RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
134<br />[...] dificuldade na prática<br />pedagógica é que nós estamos em<br />muitos professores na mesma<br />disciplina e, às vezes, nós não<br />conseguimos ter consenso no<br />critério que aplicamos nas aulas,<br />cada um faz por si, porque nossas<br />discussões pedagógicas são muito<br />pobres. P13<br />Entrevista<br />PP 2009 – nova disciplina<br />com o conteúdo da liderança;<br />aulas ciclo básico<br />Trabalho interdisciplinar/<br />ensino fragmentado<br />PP<br />METODOLOGIA DE<br />ENSINO<br />(divergências)<br />Oficina<br />discente<br />Ensino deficiente da<br />competência da liderança<br />“Os professores não falam<br />a mesma língua”<br />FIGURA 8 – ESQUEMA REPRESENTATIVO DAS DIVERGÊNCIAS NOS MÉTODOS DE ENSINO<br />FONTE: O autor, 2011.<br />Encontra-se em vigor conforme a nova grade curricular de cinco anos, uma<br />disciplina sobre a História da Enfermagem que é ofertada no 1º ano do curso, com o<br />objetivo aproximar o aluno da profissão e outra, a disciplina Saúde, Sociedade e o<br />Trabalho de Enfermagem, ofertada no 2º ano, que valoriza alguns aspectos do<br />processo de trabalho em enfermagem como liderança, tomada de decisão, trabalho<br />em equipe, visão e assistência integral ao ser humano e o SUS. Nesse sentido,<br />percebe-se a tentativa de romper com a estrutura biologicista e introduzir uma nova<br />dinâmica de ensino, tornando o aprendizado gradual e interligado com outras<br />disciplinas, valorizando o conhecimento e as práticas voltadas para a formação<br />política e complexa da atenção básica, eixo central do curso.<br />Outra mudança foi a participação de docentes enfermeiros ministrando aulas<br />nas disciplinas da grade básica, como anatomia e fisiologia. Essa foi uma sugestão<br />dos alunos na oficina discente como uma forma de aproximação dos profissionais<br />para o desenvolvimento de um olhar mais humanista que será contemplado nas<br />outras disciplinas ao longo do curso.<br />O docente também percebe que necessita de qualificação para atender a<br />essa nova realidade de ensino onde se preconiza uma parceria com os alunos na<br />construção do aprendizado, e em que o professor não é mais o único detentor do
135<br />poder e saber e o aluno mero espectador. A transformação está no conceito de que<br />o aluno é o principal responsável por sua formação e o docente apenas direciona<br />esse processo. Essa mudança ainda está sendo absorvida pelos docentes que,<br />conforme relatam nas entrevistas estão em constante processo de adaptação ao<br />sistema e suas articulações.<br />No entanto, para que essa mudança não seja apenas conceitual, os<br />métodos de abordagem pedagógica utilizados pelos docentes precisam estar em<br />consonância com a proposta filosófica, conceitual e metodológica do curso, para que<br />a prática se desenvolva de forma coerente e concisa. É o que tem sido vivenciado<br />no Departamento de Enfermagem quanto às divergências existentes em relação aos<br />critérios metodológicos e avaliativos, decorrentes de níveis de qualificação e<br />experiência docente diferenciados. A repercussão que esse fato promove no<br />processo de aprendizagem foi apontada quando os alunos, durante a oficina,<br />reconhecem essas divergências e relatam que “os professores não falam a mesma<br />língua”, o que gera insegurança e desencontros.<br />Outra divergência ocorre quando o grupo de professores não se estrutura<br />para trabalhar em conjunto. As variadas concepções sobre ensino e aprendizagem<br />penetram em um cenário onde não há adesão ao instrumento norteador das ações –<br />o projeto pedagógico. Muitos docentes colocaram nas entrevistas, desconhecer os<br />elementos norteadores de sua prática pedagógica para atender ao curso, pois a<br />construção não se deu de forma coletiva, através de discussões e participação de<br />todos. Dessa forma, não se sentem na obrigação de comprometer-se com as<br />propostas descritas no PP.<br />Dentre as propostas metodológica e política do PP é citado o<br />desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar e de pesquisa. Essa é uma questão<br />que envolve diretamente os docentes de outras áreas do conhecimento que<br />ministram aulas no ciclo básico. Conforme narrado nas entrevistas, é muito difícil a<br />adequação psicológica, intelectual e de conhecimento da realidade do outro. Não há<br />uma interação, entre esses docentes com os demais docentes enfermeiros.<br />Os docentes do ciclo básico não têm conhecimento do PP e não são<br />envolvidos nas necessidades do curso, que se concentram no âmbito do<br />Departamento de Enfermagem. A dinâmica social e estrutural da instituição é um<br />obstáculo para a integração entre as disciplinas, o que gera dificuldades de
- Page 86 and 87: 84<br />Unicentro, composta por 27
- Page 88 and 89: 86<br />um instrumento necessário
- Page 90 and 91: 88<br />Nesse cenário de propostas
- Page 92 and 93: 90<br />lecionam desde o início do
