Revista Leitura de Bordo Maio de 2014

Ano 5 – nº 23 – Maio de 2014 – R$ 6,50
Um jeito europeu
de ser brasileiro

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Outro olhar
O Tejo, porta do mundo
Ft.: Wosseb C&M
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Índice
Outro olhar 03
O Tejo, porta do mundo
Cervejas 05
Opção pela qualidade
Treze Tílias (SC) 10
Um jeito europeu de ser brasileiro
Por que não um bom vinho 12
para a hora do futebol?
Must-have 14
Para aproveitar o clima da Copa
A vantagem 16
de ser do contra
Passatempo 17
Humor e Sudoku, que ninguém é de ferro
Próxima edição 18
Bouza, a bodega-boutique do Tannat
O Brasil e os brasileiros vivem
um ano pra lá de especial - a começar
pelo fato de sediarmos o
Mundial da Fifa e, logo depois,
uma eleição que se anuncia, a
despeito do tempo que ainda
falta, como pesada.
No caso do Mundial, muitas
das críticas são justificadas - principalmente
no caso de obras
com preços estratosféricos e o
atraso na entrega de outras usadas
como justificativa para sediarmos
a festa da Fifa.
O que precisamos ter em
mente é de que os governos
passam, mas a imagem que os
milhares de turistas de todas as
partes do mundo levarão será
um legado que poderá render
dividendos ao longo dos próximos
anos.
Que esta seja uma Copa de
alegria e de muita paz.
Alfredo Besssow
Editor
Treze Tílias (SC): uma cidade encantadora. Foto de Marcos Spies
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Cervejas
Opção pela qualidade
Capa
Para os mais críticos, o brasileiro não gosta de cerveja - gosta de pilsen, que é uma
das mais de 120 variedades existentes. Outra constatação: na produção
nacional, as chamadas “cervejas comerciais” têm adição de
até 45% de milho transgênico em lugar da cevada.
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Capa
Depois de, por muitos anos, consumir
qualquer coisa - pela falta de
opções e até mesmo de informação
- o brasileiro começou a se
dar conta de que existe um mundo do
consumo onde produtos de qualidade
são, muitas vezes, produzidos e comercializados
lá fora por empresas que também
atuam no Brasil e aqui não oferecem
tais alternativas.
O primeiro brado – quer queiram ou
não! – foi quando Collor disse que no Brasil
havia carroças, não automóveis. Foi uma
correria e um sem-fim de justificativas.
Esse quadro continua sendo ampliado
para áreas como informática, roupas, calçados,
perfumes, embutidos, carnes, vinho e...
cervejas. Ao contrário das nacionais, anunciadas
como de qualidade, que levam em sua
composição até milho, o brasileiro começou
a aderir a cervejas alemãs, belgas, espanholas,
tchecas, americanas e uma produção nacional
independente que tem como premissa
básica a qualidade dos insumos utilizados.
Tradição
Os nomes vão adquirindo sonoridade
local, tendo em vista que muitas cervejas
são de origem alemã onde, em 23 de abril
de 1516, o fermentado foi regulamentado
pelo decreto “Reinheitsgebot” (Lei da Pureza
da Cerveja), promulgado pelo Duque Guilherme
IV da Baviera.
Mesmo não tendo sido criada ou inventada
pelos alemães, foram eles que deram
um padrão de qualidade homogêneo ao
fermentado que, segundo registros, já
era conhecido pelos antigos sumérios,
egípcios, mesopotâmios e ibéricos, remontando,
pelo menos, a 6000 a.C.
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Hamurabi
A mais antiga lei que regulamenta a produção e a venda de cerveja
é a Estela de Hamurabi, que data de 1760 a.C. Nela, se condena à
morte quem não respeita os critérios de produção de cerveja indicados.
