RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
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123<<strong>br</strong> />
(2009, p.97) quando relatam que a desvalorização e secundarização da licenciatura<<strong>br</strong> />
no Brasil é um fato inerente a história da educação profissionalizante, mostrando<<strong>br</strong> />
que toda atenção sempre esteve direcionada para a educação geral. Os autores<<strong>br</strong> />
afirmam que os sinais de mudança surgiram a partir da primeira LDB com a Lei<<strong>br</strong> />
Federal nº 4.024/61, que preconizou que “todos os professores deveriam ter<<strong>br</strong> />
formação pedagógica”, mas que se poderia, até completar o número necessário de<<strong>br</strong> />
professores habilitados a lecionar, ser exigido um teste de suficiência e<<strong>br</strong> />
aproveitamento dos profissionais na docência.<<strong>br</strong> />
Essa lacuna na lei contribuiu para o negligenciamento na organização dos<<strong>br</strong> />
cursos de licenciatura que criaram diversos caminhos optativos na tentativa de<<strong>br</strong> />
introduzir conceitos so<strong>br</strong>e processo de ensino ao futuro profissional, como a<<strong>br</strong> />
inserção de disciplinas de cunho didático e de metodologia da pesquisa nos cursos<<strong>br</strong> />
de graduação, assim como, a oferta do curso de licenciatura desvinculado do<<strong>br</strong> />
bacharelado, de cunho não o<strong>br</strong>igatório (RODRIGUES; CONTERNO, 2009).<<strong>br</strong> />
Na universidade deste estudo é ofertado somente o Bacharelado em<<strong>br</strong> />
Enfermagem. Assim, a formação do profissional em Enfermagem está direcionada<<strong>br</strong> />
para a atuação nas áreas da saúde hospitalar ou em saúde coletiva,<<strong>br</strong> />
desconsiderando a capacitação desse profissional para a docência, conforme<<strong>br</strong> />
recorda Ferreira Júnior (2008).<<strong>br</strong> />
Os sujeitos deste estudo referem que a formação para lecionar é necessária,<<strong>br</strong> />
porém não é contemplada durante a graduação. De acordo com esse modelo<<strong>br</strong> />
educacional, o egresso não é preparado para atuar no ensino, embora a educação<<strong>br</strong> />
seja uma das funções do enfermeiro, no âmbito da atenção à saúde ou da formação<<strong>br</strong> />
de profissionais da saúde.<<strong>br</strong> />
Contraditoriamente, o profissional é impulsionado pelo crescente demanda<<strong>br</strong> />
dos cursos profissionalizantes em Enfermagem a atuar na docência e, para tal,<<strong>br</strong> />
necessita buscar suporte em modelos de sua própria formação ou em cursos de<<strong>br</strong> />
especialização, conforme os relatos a seguir:<<strong>br</strong> />
Mudou a minha postura em sala de aula, pois antes eu utilizava muito da<<strong>br</strong> />
minha graduação. C3<<strong>br</strong> />
“Sou egressa do curso então, nos primeiros anos eu copiava o modelo das<<strong>br</strong> />
minhas professoras. Era o modelo da prova, do estudo de caso, da<<strong>br</strong> />
avaliação não formativa...“ C2