1,2% - Supermercado Moderno

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26 • SUPERMERCADO MODERNO • MAIO 2011 G P S GUIA PRÁTICO DE SORTIMENTO 2011 Categorias | mix | TopFive ENTENDA CADA CONCEITO gias para construir o processo mental de decisão de compra. “Na Nielsen, não consideramos preço uma segmentação da árvore, mas sim um atributo.” Para outras empresas, esse é um aspecto da árvore, assim como qualidade, tamanho de embalagem, etc., importantes na decisão de muitas categorias. POR QUE CONHECER ÁRVORE E ATRIBUTOS No GC, eles definem uma segmentação para a categoria correspondente ao processo de escolha do shopper. A partir disso, o varejista pode definir o melhor sortimento e a exposição mais adequada. No caso da identificação do mix, deve-se analisar os SKUs que estão dentro de cada quebra da árvore, levantando informações como giro, vendas em volume e valor e rentabilidade. A ideia é verificar os itens que podem entrar ou sair do sortimento. Um exemplo hipotético de como o sortimento pode ser analisado em relação à árvore de decisão: na categoria de águas, a primeira quebra da árvore seria a escolha entre mineral ou purificada. Dentro disso, com ou sem gás. E, em cada uma dessas variantes, existe a segmentação por embalagens (tipo e tamanho). Imagine que a análise desse último nível aponte a existência na loja de só uma versão premium, com embalagem maior e mais cara, e giro abaixo da média. “Uma análise simples que apenas listasse itens do mais vendido para os de menor saída apontaria que o produto deveria deixar o sortimento”, explica Picolli. Porém, suponha que uma avaliação da importância desse SKU no segmento tipo e tamanho de embalagem aponte que ele atende um nicho de shoppers que frequenta a loja e que gera boa lucratividade. Essa análise mais aprofundada mostra que é melhor manter o SKU no mix. Quanto à exposição, o raciocínio é simples. Cada quebra da árvore deve corresponder a um agrupamento na gôndola, para facilitar a escolha. O papel das categorias O que a categoria representa para o supermercado depende da estratégia que o varejista define para ela. Há, entretanto, papéis comuns que são desempenhados na maioria das lojas. DESTINO segundo Picolli, engloba 5% a 7% das categorias. Em geral, o supermercadista elege produtos para transformar em destino e atrair público. Eles diferenciam a loja da concorrência. “A ideia é se tornar fornecedor primário da categoria, ou seja, fazer o consumidor ir direto para a loja a fim de comprar o produto”, diz o gerente da Nielsen. Para isso, é preciso ter mix completo, com amplitude e profundidade, o que significa ter todos os segmentos e, no mínimo, 95% dos SKUs em cada um. Deve ainda oferecer melhor preço e contar com promoções, eventos e serviços naquela categoria. “A loja deve virar referência na compra do produto eleito”, diz Picolli. ROTINA 55% a 60% das categorias cumprem esse papel. Normalmente são itens de alta penetração e frequência de compras, razão pela qual estão na lista do shopper. O sortimento não precisa ser tão completo, mas tem de corresponder aos mais procurados do público da loja. “Por serem maioria, essas categorias dão sustentação ao varejista e ajudam a construir a imagem da loja”, diz o gerente de GC da Nielsen. SAZONAL/OCASIONAL são até 20% das categorias e incluem itens típicos de datas comemorativas, como panetone (Natal). Por serem vendidos numa única época, o objetivo é ser o canal de compra mais importante para o público-alvo. É preciso ter mix amplo, ambientação, promoção e oferta. CONVENIÊNCIA são 15% a 20% das categorias e reforçam a imagem de bom sortimento. A sensação do shopper é: “aqui eu encontro tudo”. O supermercado não é referência nesses produtos de baixo giro. Um exemplo são as utilidades domésticas. O canal mais usado para adquiri-las são lojas especializadas ou centros de consumo, como a Rua 25 de Março, na capital paulista. O supermercado oferece alguns itens para atender o cliente que não vai até os varejos especializados e aproveita para levar o produto ausente da lista de compras. É um serviço ao cliente.