Incluía várias leis de comercialização, fabricação e consumo da cerveja,
relacionando direitos e deveres dos clientes das tabernas. O Código de
Hamurabi também estabelecia uma ração diária de cerveja para o povo
da Babilônia: dois litros para os trabalhadores, três para os funcionários
públicos e cinco para os administradores e o sumo sacerdote. O código
também impunha punições severas para os taberneiros que tentassem
enganar os seus clientes.
Provocações
Os adeptos da bebida costumam provocar dizendo que o brasileiro
não gosta de cerveja, mas sim de pilsen – que é a mais famosa e
consumida entre os inúmeros tipos de cervejas existentes – são mais
de 120 variedades delas. Com gosto leve e normalmente servida
bem gelada, a variedade conquistou o paladar nacional pela refrescância.
Mesmo que “Reinheitsgebot” não vigore mais como norma,
ela continua sendo seguida à risca pelos principais cervejeiros do
mundo. Pela legislação, “das Bier”, ‘a cerveja’ em alemão, só podia
ser produzida a partir de três ingredientes: água, malte e lúpulo.

Capa
Desafio
Além de ocuparem destaque em gôndolas
de supermercados, as cervejas importadas
– e também algumas nacionais
produzidas por pequenas cervejarias que
têm como premissa básica produtos de
qualidade – hoje podem ser encontradas
em lojas de shoppings, bares que servem
apenas esse tipo de bebida, casas especializadas
e mesmo em restaurantes que descobriram
o filão e resolveram criar “Cartas
de Cervejas”.
Boas, mas com preços salgados, as cervejas
importadas e as nacionais produzidas
de modo artesanal começam a ocupar um
nicho do mercado.
O Brasil é o 3º maior produtor de cerveja
do mundo com 13 bilhões de litros – desbancando
a Alemanha e estando atrás da
China (35 bilhões de litros) e EUA (25 bilhões
de litros). Em termos de consumo, apesar de
tudo que o próprio brasileiro pensa de sua
performance, o País está em 24º no ranking
per capita, com 65 litros - enquanto os alemães
ficam no topo com 107 litros per capita,
seguidos de perto pelos austríacos, com
106 litros per capita.
Espaço para crescer
O grande diferencial está na qualificação
do consumo. As chamadas cervejas especiais
— as artesanais e de pequenas cervejarias
nacionais e as importadas — ocupam
hoje 5% do mercado, mas esse percentual
deverá dobrar nos próximos anos.
Na Argentina, as chamadas “especiais”
representam 12% do mercado, na Venezuela
são 15%. A despeito da proximidade geográfica
e semelhanças em alguns sentidos,
desenvolveram hábitos completamente diferentes
em relação à cerveja.
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cidade, da nossa gente, do nosso futebol, e é claro, da nossa torcida.
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Roteiro testado
Praça Ministro Andreas Thaler: localizada no centro da cidade
Treze Tílias - SC
Um jeito europeu de ser brasileiro
Localizado no Meio Oeste de Santa Catarina, o município abriga a maior colônia
austríaca no Brasil. Fundada em 1933, pelo ministro da Agricultura da
Áustria, Andreas Thaler, e por imigrantes vindos da Europa em dificuldades, a
cidade é famosa pela qualidade dos seus escultores.
Localizada numa região com paisagem tipicamente
europeia – com muitas montanhas e
vales – a cidade de Treze Tílias fascina pela tranquilidade.
Ao todo, a comunidade compreende
cerca de oito mil moradores, sendo que quase
80% moram na cidade. Outra característica marcante
está na ligação com a arte – tanto a música
quanto a escultura em madeira.
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Roteiro testado
Não há um estilo arquitetônico definido,
mas, claro, existe a prevalência do alpino – ainda
que não neve no local.
Culinária alemã e cerveja artesanal
Para alguém mais desavisado logo advém
a dúvida: haverá alguém em Treze Tílias que não
seja artista? A pergunta se justifica pela quantidade
de grupos musicais, grupos de danças
folclóricas – fazendo com que no dia a dia seja
perceptível esse estado de espírito.
