RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
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124<<strong>br</strong> />
Trabalhar na educação requer que se repense tanto os conteúdos quanto a<<strong>br</strong> />
metodologia com que estes são transmitidos, pois os modelos apresentados serão<<strong>br</strong> />
perpetuados direcionando, indiretamente, os futuros professores (IMBERNÓN,<<strong>br</strong> />
2007).<<strong>br</strong> />
Para complementar essa discussão, Demo (2010) considera que o descaso<<strong>br</strong> />
com a preparação profissional do docente, que prolifera a partir da observação de<<strong>br</strong> />
colegas comprometendo a qualidade do processo ensino - aprendizado que ocorre<<strong>br</strong> />
através da reprodução ineficaz de conhecimentos. Esse movimento político contrário<<strong>br</strong> />
às necessidades do profissional e em prol do mercado de trabalho favorece o<<strong>br</strong> />
desenvolvimento do panorama atual de deficiência na qualidade do ensino, pois os<<strong>br</strong> />
profissionais entendem a docência como uma alternativa de trabalho e não pela<<strong>br</strong> />
identidade pessoal.<<strong>br</strong> />
Nos discursos dos sujeitos está explicitada a busca de suporte em modelos<<strong>br</strong> />
de sua própria formação, fato que conduz à reprodução do ensino. Resta ainda,<<strong>br</strong> />
avançar ao encontro de sustentação teórica e metodológica para uma prática<<strong>br</strong> />
docente inovadora.<<strong>br</strong> />
A seguir, os sujeitos apontam o porquê da escolha em atuar na da docência:<<strong>br</strong> />
Na verdade eu estou conseguindo colocar em prática isso, mas essa<<strong>br</strong> />
vontade de inovar não foi só agora, ela surgiu na graduação porque na<<strong>br</strong> />
graduação eu decidi ser docente, tanto é que eu continuei seguindo um<<strong>br</strong> />
caminho totalmente direcionado para essa área. Ef1<<strong>br</strong> />
F<<strong>br</strong> />
azer o que eu gosto é uma facilidade. Eu sou docente não porque eu não<<strong>br</strong> />
tive outra opção, eu sou docente porque queria ser docente. Na minha<<strong>br</strong> />
formação eu sempre tive esse objetivo [...] Ef2<<strong>br</strong> />
Ao refletir so<strong>br</strong>e ser professor, a concepção historicamente configurada<<strong>br</strong> />
mediante a representação social, retrata a imagem de um ser vocacinado e com<<strong>br</strong> />
uma missão a cumprir. No entanto, esta concepção tem passado por um processo<<strong>br</strong> />
de mudanças absorvendo o sentido de uma prática organizada em torno de saberes<<strong>br</strong> />
científicos (FRANCO, 2008).<<strong>br</strong> />
De acordo com Garanhani e Valle (2010) é na busca do sentido de aprender<<strong>br</strong> />
e ensinar que nos tornamos verdadeiros educadores, quando esta postura nos<<strong>br</strong> />
remete ao sentido da nossa própria existência.<<strong>br</strong> />
Isso demonstra que ser docente não se trata unicamente de vocação ou<<strong>br</strong> />
dom para ensinar. Ser docente, para a maioria do grupo de professores