26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 98<br />

orgânicas <strong>de</strong> criaturas jovens, porventura a elas associadas. Vê-se,<br />

pois, quanto o fenômeno é complexo. Mas, seja como for, o que se<br />

não po<strong>de</strong> recusar é a existência <strong>de</strong> forças invisíveis e <strong>de</strong>sconhecidas,<br />

em jogo. Não po<strong>de</strong>ria haver, na atmosfera, entida<strong>de</strong>s psíquicas<br />

<strong>de</strong>sprovidas <strong>de</strong> qualquer valor intelectual e moral? Nossa humanida<strong>de</strong><br />

carnal está cheia <strong>de</strong>las... De vez que a alma não perece, que é<br />

feito da alma dos idiotas? E a dos animais, superior a <strong>de</strong> uns tantos<br />

homens?<br />

*<br />

Uma das <strong>casas</strong> <strong>mal</strong>-<strong>assombradas</strong> que mereceu maior estudo e<br />

atenção foi a <strong>de</strong> Glasgow, na Inglaterra, por mim retro-citada<br />

quando me referi à Socieda<strong>de</strong> Dialética <strong>de</strong> Londres, expressamente<br />

organizada para essas investigações. Eis o relatório <strong>de</strong> uma testemunha<br />

ocular:<br />

“Ivy Bank, Glasgow, 30 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1869.<br />

O fato se passou há alguns anos e eu pu<strong>de</strong> observá-lo pessoalmente,<br />

enquanto a polícia procedia ao respectivo inquérito.<br />

Foi em abril <strong>de</strong> 1864. Toda a população <strong>de</strong> Scott's Lane,<br />

Port Glasgow, impressionou-se gran<strong>de</strong>mente com os tabiques<br />

<strong>de</strong> um compartimento ocupado pelo jardineiro Hugo Cardle e<br />

família. Duas semanas havia que os ruídos se prolongavam por<br />

toda a noite e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a nova se espalhou, era <strong>de</strong> ver-se a<br />

multidão <strong>de</strong> curiosos que ali se juntava na rua, até às 10 horas.<br />

Escada, ante-sala e todo o compartimento regurgitavam <strong>de</strong> curiosos,<br />

enquanto os policiais circulavam procurando manter a<br />

or<strong>de</strong>m. Meu primeiro cuidado foi uma inspeção da casa, auxiliado<br />

pelo ven<strong>de</strong>iro James Fegan.<br />

Enquanto me <strong>de</strong>tinha no cômodo on<strong>de</strong> começava o tabique,<br />

entrou o sargento acompanhado do meirinho. Expus-lhe o fim<br />

da minha visita e, como também ele <strong>de</strong>sejava <strong>de</strong>scobrir a frau<strong>de</strong>,<br />

prontificou-se me fazer companhia. <strong>As</strong> pancadas começa-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!