Mesmo com dificuldade de acesso – o
aeroporto mais próximo é o de Chapecó,
a quase 200km – é uma viagem que vale a
pena. A rede hoteleira é de boa qualidade e a
culinária alemã é predominante, com ênfase
no chucrute, apfelstrudel, gulash e outros.
É preciso destacar uma cerveja produzida
na cidade e que pode ser encontrada em
espaços que comercializam as chamadas
cervejas especiais. A Bierbaum começou a
funcionar em 2004 e a cervejaria utiliza o
conceito europeu na produção de cervejas
artesanais e diferenciadas. As formulações
dos produtos da Bierbaum são únicas e exclusivas,
elaboradas com a mais pura água,
produzidas exclusivamente com malte de
cevada, e os lúpulos e levedura (fermento)
são todos oriundos da Áustria e Alemanha.
Capital da escultura
Se a cultura do Tirol é mantida viva no
linguajar, inclusive os dialetos, e nas manifestações
artísticas, hoje a cidade é conhecida
como a Capital Catarinense da Escultura
em Madeira. São portas entalhadas, quadros
e figuras – com nomes que fazem parte da
tradição que vem sendo transmitida dentro
das famílias ao longo das gerações.
Outro aspecto importante é que os artesãos
buscam qualificação, através de cursos
em outros países. Existem dezenas de ateliers
espalhados por toda cidade de artistas famosos
internacionalmente. Ali é possível conversar
com os próprios criadores de obras de
arte que fascinam e encantam.
A alma de um povo
Tirolerfest – Festa tirolesa em comemoração
ao aniversário da imigração austríaca.
Acontece no mês de outubro, com apresentações
folclóricas, bailes de chopp, shows
de bandas, gastronomia típica, exposição
de escultura e desfile histórico.
Como surgiu o nome
A colônia recebeu o nome de Dreizehnlinden
(Treze Tílias), em homenagem ao poeta
Wilhelm Weber, que enaltecia a árvore em suas
obras – a tília é uma árvore de grande beleza,
muito comum na Áustria e que se adaptou muito
bem no município.
Tragédia
Mais do que um sonho, o que motivou
Andreas Thaler a buscar melhores dias para seu
povo foi a percepção de que, na Áustria, as condições
de sobrevivência seriam cada vez mais
difíceis. Mas ele não viu a comunidade se desenvolver,
porque morreu em uma grande cheia
que atingiu Treze Tílias em 1939. Mas seus filhos
e netos prosperaram e ainda podem ser encontrados
na cidade.
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Enogastronomia
Por que não um bom vinho
para a hora do futebol?
Por Olinaldo Oliveira - Sommelier
O momento de Copa do Mundo é, sem dúvida,
de expectativa e espera de um bom resultado,
ou melhor, um excelente resultado para a
nossa equipe. Enquanto isso, recebemos milhares
de turistas estrangeiros vindos de todos os
continentes. O momento é também de interação
com muitas outras culturas.
Muitos desses visitantes representam povos
nos quais a cultura do vinho já está enraizada
em suass vidas e na de seus países. Enquanto
isso, no Brasil estamos aprendendo a apreciar a
bebida. E digo mais: estamos aprendendo corretamente
a temperatura ideal para servir um
vinho tinto ou branco, como armazenar apropriadamente.
Exigimos do restaurante que frequentamos
que guarde o vinho em adegas climatizadas,
solicitamos a taça correta para cada
tipo de vinho, buscamos sempre uma boa indicação
do sommelier local e por aí vai.
Vale lembrar que o vinho, além de nos proporcionar
uma interação social agradável, também
alivia as tensões. Em seus aromas, vamos
buscar bem fundo em nossa memória olfativa,
o que lembra tal essência. No sabor buscamos
nos deliciar em suas aveludes e no equilíbrio entre
tanino e acidez passamos a descobrir outros
mistérios de sua formulação.
