26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 84<br />

lícia e, não o encontrando, falamos ao seu substituto. O Senhor<br />

Comissário – disse – vos afirmaria, qual o faço eu mesmo, que,<br />

apesar <strong>de</strong> todos os esforços, nunca se pô<strong>de</strong> algo <strong>de</strong>scobrir e, <strong>de</strong><br />

antemão vos digo, nem se <strong>de</strong>scobrirá jamais. – Disso estava<br />

certo, caro senhor, mas sempre queríamos ouvi-lo da sua boca.<br />

Muito obrigado...”<br />

Eis como fala o Marquês <strong>de</strong> Mirville, a propósito <strong>de</strong>ssa casa da<br />

rua das Nogueiras. Fixemos, com Bozzano, que essa é a história <strong>de</strong><br />

quase todos as inquéritos nesse sentido. De fato, as causas permaneciam<br />

impenetráveis, constrangendo os cépticos a se pagarem<br />

com induções mais ou menos absurdas, que, embora inócuas, enquanto<br />

as manifestações persistem em toda a sua evidência, tomam,<br />

não obstante, certo incremento e infirmam a verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que elas cessam; e com isso se enfraquecem as impressões <strong>de</strong><br />

autenticida<strong>de</strong> inconteste, recebidas pelos que as presenciaram. O<br />

notável inci<strong>de</strong>nte dos projéteis facetados, <strong>de</strong> mol<strong>de</strong> a atravessar a<br />

estreita fenda do postigo, posto que maravilhoso, não é raro nessa<br />

espécie <strong>de</strong> fenômenos. Mesmo a circunstância mais curiosa da<br />

certeira pontaria confun<strong>de</strong>-se com outros numerosos inci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

projéteis que <strong>de</strong>notam segura e sistematicamente um objetivo. Dirse-ia,<br />

até, ser a regra nessa or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> coisas.<br />

É fácil compreen<strong>de</strong>r a gran<strong>de</strong> importância teórica <strong>de</strong>sses fatos,<br />

porque levam a pressupor origens intencionais, servidas por faculda<strong>de</strong>s<br />

e po<strong>de</strong>res supranormais. Somos, então, levados a <strong>de</strong>sculpar<br />

os que acreditam no diabo <strong>de</strong> permeio. De resto, vale anotar que o<br />

diabo ainda continua associado a todo o ensinamento cristão. Todavia,<br />

confessemos que a primeira impressão que nos causam esses<br />

fenômenos é a <strong>de</strong> sua banalida<strong>de</strong> e vulgarida<strong>de</strong>. Seja qual for a<br />

causa, aí temos exercícios bem singulares! Forças inteligentes em<br />

ação, mas inteligências bem medíocres. Passemos a consi<strong>de</strong>rar<br />

outras manifestações, instruamo-nos livremente, sem idéia qualquer<br />

preconcebida.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!