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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 88<br />

chegou a suspeitar do seu único vizinho, Senhor E..., que tem<br />

também dois filhos <strong>de</strong> 17 e 22 anos. Interroguei severamente a<br />

família E... que me replicou: “Sabemos que nos acusam, mas<br />

nós estamos inocentes.” O chefe entregou-me a carta junto ao<br />

relatório e <strong>de</strong>clarou-me submeter-se a todas as <strong>de</strong>vassas. Por<br />

<strong>de</strong>monstrar seu alheamento <strong>de</strong> todo esse negócio, <strong>de</strong>u-me uma<br />

prova irrefutável, afirmando-me textualmente:<br />

1° – No dia 25 <strong>de</strong> setembro, ao meio-dia, meu filho mais<br />

velho saíra a compras e o mais moço achava-se acamado. Por<br />

mim, há essa hora, mantinha-me simplesmente à cabeceira <strong>de</strong><br />

meu pai agonizante. O Senhor M. R. veio pedir-me a espingarda<br />

e eu lá estive com ele, em sua casa, experimentando a arma.<br />

Poucos minutos <strong>de</strong>pois, duas pedras batiam na porta. Estava<br />

eu, portanto, junto do Senhor M. R. e meu filho, esse, lá se<br />

conservava no leito.<br />

2° – A 6 <strong>de</strong> outubro, às 6 horas da manhã, conversava com<br />

o Senhor M. R. no pátio da sua casa e tínhamos junto <strong>de</strong> nós os<br />

rapazes, os meus e os <strong>de</strong>le, quando duas pedras caíram no teto<br />

e outras duas na porta da granja.<br />

O Senhor M. R. acreditará no que por aí se diz da morte do<br />

pai <strong>de</strong>le? Quererá ele, porventura, iludir temores ancestrais, a-<br />

tribuindo aos vizinhos esses fenômenos? É possível que assim<br />

seja e, tanto mais presumível, dado o aumento da sua <strong>de</strong>voção,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sses acontecimentos.<br />

O pai <strong>de</strong>le, que atingiu ida<strong>de</strong> avançada, foi, na velhice, atacado<br />

<strong>de</strong> loucura. Um dia, ausente o filho, fugiu, <strong>de</strong>sapareceu.<br />

Os parentes <strong>de</strong>bal<strong>de</strong> o procuraram e acabaram convictos <strong>de</strong><br />

que se afogara no rio e fora arrastado pela corrente. Sete meses<br />

mais tar<strong>de</strong>, um caçador que va<strong>de</strong>ava o pântano existente entre<br />

X... e X..., <strong>de</strong>u com um cadáver à flor d'água estagnada. Chamaram<br />

então a polícia e um médico, que disse ao Senhor M.<br />

R.: – Uma vez que reconhece o cadáver <strong>de</strong> seu pai, o melhor é

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