Conversar com os amigos - novos ou não -
sempre pode ser um momento de descobrir outras
afinidades. Que tal receber os amigos com
um bom vinho branco? Uma sugestão é o português
da região do Dão, by Rui Reguinga de uva
Encruzado, com produção limitada a duas mil
garrafas por safra das quais chegam ao Brasil 600
garrafas! Que tal na hora do jogo e diante de tanta
expectativa, oferecer aos amigos um chileno
bem estruturado como o Marquês de Casa Concha
Cabernet Sauvignon safra 2011 com premiação
de 93 pontos na revista Wine Spectator? Que
tal na comemoração e no calor das emoções, degustar
um vinho argentino Terrazas Reserva Malbec?
É um vinho marcante e equilibrado.
Mas na comemoração da vitória, nada melhor
do que degustar um vinho maduro e elegante,
aveludado e macio como um bom brasileiro
da vinícola Miolo Lote 43.
Meus amigos, a dica é: vamos beber com
responsabilidade e nunca dirigir depois de consumir
bebida alcóolica - a vida não pode ser
desperdiçada após uma taça! Procure sempre
a orientação de seu sommelier e deixe a emoção
e o calor da torcida envolver-lhe em cada
partida! Vou parar agora, pois tem um vinho me
aguardando e o jogo já vai começar! Saúde!
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Must-have
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Must-have
Sestini em cliima de Mundial
Em junho o Brasil recebe o Mundial da Fifa. Durante semanas,
milhares de torcedores de diferentes países estarão
no Brasil prestigiando suas seleções, e a Sestini
– empresa de malas e mochilas de qualidade – não
poderia estar de fora da competição. Pelo grande
potencial de impulsionar vendas que o evento possui,
a Sestini lança uma linha de produtos licenciados
e já disponíveis no mercado.
Informações:
www.sestini.com.br
Linha especial de águas
A Comexim Bebidas, uma das primeiras empresas a lançar água mineral em embalagem Pet Premium
no País, está ampliando sua linha Acquíssima com o lançamento de duas novas embalagens
que valorizam as cores do Brasil. Com a novidade, a empresa quer estar presente nas principais
datas comemorativas oferecendo um produto “Premium” para atender aos consumidores que buscam
itens cada vez mais sofisticados e diferenciados.
Com novo rótulo e destaque para a frase de estímulo “Força Brasil”, o lançamento tem edição limitada
e foco em eventos de grande público.
Informações:
www.comexim.com.br
Nova linha de fones da Geniius
Chega ao mercado brasileiro mais uma novidade da Genius: a linha de
fone de ouvidos com microfone embutido HS-M210/220, indicados
para usuários que necessitam de mãos livres enquanto falam ao celular
e que adoram ouvir música em seus smartphones. Os fones de
ouvido são discretos, modernos e confortáveis - com botão integrado
para atendimento de chamadas, que permite, ainda, a alternar entre a
função música e telefone dos aparelhos celulares.
Informações:
www.geniusnet.com/
Carregador inovador para celulares
Aparelho serve para telefones com sistemas Android, Windows
e todos os modelos da Apple . O Fast Power é um aparelho inovador
que carrega celulares sem a necessidade de ter um fio acoplado,
além de ser disponível para celulares de todos os modelos
que utilizam USB. Com dois compartimentos para celulares, o Fast
Power é capaz de dar uma carga de 30% (carga rápida) em apenas 15
minutos, podendo carregar até 10 aparelhos neste modo.
Informações:
www.fast-power.com/
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Must-have
Matte Leão antecipa o inverno
São dois combos com produtos da linha seca do
Matte Leão, que permite ao consumidor preparar
o seu próprio chá, voltados para quem procura
praticidade sem abrir mão de uma bebida leve e
saudável. Em parceria com a Bauducco, um dos
kits promocionais traz, em uma embalagem especial,
1 Leão Fuze (laranja, cravo e canela) e 1 Matte
Leão (chá matte natural), ambos com 15 saquinhos
cada, acompanhados por 1 Torrada MultiGrãos
Bauducco de 160g.