G P S GUIA PRÁTICO DE SORTIMENTO 2011 Categorias | mix | TopFive | 27 ENTENDA CADA CONCEITO POR QUE CONHECER O PAPEL DAS CATEGORIAS Um dos motivos é a definição da estratégia de exposição. Uma categoria destino, por exemplo, pode ficar no final do corredor – considerando o sentido de entrada do shopper no setor. Dessa maneira, o cliente percorre toda a seção e conhece outras categorias/segmentos que geram maior lucratividade. Faturamento e evolução do volume Saber qual foi o faturamento gerado pela categoria ajuda o supermercadista a definir a chamada curva ABC. Trata-se de uma segmentação que mede a importância de cada categoria para os negócios. Em geral, na curva A ficam os produtos que correspondem ao que o mercado chama de 20-80 – 20% das categorias que representam 80% das vendas. Já a variação do volume obviamente contribui para mostrar se o consumo da categoria está em ascensão ou queda ou ainda estável. POR QUE CONHECER FATURAMENTO E EVOLUÇÃO DO VOLUME O importante é cruzar os dados de mercado com as vendas da loja. Uma categoria que cresce menos no supermercado indica uma oportunidade. A partir disso, identifique por que o desempenho está aquém e corrija o que for necessário. “Em situações assim, o mix pode estar inadequado, com a ausência de um segmento em ascensão”, explica Picolli. Quanto maior o faturamento da categoria, mais ela atrai clientes para a loja e merece maior espaço. Frequência de compra e quantidade Dizem respeito à periodicidade e ao volume de compra realizado pelo shopper. Para Picolli, a análise conjunta das informações permite definir o papel que a categoria desempenha. Se frequência e quantidade forem altas, pode-se ter aí uma categoria rotina, por exemplo. Tais informações ajudam ainda a definir planograma, estoque em gôndola e no CD e reposição. Com isso, é possível evitar ruptura e estoques, que, sem rodar, comprometem o capital de giro. Capitães de categoria O papel é desempenhado pelas indústrias. Para a Nielsen, o ideal é implementar o GC em parceria com esses fabricantes. Picolli lembra que eles têm dados sobre a categoria, como árvore de decisão. Já o conhecimento do supermercado é complementar. “O varejo entende sobre a venda do produto”, afirma. E acrescenta: os capitães são geralmente donos de marcas líderes e, assim como o varejista, têm interesse em elevar as vendas da categoria. MAIS INFORMAÇÕES NIELSEN, consultoria que atua na área de GC e possui diversas ferramentas que ajudam no processo, como de gestão de espaço, informações do shopper, tendências de mercado, entre outros. Tem entre seus clientes grandes redes, como Carrefour, Pão de Açúcar e Walmart. TEL. (11) 4613-7000 SENSE ENVIROSELL, consultoria especializada em GC, atende, além das grandes de varejo, indústrias como Pepsico e Ambev. TEL: (11) 3884-8855 SM

G P S<br />

GUIA PRÁTICO DE SORTIMENTO 2011<br />

Categorias | mix | TopFive<br />

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ENTENDA CADA CONCEITO<br />

POR QUE CONHECER O PAPEL<br />

DAS CATEGORIAS<br />

Um dos motivos é a definição da estratégia de<br />

exposição. Uma categoria destino, por exemplo,<br />

pode ficar no final do corredor – considerando<br />

o sentido de entrada do shopper no setor. Dessa<br />

maneira, o cliente percorre toda a seção e conhece<br />

outras categorias/segmentos que geram maior<br />

lucratividade.<br />

Faturamento e evolução do volume<br />

Saber qual foi o faturamento gerado pela categoria<br />

ajuda o supermercadista a definir a chamada curva<br />

ABC. Trata-se de uma segmentação que mede<br />

a importância de cada categoria para os negócios.<br />

Em geral, na curva A ficam os produtos que correspondem<br />

ao que o mercado chama de 20-80 – 20%<br />

das categorias que representam 80% das vendas. Já<br />

a variação do volume obviamente contribui para<br />

mostrar se o consumo da categoria está em ascensão<br />

ou queda ou ainda estável.<br />

POR QUE CONHECER FATURAMENTO<br />

E EVOLUÇÃO DO VOLUME<br />

O importante é cruzar os dados de mercado com<br />

as vendas da loja. Uma categoria que cresce menos<br />

no supermercado indica uma oportunidade. A<br />

partir disso, identifique por que o desempenho está<br />

aquém e corrija o que for necessário. “Em situações<br />

assim, o mix pode estar inadequado, com a ausência<br />

de um segmento em ascensão”, explica Picolli.<br />

Quanto maior o faturamento da categoria, mais<br />

ela atrai clientes para a loja e merece maior espaço.<br />

Frequência de compra e quantidade<br />

Dizem respeito à periodicidade e ao volume de<br />

compra realizado pelo shopper. Para Picolli, a análise<br />

conjunta das informações permite definir o<br />

papel que a categoria desempenha. Se frequência e<br />

quantidade forem altas, pode-se ter aí uma categoria<br />

rotina, por exemplo.<br />

Tais informações ajudam ainda a definir planograma,<br />

estoque em gôndola e no CD e reposição.<br />

Com isso, é possível evitar ruptura e estoques, que,<br />

sem rodar, comprometem o capital de giro.<br />

Capitães de categoria<br />

O papel é desempenhado pelas indústrias. Para a<br />

Nielsen, o ideal é implementar o GC em parceria<br />

com esses fabricantes. Picolli lembra que eles têm<br />

dados sobre a categoria, como árvore de decisão. Já<br />

o conhecimento do supermercado é complementar.<br />

“O varejo entende sobre a venda do produto”,<br />

afirma. E acrescenta: os capitães são geralmente<br />

donos de marcas líderes e, assim como o varejista,<br />

têm interesse em elevar as vendas da categoria.<br />

MAIS INFORMAÇÕES<br />

NIELSEN, consultoria que atua na área de GC e possui diversas<br />

ferramentas que ajudam no processo, como de gestão<br />

de espaço, informações do shopper, tendências de mercado,<br />

entre outros. Tem entre seus clientes grandes redes, como<br />

Carrefour, Pão de Açúcar e Walmart. TEL. (11) 4613-7000<br />

SENSE ENVIROSELL, consultoria especializada em GC,<br />

atende, além das grandes de varejo, indústrias como Pepsico<br />

e Ambev. TEL: (11) 3884-8855<br />

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