RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
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trabalho que resultará em um produto a ser oferecido para o consumo e satisfazer<<strong>br</strong> />
aquele carecimento inicial (MEN<strong>DE</strong>S GONÇALVES, 1992; GOMES, 2006).<<strong>br</strong> />
Diferentemente de outros trabalhos, o serviço prestado em saúde não tem<<strong>br</strong> />
um produto final porque é caracterizado pela prestação de um serviço - a assistência<<strong>br</strong> />
à saúde. Não é um produto material comercializável, no entanto, ao estar inserido<<strong>br</strong> />
em um modelo sócio-econômico capitalista, sofre algumas influências em seu<<strong>br</strong> />
processo de produção, no que diz respeito a sua força de trabalho - o trabalhador<<strong>br</strong> />
em saúde (GOMES, 2006).<<strong>br</strong> />
Nesse sentido, Marx (1996) relata que a relação dos seres humanos, os<<strong>br</strong> />
meios de produção do trabalho utilizados e as condições da natureza a serem<<strong>br</strong> />
trabalhadas são as forças produtivas do trabalho. Portanto, o serviço em saúde<<strong>br</strong> />
tratando-se de um trabalho realizado coletivamente é influenciado pelas relações<<strong>br</strong> />
sociais oriundas desse sistema.<<strong>br</strong> />
A capacidade de superação das necessidades e criação de novos métodos<<strong>br</strong> />
marca o processo de trabalho humano, necessitando de constante adequação do<<strong>br</strong> />
trabalhador ao processo produtivo referente ao contexto social no qual está inserido.<<strong>br</strong> />
Mediante isso, a qualificação do trabalhador deve ocorrer tanto técnica - manual e<<strong>br</strong> />
intelectualmente -, quanto socialmente – por meio da cultura, ideologia e<<strong>br</strong> />
fundamentos morais (SILVA, 2005).<<strong>br</strong> />
Considerando-se o cenário social, político, econômico e tecnológico do<<strong>br</strong> />
mundo atual, Rodrigues e Lima (2004) ressaltam que o trabalho em saúde<<strong>br</strong> />
necessitou adequar-se às exigências do mercado buscando qualificar-se<<strong>br</strong> />
continuamente para atender às demandas de uma sociedade cada vez mais ciente e<<strong>br</strong> />
reivindicadora de seus direitos. A busca de novas estratégias gerenciais e da<<strong>br</strong> />
satisfação de novos interesses e prioridades exige, igualmente, práticas inovadoras<<strong>br</strong> />
e integradoras capazes de transformar ideias e desejos em realidade concreta.<<strong>br</strong> />
Assim, novos fazeres, novas práticas se materializam em "tecnologia de<<strong>br</strong> />
trabalho" usada para produzir saúde. Aqui, tecnologia é abordada como o conjunto<<strong>br</strong> />
de conhecimentos e ações aplicadas à produção de algo. Este conhecimento pode<<strong>br</strong> />
estar materializado em máquinas e instrumentos, em recursos teóricos e técnicas<<strong>br</strong> />
intituladas tecnologias duras e leve-duras, respectivamente. Por outro lado, este<<strong>br</strong> />
conhecimento pode estar disperso nas experiências e nos modos singulares de cada<<strong>br</strong> />
profissional de saúde bem como na produção de relações tão fundamentais para o