Avant lança Pendente Madri com cúpula dupla
Investindo fortemente no segmento decorativo, a Avant levou para a Expolux cerca de 70 novos modelos
de lustres e arandelas. Agora a empresa complementa a série com três modelos com cúpula dupla,
nas cores branca, preta ou vermelha. As peças são ideais para halls de entrada, salas de
jantar ou de estar, onde podem ocupar espaços de destaque. São ainda uma excelente
solução para ser usada sobre tampos de vidro, funcionando como difusor e afastando
o reflexo direto e intenso. Quando posicionado a uma distância de 80 cm do tampo
da mesa, a luz do pendente torna-se suave e convidativa para a permanência de pessoas
no espaço por longos períodos.
Informações:
www.avantled.com.br
No clima da Copa
A KitchenAid lança edição comemorativa com novas estampas inspiradas
no universo do futebol e nas cores da bandeira brasileira. Compõem
a linha de produtos, a icônica StandMixer, Mixer de mão, Liquidificador,
Torradeira e Processador de alimentos. Elevada ao status de
obra de arte, a icônica StandMixer faz parte do acervo permanente
do MoMA (Museu de Arte Moderna/Nova York). Todas as peças
combinam design, funcionalidade, ergonomia e praticidade,
sem perder na qualidade e funcionalidade, características
reconhecidas dos produtos KitchenAid:
Informações:
www.kitchenaid.com.br
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Tribuna Livre
A vantagem de SER DO CONTRA...
O pessimista empedernido, aquele que traz para o cotidiano a sua impotência em mudar uma
realidade que ele não aceita, sempre se considera o único capaz de ver e antever o futuro,
geralmente catastrófico. E pragueja quem pensa diferente...
Alfredo Bessow - Jornalista e brasileiro
É sempre o mesmo papê furadê, expressão de
uso frequente pelo Guto Bender em um blogue
onde terçamos armas, tal qual reinventados e imaginários
gauleses, em defesa do Grêmio, de não aceitar
a realidade de que o “outro” pode sim fazer aquilo
que “nós” não tivemos capacidade ou decisão em
fazer. E isso vale para obras, copas, eleições, formaturas,
concursos, olimpíadas, carnavais e até prosaicos
bailes de 15 anos.
Quem viaja – imagina o absurdo: por conta do
“maldito Lula” e dos PeTralhas existem cada vez mais
pessoas viajando, infestando aeroportos e agora até
comprando passagens para cruzeiros! – sabe que o
mais importante é a pessoa se programar. Porque os
contratempos são naturais.
Mas quem é “do contra” prefere potencializar o
caos, de preferência usando números e argumentos
que muitos de nós nem temos interesse em contrapor
de tão pífios que são. Usa uma rotina de medo –
e o mais estranho é que sempre tem alguma claque
disponível para o aplauso fortuito e expressões do
tipo: é isso mesmo!
Ninguém quer ou aceitaria viver em um mundo
onde todos fossem iguais. É importante que tenhamos
divergências, porque elas possibilitam uma
maior vigilância acerca de tudo que acontece. O problema,
no meu modo de entender, é que as pessoas
ou grupos que são “do contra” não possuem a coragem
de admitir acertos. Como se ponderar e aceitar
fosse o mesmo que sucumbir e assim fragilizar suas
convicções monolíticas.
Pobre de quem não possui a capacidade de repensar
os seus conceitos.
Repensar não significa obrigatoriamente negar
aquilo que se foi ou aquilo que se tinha como parâmetro
e verdade. Repensar conceitos é o processo
natural para fortalecer aquelas convicções mais
profundas. De tão sólidas que não temos medo de
confrontá-las no processo dialético. E se por acaso
ruírem, isso traz um lado muito positivo: de repente
podemos nos dar conta de que nem tudo era assim
tão consolidado.
