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RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br

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Kantorski (1997) ao classificar a importância do trabalho para o ser humano<<strong>br</strong> />

diz que ao transformar a natureza pelo seu trabalho ele deixa sua marca nela e na<<strong>br</strong> />

sociedade que passa a reconhecê-lo pelo produto de sua ação e, isso lhe configura<<strong>br</strong> />

uma identidade social. Esse pensamento é complementado por Pereira et al (2009,<<strong>br</strong> />

p. 772) ao refletir que a Enfermagem é “conformada por uma teia de relações<<strong>br</strong> />

sociais”.<<strong>br</strong> />

Diante desse panorama so<strong>br</strong>e a profissão, a Enfermagem encontra-se em<<strong>br</strong> />

ritmo ascendente ao acompanhar as mudanças e exigências no mundo do trabalho,<<strong>br</strong> />

buscando fortalecer seus conhecimentos e adequar-se ao movimento tecnológico.<<strong>br</strong> />

Valadares e Viana (2005) citam que esse processo ocorre principalmente através<<strong>br</strong> />

das especializações o que atende de uma maneira imediatista ao mercado de<<strong>br</strong> />

trabalho.<<strong>br</strong> />

No entanto, percebe-se um paradoxo no trabalho em saúde. Diante das<<strong>br</strong> />

tecnologias e grande incremento nas especializações facilitando diagnósticos e<<strong>br</strong> />

tratamentos, o mundo tem vivenciado o ressurgimento de doenças epidêmicas e<<strong>br</strong> />

outras já erradicadas além da alta incidência e prevalência de doenças crônicas<<strong>br</strong> />

como relata Almeida et al (2009) além do considerável aumento de doenças de fruto<<strong>br</strong> />

social como vítimas de violência, uso inadequado de medicamentos e outras drogas<<strong>br</strong> />

ilícitas principalmente entre adolescentes e adultos jovens. Isso demonstra que o<<strong>br</strong> />

processo saúde-doença se configura a partir de uma determinação social.<<strong>br</strong> />

Talvez essa situação possa ser explicada pelo fato de o trabalho de<<strong>br</strong> />

enfermagem ao ser submetido às normas do mercado de trabalho de eficiência e<<strong>br</strong> />

produtividade, envolve-se em um processo de alienação do produto de seu trabalho,<<strong>br</strong> />

o cuidar integral e, consequentemente, de si mesma enquanto profissão (GAVIRIA<<strong>br</strong> />

NOREÑA, 2009). O grande incentivo à especialização profissional pode ser um dos<<strong>br</strong> />

fatores do afastamento do enfermeiro da assistência integral.<<strong>br</strong> />

A nova determinação do processo saúde-doença na sociedade possui<<strong>br</strong> />

dimensões que apenas o serviço técnico dos profissionais da saúde não é capaz de<<strong>br</strong> />

solucionar e que as políticas públicas de saúde desenvolvidas pelo SUS, apesar das<<strong>br</strong> />

estratégias voltadas para a atenção básica como o Programa de Saúde da Família<<strong>br</strong> />

(PSF), a Integralidade da Atenção e a Humanização da Saúde percebem-se<<strong>br</strong> />

ineficientes na ausência de um profissional qualificado para atuar nessa realidade<<strong>br</strong> />

complexa (ALMEIDA et al, 2009).

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