RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
39<<strong>br</strong> />
2.3 AS POLÍTICAS PÚBLICAS <strong>DE</strong> EDUCAÇÃO E AS DIRETRIZES<<strong>br</strong> />
CURRICULARES NACIONAIS<<strong>br</strong> />
Desde a criação das universidades federais no ano de 1950, o ensino<<strong>br</strong> />
superior vivencia uma caminhada preenchida com processos e reformas,<<strong>br</strong> />
destacando-se em 1961 a criação da primeira Lei de Diretrizes e Bases - LDB (Lei nº<<strong>br</strong> />
4.024/61) e, em 1968, sua primeira reforma intitulada Reforma Universitária sob a<<strong>br</strong> />
Lei nº 5.540/68 (SAVIANI, 2006).<<strong>br</strong> />
A Reforma Universitária proclamou a indissociabilidade entre ensino superior<<strong>br</strong> />
e pesquisa, aboliu a cátedra, instituiu o regime universitário como forma de<<strong>br</strong> />
organização do ensino superior e concedeu a autonomia universitária, instituiu o<<strong>br</strong> />
regime de créditos, matrícula por disciplina, cursos de curta duração, organização<<strong>br</strong> />
fundacional e a racionalização da estrutura e financiamento. Essas medidas<<strong>br</strong> />
atenderam as necessidades da época sinalizadas por estudantes e professores na<<strong>br</strong> />
tentativa de expandir o campo de atuação da universidade, a busca por autonomia e<<strong>br</strong> />
maior verba para as instituições, assim como vincular o ensino superior aos<<strong>br</strong> />
mecanismos de mercado de acordo com o regime capitalista (SAVIANI, 2006).<<strong>br</strong> />
Seguindo o contexto político do regime militar, a Reforma Universitária<<strong>br</strong> />
direcionou-se para um caráter tecnicista excluindo os educadores dos processos<<strong>br</strong> />
decisórios em educação. Essa exclusão desencadeou o surgimento de associações<<strong>br</strong> />
de educadores preocupados com o significado político e social da educação e com o<<strong>br</strong> />
aspecto econômico-corporativo. Esses acontecimentos eclodiram em manifestações<<strong>br</strong> />
populares como as greves iniciadas nos anos de 1970 e intensificadas nos anos de<<strong>br</strong> />
1980 que sinalizavam a insatisfação da classe e a necessidade de mudança na<<strong>br</strong> />
educação nacional (SAVIANI, 2006).<<strong>br</strong> />
Para Peres (2006) a reforma universitária tratou-se de uma falsa<<strong>br</strong> />
modernização da educação, pois pouco foi feito para reestruturar a educação, sendo<<strong>br</strong> />
o fator capitalista imperativo na forma de organização do ensino superior.<<strong>br</strong> />
Esse fato, evidencia-se nos anos de 1990 com o movimento expansionista<<strong>br</strong> />
de natureza privada mercantil. O processo de privatização das instituições fortalecese<<strong>br</strong> />
com as mudanças nas políticas de regulação e gestão educacional, que apontam<<strong>br</strong> />
estratégias para suprir a exigência imposta pela flexibilidade do mercado,