Estamos vivendo tempos estranhos e onde
cada vez existe menos liberdade. No passado, havia
o patrulhamento ideológico. Hoje, há um patrulhamento
muito mais perverso, porque ele passa pela
tentativa de controle da maioria por minorias ruidosas
– como se o politicamente correto fosse o único
balizamento comportamental.
Por isso é importante que as pessoas se encorajem
no sentido de mostrar que a homogeinização
do pensamento é um processo que, sob o pretexto
de plena liberdade, impõe o total controle de nosso
modo até mesmo de ver a vida.
É importante que as pessoas resgatem a rebeldia
e que assumam que “ser do contra” é uma forma sim
correta de pensar e defender a liberdade individual.
Antes que seja irremediavelmente tarde.
16 Leitura de Bordo | Maio 2014 | www.leituradebordo.com.br

Nos jogos do Vasco pela Série B
a diretoria fará uma atração para
atrair mais público.
Quem for ao estádio com a camisa
do time, pagará meio ingresso.
Quem for com a camisa e o calção,
entrará de graça.
E quem aparecer com camisa, calção,
meião e chuteira será escalado
como titular...
O que há de comum entre o carro
à álcool e o goleiro do Flamengo?
Quando mais se precisa, nenhum
dos dois pega.
Um certo jogador de futebol entra
no bar com um papagaio sobre
o ombro e o garçom pergunta:
- O animal fala?
- Sim, e eu também — diz o papagaio.
O Manuel e a Maria vão ao jogo
de futebol. Chegam super atrasados
porque a Maria demorou séculos
se arrumando. Quando entram
no estádio, está para começar o segundo
tempo.
O Manuel pergunta a um dos torcedores:
- Como está o jogo?
- Zero a zero.
E a Maria:
- Estás a veire? Chegamos a tempo!
Os dois piores times do mundo
são:
Em segundo lugar, o time reserva
do Botafogo.
Em primeiro, os titulares.
O louro dado de presente ao
padre veio de um bar onde uma
freguesia fanática reunia-se para
ouvir jogos de futebol pelo rádio,
enquanto tomavam suas cervejas.
O padre, muito satisfeito, colocou
o novo hóspede numa coluna junto
ao púlpito. No domingo seguinte,
começou seu sermão sob os olhares
atentos dos fiéis e do papagaio:
- Meus irmãos! Paulo em suas viagens,
passou por Gaza, Jerusalém
Iope, Samaria, Cesareia, Damasco,
por...
- Puta merda — interrompeu o
papagaio — não tem um beque
para segurar esse homem?
Dois times de futebol feminino,
um só de mulheres morenas e outro
só de loiras, contrataram um
ônibus de excursão de dois andares
para um torneio em outra cidade.
O time das morenas foi no andar
de baixo e o das loiras no andar de
cima.
As morenas no andar de baixo
viajaram fazendo a maior festa até
que uma delas notou que o andar
de cima estava muito quieto. Quando
a morena chegou no andar de
cima, ela viu que todas as loiras estavam
congeladas de pânico, segurando
fortemente os braços de suas
poltronas e todas olhando para a
frente. A morena perguntou:
- O que está acontecendo aqui?
Nós estamos fazendo uma festança
lá embaixo!
Uma das loiras se vira e responde:
- É, mas lá vocês têm motorista né?
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Próxima edição
Sua excelência
o azeite
Bouza:
tanat inigualável
Mate,
identidade de um povo
Aviação regional:
fundamental para integrar
CEB
entrega todas as obras para a Copa
Um show de Copa
Revista Leitura de Bordo – Ano 5 - nº 23 – maio de 2014
É publicação mensal da Wosseb C&M, tiragem de 25 mil exemplares, circula nacionalmente nos
principais aeroportos e rodoviárias; encaminhada às agências de viagem, hotéis e distribuição institucional.
Editora de conteúdo: Sandra Fernandes
Editor: Alfredo Bessow
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Editoração Eletrônica: Wellington Pessoa
Capa: Campanário - Foto Marcos Spies
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