RENATA OPPITZ DE LIMA E CIRNE ORTIZ ... - Ppgenf.ufpr.br
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118<br />libertação da concepção tradicionalista de ensino, conferindo maior liberdade para<br />atuar (GARANHANI; VALLE, 2010).<br />Importante destacar que os docentes mostram-se conscientes da evolução<br />em suas práticas e da importância de buscar um aprendizado contínuo, ainda que<br />esse ocorra individualmente. Contudo, expressam uma expectativa de um trabalho<br />em conjunto com os demais professores, no sentido de aprimorar as práticas<br />metodológicas, através da interação de conceitos e experiências.<br />6.2.3.3 Mudanças na Avaliação<br />No tocante às mudanças no processo de avaliação do discente, os docentes<br />relatam algumas divergências:<br />Nossa avaliação ainda é tradicional, mas a gente também vem evoluindo a<br />ponto de fazer uma reunião dos colegas para discutir sobre cada aluno. Ef9<br />Todo ano a gente acaba modificando [...] Mudou o que observar no aluno,<br />mas eu ainda não tenho um consenso e direcionamento do que observar.<br />Ef4<br />Com relação à questão de avaliação, eu acho que isso mudou muito pouco.<br />Eu acho que as práticas, o que a gente tem usado e as referências de<br />avaliação elas continuam, o que também é uma coisa meio institucional,<br />né? [...] sempre teve avaliação escrita formal. Ef3<br />[...] eu sou ainda muito focada nas avaliações pontuais como prova e<br />trabalho, porque ela ainda é uma forma que a gente prova para o aluno, de<br />algo escrito, posso dizer eu te perguntei x e você me respondeu Y. Que às<br />vezes de outras formas a gente não consegue buscar. Ef2<br />Uma das discussões que eu sempre tive aqui é de não fechar a nota<br />individualmente, sempre no conselho por que, como é que o aluno pode ter<br />ido bem com um professor e com outro não? E isso é que é difícil, pois uma<br />disciplina com 5 ou 6 professores tendo que fechar uma idéia sobre um<br />aluno. Ainda não é o ideal, mas acho que já é um caminho. Ef2<br />Estudar a avaliação é entrar na análise de toda pedagogia que se pratica,<br />sendo recomendável que o grupo de equipe pedagógica - grupo de professores de<br />cada disciplina - discuta o processo de avaliação de modo a estabelecer um<br />consenso entre todas as concepções e condicionantes da avaliação a ser realizada<br />(SACRISTÁN; GÓMEZ, 1998).
119<br />Para Garanhani e Valle (2010) a avaliação é um processo de<br />acompanhamento e de formação profissional que exige coerência com a<br />metodologia executada em sala de aula. Essa afirmativa esclarece algumas<br />dificuldades apontadas pelos docentes diante de tantas mudanças estruturais e<br />conceituais vivenciadas no currículo do curso, principalmente relacionadas a opções<br />metodológicas individualizadas.<br />Contudo, cada docente abre perspectivas para os outros criarem seu próprio<br />modo de ser no mundo e, que o sentido do ser ocorre de acordo com a interpretação<br />de mundo que cada pessoa faz. Isso significa que as divergências são inerentes ao<br />trabalho em grupo em igual proporção às contribuições oriundas das diferentes<br />interpretações da realidade (GARANHANI; VALLE, 2010).<br />A avaliação demonstrou ser uma prática geradora de insegurança e conflito<br />para os docentes participantes da pesquisa. O docente aproxima-se da<br />complexidade de avaliar o aluno com os resquícios de uma interpretação positivista<br />arraigada em sua concepção de ser no mundo. E ao se identificar como um ser<br />inserido em uma realidade de mudança defronta-se com a necessidade de inovar e<br />recriar.<br />Outro fator que pode ser considerado condicionante de suas dificuldades é a<br />falta de discussões pedagógicas sobre os temas divergentes. Destaca-se que o<br />docente possui autonomia para avaliar segundo seus próprios critérios e não há<br />exigências para que siga os critérios do grupo de trabalho, que o curso preconiza<br />para atender àqueles objetivos estipulados pelas DCNENF.