- Page 94 and 95: 92<br />CATEGORIA SUBCATEGORIA ASPE
- Page 96 and 97: 94<br />influenciou negativamente n
- Page 98 and 99: 96<br />A aula em si funciona o que
- Page 100 and 101: 98<br />Já li e acho assim, tem av
- Page 102 and 103: 100<br />discussão ... e realmente
- Page 104 and 105: 102<br />envolver um trabalho inter
- Page 106 and 107: 104<br />6.2.1.3 Influência discen
- Page 108 and 109: 106<br />determinante no desempenho
- Page 110 and 111: 108<br />progresso intelectual e pe
- Page 112 and 113: 110<br />avaliativos devem represen
- Page 114 and 115: 112<br />compromisso ético e moral
- Page 116 and 117: 114<br />Há 10 anos atrás, nós r
- Page 118 and 119: 116<br />conteúdo fechado em si e
- Page 120 and 121: 118<br />libertação da concepçã
- Page 122 and 123: 120<br />[...] a gente criou um rot
- Page 124 and 125: 122<br />evolução promovida pelas
- Page 126 and 127: 124<br />Trabalhar na educação re
- Page 128 and 129: 126<br />[...] o ideal era que eu p
- Page 130 and 131: 128<br />de inserção como, o proc
- Page 132 and 133: 130<br />7.1 Projetos Pedagógicos
- Page 134 and 135: 132<br />modo, infere-se que as DCN
- Page 138 and 139: 136<br />articulação de conhecime
- Page 140 and 141: 138<br />do jeito que acha melhor e
- Page 142 and 143: 140<br />adequação do curso às D
- Page 144 and 145: 142<br />estudo, de modo a articula
- Page 146 and 147: 144<br />BORDENAVE, D.J; PEREIRA, A
- Page 148 and 149: 146<br />DUARTE, T. A possibilidade
- Page 150 and 151: 148<br />KUENZER, A. Z. As polític
- Page 152 and 153: 150<br />Disponível em: . Acesso e
- Page 154 and 155: 152<br />RIZZOTTO, M. L. F. Histór
- Page 156 and 157: 154<br />http://Www.Scielo.Br/Sciel
- Page 158 and 159: 156<br />APÊNDICE 1 - CARTA DE APR
- Page 160 and 161: 158<br />APÊNDICE 3 - TERMO DE CON
- Page 162 and 163: 160<br />APÊNDICE 4 - ENTREVISTA P
- Page 164 and 165: 162<br />o mesmo assunto, terem o m
- Page 166: ANEXO 1 - APROVAÇÃO COMITÊ DE É
134<<strong>br</strong> />
[...] dificuldade na prática<<strong>br</strong> />
pedagógica é que nós estamos em<<strong>br</strong> />
muitos professores na mesma<<strong>br</strong> />
disciplina e, às vezes, nós não<<strong>br</strong> />
conseguimos ter consenso no<<strong>br</strong> />
critério que aplicamos nas aulas,<<strong>br</strong> />
cada um faz por si, porque nossas<<strong>br</strong> />
discussões pedagógicas são muito<<strong>br</strong> />
po<strong>br</strong>es. P13<<strong>br</strong> />
Entrevista<<strong>br</strong> />
PP 2009 – nova disciplina<<strong>br</strong> />
com o conteúdo da liderança;<<strong>br</strong> />
aulas ciclo básico<<strong>br</strong> />
Trabalho interdisciplinar/<<strong>br</strong> />
ensino fragmentado<<strong>br</strong> />
PP<<strong>br</strong> />
METODOLOGIA <strong>DE</strong><<strong>br</strong> />
ENSINO<<strong>br</strong> />
(divergências)<<strong>br</strong> />
Oficina<<strong>br</strong> />
discente<<strong>br</strong> />
Ensino deficiente da<<strong>br</strong> />
competência da liderança<<strong>br</strong> />
“Os professores não falam<<strong>br</strong> />
a mesma língua”<<strong>br</strong> />
FIGURA 8 – ESQUEMA REPRESENTATIVO DAS DIVERGÊNCIAS NOS MÉTODOS <strong>DE</strong> ENSINO<<strong>br</strong> />
FONTE: O autor, 2011.<<strong>br</strong> />
Encontra-se em vigor conforme a nova grade curricular de cinco anos, uma<<strong>br</strong> />
disciplina so<strong>br</strong>e a História da Enfermagem que é ofertada no 1º ano do curso, com o<<strong>br</strong> />
objetivo aproximar o aluno da profissão e outra, a disciplina Saúde, Sociedade e o<<strong>br</strong> />
Trabalho de Enfermagem, ofertada no 2º ano, que valoriza alguns aspectos do<<strong>br</strong> />
processo de trabalho em enfermagem como liderança, tomada de decisão, trabalho<<strong>br</strong> />
em equipe, visão e assistência integral ao ser humano e o SUS. Nesse sentido,<<strong>br</strong> />
percebe-se a tentativa de romper com a estrutura biologicista e introduzir uma nova<<strong>br</strong> />
dinâmica de ensino, tornando o aprendizado gradual e interligado com outras<<strong>br</strong> />
disciplinas, valorizando o conhecimento e as práticas voltadas para a formação<<strong>br</strong> />
política e complexa da atenção básica, eixo central do curso.<<strong>br</strong> />
Outra mudança foi a participação de docentes enfermeiros ministrando aulas<<strong>br</strong> />
nas disciplinas da grade básica, como anatomia e fisiologia. Essa foi uma sugestão<<strong>br</strong> />
dos alunos na oficina discente como uma forma de aproximação dos profissionais<<strong>br</strong> />
para o desenvolvimento de um olhar mais humanista que será contemplado nas<<strong>br</strong> />
outras disciplinas ao longo do curso.<<strong>br</strong> />
O docente também percebe que necessita de qualificação para atender a<<strong>br</strong> />
essa nova realidade de ensino onde se preconiza uma parceria com os alunos na<<strong>br</strong> />
construção do aprendizado, e em que o professor não é mais o único detentor do