RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
41<<strong>br</strong> />
Destaca a influência política e social que configuram valor ao currículo ao descrevêlo<<strong>br</strong> />
como uma “opção historicamente configurada” que atua dentro de um contexto e<<strong>br</strong> />
está “carregado de pressupostos e valores”.<<strong>br</strong> />
Segundo o parecer nº 776/97 CNE/CES, os currículos mínimos engessaram<<strong>br</strong> />
o ensino superior ao seguirem uma padronização técnica que tolhiam a criatividade<<strong>br</strong> />
e não favoreciam a flexibilização; sustentavam a igualdade do perfil do profissional<<strong>br</strong> />
por diferentes instituições, em cada lugar do país; apresentavam uma “grade<<strong>br</strong> />
curricular” rígida; não realizavam uma avaliação so<strong>br</strong>e os projetos e as disciplinas e,<<strong>br</strong> />
inibiam as instituições de adequar seus projetos pedagógicos às mudanças.<<strong>br</strong> />
Nesse sentido, as DCN procuram seguir o caminho inverso, estimulando a<<strong>br</strong> />
superação da visão conservadora e a rigidez, a<strong>br</strong>indo opções de novos rumos para<<strong>br</strong> />
a flexibilidade e criatividade, capacidade de adaptação, educação continuada com<<strong>br</strong> />
foco na competência, autonomia dos cursos na definição do projeto pedagógico de<<strong>br</strong> />
forma que correspondam a uma imagem própria, moldagem do curso na busca de<<strong>br</strong> />
conhecimentos e adaptação à realidade (FEUERWERKER; ALMEIDA, 2003; NEIVA,<<strong>br</strong> />
2006).<<strong>br</strong> />
No entanto, Manfredi (2007) ressalta a importância do modelo de<<strong>br</strong> />
competências oculta na lógica do capital, desdo<strong>br</strong>ando-o além da questão da<<strong>br</strong> />
qualidade educacional, mas em dimensões político-ideológicas e culturais<<strong>br</strong> />
relevantes. A imagem puramente positiva imposta pelo governo, afirmando que a<<strong>br</strong> />
implantação das DCN é um impulso para a adesão dos cursos de graduação à<<strong>br</strong> />
flexibilização na formação adequando-a as mudanças no mundo trabalho<<strong>br</strong> />
favorecendo, assim, o mercantilismo das políticas educacionais em vigor<<strong>br</strong> />
(CAMARGO; MAUÉS, 2008).<<strong>br</strong> />
O mundo do trabalho influenciado pelas mudanças econômicas e políticas<<strong>br</strong> />
constitui-se da produção de bens e serviços e, para tal, o conhecimento e<<strong>br</strong> />
desenvolvimento de capacidades específicas do profissional para suprir tais<<strong>br</strong> />
necessidades. Em contrapartida, segundo Peres (2006), para dar conta das<<strong>br</strong> />
exigências capitalistas de produção, a maior preocupação do mercado de trabalho é<<strong>br</strong> />
a mão de o<strong>br</strong>a capacitada para atuar diante as mudanças tecnológicas.<<strong>br</strong> />
No entanto, sabe-se da constatação crescente de que apenas as inovações<<strong>br</strong> />
tecnológicas, principalmente na área da saúde, não conseguem resolver<<strong>br</strong> />
satisfatoriamente às necessidades da sociedade contemporânea que caracteriza-se<<strong>br</strong> />
majoritariamente por problemas sociais. Diante do referido, é evidente a