<br />Diante de diferentes possibilidades, critérios e opções pedagógicas<br />vivenciados pelos docentes, a necessidade da elaboração e utilização de um<br />instrumento como norteador da prática avaliativa do ensino-aprendizado mostrou-se<br />controversa em seu significado conforme esclarece os relatos:<br />[...] dizem que tem que ter um instrumento... eu tenho esse instrumento,<br />mas eu avalio com perspectivas subjetivas esse instrumento. Ef13<br />Eu mudei muito a minha visão da avaliação como sendo um instrumento<br />para avaliar o aluno em si, então eu hoje uso a avaliação como sendo um<br />instrumento de aprendizagem. Eu aplico a avaliação, tento ter uma resposta<br />daquilo, se eu vejo que os alunos não conseguiram compreender ou não<br />conseguiram atingir aquela meta que eu estipulei para aquele conteúdo, eu<br />tento refazê-lo novamente de outra forma, até utilizando outras<br />referências.C5
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Para Garanhani e Valle (2010) a avaliação é um processo de<<strong>br</strong> />
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dificuldades apontadas pelos docentes diante de tantas mudanças estruturais e<<strong>br</strong> />
conceituais vivenciadas no currículo do curso, principalmente relacionadas a opções<<strong>br</strong> />
metodológicas individualizadas.<<strong>br</strong> />
Contudo, cada docente a<strong>br</strong>e perspectivas para os outros criarem seu próprio<<strong>br</strong> />
modo de ser no mundo e, que o sentido do ser ocorre de acordo com a interpretação<<strong>br</strong> />
de mundo que cada pessoa faz. Isso significa que as divergências são inerentes ao<<strong>br</strong> />
trabalho em grupo em igual proporção às contribuições oriundas das diferentes<<strong>br</strong> />
interpretações da realidade (GARANHANI; VALLE, 2010).<<strong>br</strong> />
A avaliação demonstrou ser uma prática geradora de insegurança e conflito<<strong>br</strong> />
para os docentes participantes da pesquisa. O docente aproxima-se da<<strong>br</strong> />
complexidade de avaliar o aluno com os resquícios de uma interpretação positivista<<strong>br</strong> />
arraigada em sua concepção de ser no mundo. E ao se identificar como um ser<<strong>br</strong> />
inserido em uma realidade de mudança defronta-se com a necessidade de inovar e<<strong>br</strong> />
recriar.<<strong>br</strong> />
Outro fator que pode ser considerado condicionante de suas dificuldades é a<<strong>br</strong> />
falta de discussões pedagógicas so<strong>br</strong>e os temas divergentes. Destaca-se que o<<strong>br</strong> />
docente possui autonomia para avaliar segundo seus próprios critérios e não há<<strong>br</strong> />
exigências para que siga os critérios do grupo de trabalho, que o curso preconiza<<strong>br</strong> />
para atender àqueles objetivos estipulados pelas DCNENF.<<strong>br</strong> />
Diante de diferentes possibilidades, critérios e opções pedagógicas<<strong>br</strong> />
vivenciados pelos docentes, a necessidade da elaboração e utilização de um<<strong>br</strong> />
instrumento como norteador da prática avaliativa do ensino-aprendizado mostrou-se<<strong>br</strong> />
controversa em seu significado conforme esclarece os relatos:<<strong>br</strong> />
[...] dizem que tem que ter um instrumento... eu tenho esse instrumento,<<strong>br</strong> />
mas eu avalio com perspectivas subjetivas esse instrumento. Ef13<<strong>br</strong> />
Eu mudei muito a minha visão da avaliação como sendo um instrumento<<strong>br</strong> />
para avaliar o aluno em si, então eu hoje uso a avaliação como sendo um<<strong>br</strong> />
instrumento de aprendizagem. Eu aplico a avaliação, tento ter uma resposta<<strong>br</strong> />
daquilo, se eu vejo que os alunos não conseguiram compreender ou não<<strong>br</strong> />
conseguiram atingir aquela meta que eu estipulei para aquele conteúdo, eu<<strong>br</strong> />
tento refazê-lo novamente de outra forma, até utilizando outras<<strong>br</strong> />
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