do projeto pedagógico de<<strong>br</strong> />

forma que correspondam a uma imagem própria, moldagem do curso na busca de<<strong>br</strong> />

conhecimentos e adaptação à realidade (FEUERWERKER; ALMEIDA, 2003; NEIVA,<<strong>br</strong> />

2006).<<strong>br</strong> />

No entanto, Manfredi (2007) ressalta a importância do modelo de<<strong>br</strong> />

competências oculta na lógica do capital, desdo<strong>br</strong>ando-o além da questão da<<strong>br</strong> />

qualidade educacional, mas em dimensões político-ideológicas e culturais<<strong>br</strong> />

relevantes. A imagem puramente positiva imposta pelo governo, afirmando que a<<strong>br</strong> />

implantação das DCN é um impulso para a adesão dos cursos de graduação à<<strong>br</strong> />

flexibilização na formação adequando-a as mudanças no mundo trabalho<<strong>br</strong> />

favorecendo, assim, o mercantilismo das políticas educacionais em vigor<<strong>br</strong> />

(CAMARGO; MAUÉS, 2008).<<strong>br</strong> />

O mundo do trabalho influenciado pelas mudanças econômicas e políticas<<strong>br</strong> />

constitui-se da produção de bens e serviços e, para tal, o conhecimento e<<strong>br</strong> />

desenvolvimento de capacidades específicas do profissional para suprir tais<<strong>br</strong> />

necessidades. Em contrapartida, segundo Peres (2006), para dar conta das<<strong>br</strong> />

exigências capitalistas de produção, a maior preocupação do mercado de trabalho é<<strong>br</strong> />

a mão de o<strong>br</strong>a capacitada para atuar diante as mudanças tecnológicas.<<strong>br</strong> />

No entanto, sabe-se da constatação crescente de que apenas as inovações<<strong>br</strong> />

tecnológicas, principalmente na área da saúde, não conseguem resolver<<strong>br</strong> />

satisfatoriamente às necessidades da sociedade contemporânea que caracteriza-se<<strong>br</strong> />

majoritariamente por problemas sociais. Diante do referido, é evidente a

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