RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
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poder e saber e o aluno mero espectador. A transformação está no conceito de que<<strong>br</strong> />
o aluno é o principal responsável por sua formação e o docente apenas direciona<<strong>br</strong> />
esse processo. Essa mudança ainda está sendo absorvida pelos docentes que,<<strong>br</strong> />
conforme relatam nas entrevistas estão em constante processo de adaptação ao<<strong>br</strong> />
sistema e suas articulações.<<strong>br</strong> />
No entanto, para que essa mudança não seja apenas conceitual, os<<strong>br</strong> />
métodos de abordagem pedagógica utilizados pelos docentes precisam estar em<<strong>br</strong> />
consonância com a proposta filosófica, conceitual e metodológica do curso, para que<<strong>br</strong> />
a prática se desenvolva de forma coerente e concisa. É o que tem sido vivenciado<<strong>br</strong> />
no Departamento de Enfermagem quanto às divergências existentes em relação aos<<strong>br</strong> />
critérios metodológicos e avaliativos, decorrentes de níveis de qualificação e<<strong>br</strong> />
experiência docente diferenciados. A repercussão que esse fato promove no<<strong>br</strong> />
processo de aprendizagem foi apontada quando os alunos, durante a oficina,<<strong>br</strong> />
reconhecem essas divergências e relatam que “os professores não falam a mesma<<strong>br</strong> />
língua”, o que gera insegurança e desencontros.<<strong>br</strong> />
Outra divergência ocorre quando o grupo de professores não se estrutura<<strong>br</strong> />
para trabalhar em conjunto. As variadas concepções so<strong>br</strong>e ensino e aprendizagem<<strong>br</strong> />
penetram em um cenário onde não há adesão ao instrumento norteador das ações –<<strong>br</strong> />
o projeto pedagógico. Muitos docentes colocaram nas entrevistas, desconhecer os<<strong>br</strong> />
elementos norteadores de sua prática pedagógica para atender ao curso, pois a<<strong>br</strong> />
construção não se deu de forma coletiva, através de discussões e participação de<<strong>br</strong> />
todos. Dessa forma, não se sentem na o<strong>br</strong>igação de comprometer-se com as<<strong>br</strong> />
propostas descritas no PP.<<strong>br</strong> />
Dentre as propostas metodológica e política do PP é citado o<<strong>br</strong> />
desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar e de pesquisa. Essa é uma questão<<strong>br</strong> />
que envolve diretamente os docentes de outras áreas do conhecimento que<<strong>br</strong> />
ministram aulas no ciclo básico. Conforme narrado nas entrevistas, é muito difícil a<<strong>br</strong> />
adequação psicológica, intelectual e de conhecimento da realidade do outro. Não há<<strong>br</strong> />
uma interação, entre esses docentes com os demais docentes enfermeiros.<<strong>br</strong> />
Os docentes do ciclo básico não têm conhecimento do PP e não são<<strong>br</strong> />
envolvidos nas necessidades do curso, que se concentram no âmbito do<<strong>br</strong> />
Departamento de Enfermagem. A dinâmica social e estrutural da instituição é um<<strong>br</strong> />
obstáculo para a integração entre as disciplinas, o que gera dificuldades de