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noções gerais sobre outras ciências forenses - Plano de estudos do ...

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Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Porto<br />

Medicina Legal / Toxicologia Forense<br />

trata-se pois <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntificação difícil que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da quantida<strong>de</strong> e tipo <strong>de</strong> material disponível<br />

e que tem <strong>de</strong> ter em atenção uma série <strong>de</strong> variáveis constitucionais.<br />

A <strong>de</strong>terminação da ida<strong>de</strong> obe<strong>de</strong>ce a diferentes regras conforme se trate <strong>de</strong> um feto, <strong>de</strong> uma<br />

criança ou jovem, ou <strong>de</strong> um adulto.<br />

Para os fetos usam-se a fórmulas <strong>de</strong> Balthazard e Dervieux (1921): Ida<strong>de</strong> (em dias) =<br />

comprimento <strong>do</strong> feto (em centímetros) x 5,6. No caso <strong>de</strong> apenas existirem fragmentos ou ossos<br />

isola<strong>do</strong>s, utilizam-se tabelas para calcular o comprimento <strong>do</strong> feto e, através <strong>de</strong>ste, <strong>de</strong>termina-se a<br />

ida<strong>de</strong>.<br />

No caso das crianças pequenas a <strong>de</strong>terminação da ida<strong>de</strong> tem por base o seu estádio <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento. O rigor <strong>de</strong>sta estimativa vai diminuin<strong>do</strong> à medida que as crianças crescem. No<br />

caso das crianças mais velhas a ida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>terminada através <strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntes (<strong>de</strong>cíduos e<br />

<strong>de</strong>finitivos, com base em tabelas), através das epífises <strong>de</strong> crescimento <strong>do</strong>s ossos longos (o<br />

processo mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> entre os 14-20 anos e efectua<strong>do</strong>, também, através <strong>de</strong> Rx, nos indivíduos<br />

vivos) ou <strong>do</strong>s núcleos <strong>de</strong> ossificação <strong>de</strong> outros ossos (ex: suturas cranianas), ou através <strong>do</strong><br />

comprimento <strong>do</strong>s ossos longos. Não po<strong>de</strong>mos contu<strong>do</strong> esquecer que esta <strong>de</strong>terminação<br />

correspon<strong>de</strong> apenas a uma estimativa, não se tratan<strong>do</strong> nunca <strong>de</strong> uma avaliação exacta em virtu<strong>de</strong><br />

das variações individuais relacionadas com o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento (que varia com factores<br />

genéticos, metabólicos, nutricionais, ambientais, etc.).<br />

No adulto caso <strong>do</strong>s adultos recorre-se, geralmente, à análise <strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntes ou das alterações a nível<br />

da sínfise púbica (zona <strong>de</strong> articulação anterior <strong>do</strong>s ossos da bacia) po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, também, proce<strong>de</strong>rse<br />

ao estu<strong>do</strong> da fusão das suturas cranianas quan<strong>do</strong> não existam <strong>de</strong>ntes ou ossos da bacia.<br />

Po<strong>de</strong>m ainda ser tidas em conta alterações que ten<strong>de</strong>m a surgir com a ida<strong>de</strong>, como alterações<br />

<strong>de</strong>generativas ósteo-articulares. No entanto, também neste caso existem variações individuais<br />

que têm que ser pon<strong>de</strong>radas.<br />

A <strong>de</strong>terminação da altura po<strong>de</strong> ser feita através da medição <strong>do</strong> esqueleto (méto<strong>do</strong> anatómico) ou,<br />

caso este não exista na sua totalida<strong>de</strong>, através da medição <strong>do</strong>s ossos longos. Esta avaliação<br />

baseia-se na relação <strong>de</strong> proporcionalida<strong>de</strong> constante entre este comprimento e a altura <strong>do</strong><br />

indivíduo (0,8), socorren<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> tabelas e, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ao sexo previamente <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> (méto<strong>do</strong><br />

matemático). Existem tabelas específicas para os fetos e crianças pequenas, uma vez que neste<br />

casos os ossos longos nunca são encontra<strong>do</strong>s na sua totalida<strong>de</strong> (separação das epífises).<br />

A <strong>de</strong>terminação da raça (afinida<strong>de</strong> populacional) é muito complexa e pouco fiável, o que se fica a<br />

<strong>de</strong>ver aos cruzamentos entre os povos e às questões <strong>de</strong> variação entre as populações.<br />

Geralmente consi<strong>de</strong>ram-se as variações <strong>do</strong>s traços crâneo-faciais (prognatismo facial inferior,<br />

conformação <strong>do</strong> malar ou <strong>do</strong> palato, proporção das superfícies orbitárias e nasal, características<br />

da abertura <strong>do</strong> nariz e <strong>do</strong> bor<strong>do</strong> nasal inferior e certos estigmas <strong>de</strong>ntários).

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