RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
34<<strong>br</strong> />
A ausência de uma política de recursos humanos para a saúde segundo a<<strong>br</strong> />
lógica da política pública aliada a escassez de recursos, são os dois maiores<<strong>br</strong> />
obstáculos para o desenvolvimento do SUS (Brasil, 2004).<<strong>br</strong> />
A reestruturação desse modelo de atenção à saúde para resolver esses,<<strong>br</strong> />
dentre outros desafios emergentes, pressupõe uma formação profissional<<strong>br</strong> />
generalista, que transcenda ao modelo de assistência apenas curativo, que<<strong>br</strong> />
compreenda a saúde dentro do perfil epidemiológico, que saiba interagir com cada<<strong>br</strong> />
grupo de acordo com suas necessidades, que possa atuar na promoção, prevenção,<<strong>br</strong> />
tratamento e reabilitação em qualquer nível de atendimento (SILVA; RODRIGUES,<<strong>br</strong> />
2010).<<strong>br</strong> />
É nesse cenário que o trabalho do enfermeiro desenvolve-se e busca<<strong>br</strong> />
adequar-se ao novo contexto. Como profissional responsável pelo cuidado,<<strong>br</strong> />
diretamente partícipe das tentativas de superação da fragilidade apontada no<<strong>br</strong> />
modelo de atenção à saúde, Lunardi et al (2010) ressaltam a necessidade de<<strong>br</strong> />
repensar a forma como esse cuidado tem ocorrido e sua relação com a promoção,<<strong>br</strong> />
recuperação e prevenção da saúde.<<strong>br</strong> />
Em uma pesquisa bibliográfica 8 realizada por Barrios et al (2011, p.136) ao<<strong>br</strong> />
analisar as tendências históricas nas produções científicas da Enfermagem<<strong>br</strong> />
relacionadas ao SUS, no núcleo de análise da atuação do profissional enfermeiro, as<<strong>br</strong> />
pesquisas apontam uma configuração antagônica ao preconizado pelo modelo de<<strong>br</strong> />
saúde. “O trabalho do enfermeiro é individualizado, fragmentado, com caráter<<strong>br</strong> />
curativo, sem planejamento, com pouca adesão ao sistema de saúde, pouca<<strong>br</strong> />
participação política e social.” Os autores concluem que esse modelo reproduz o<<strong>br</strong> />
modelo hegemônico predominante e que pode ser decorrente da fragilidade no<<strong>br</strong> />
processo de formação profissional.<<strong>br</strong> />
Nesse sentido, Bais (2009) aponta que, a condição de fragilidade da<<strong>br</strong> />
formação profissional do enfermeiro está relacionada ao distanciamento entre os<<strong>br</strong> />
mundos acadêmicos e da prestação dos serviços de saúde evidenciando como a<<strong>br</strong> />
relação intrínseca entre a teoria e a prática é fundamental para a integração das<<strong>br</strong> />
ações em saúde e da qualidade da assistência do enfermeiro, pois significa o fruto<<strong>br</strong> />
de uma relação dialética com a realidade, de um posicionamento político diante de<<strong>br</strong> />
sua função e do contexto no qual esta inserido, não tratando-se apenas da<<strong>br</strong> />
8 BARRIOS,S.G et al. Rev Enferm. UFSM, v.1, n.1,Jan/A<strong>br</strong>; p.133-141, 2011.