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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 71<br />

Qual a duração <strong>de</strong>ssa sobrevivência? Será a imortalida<strong>de</strong> da<br />

alma? Em princípio, não há razão para supor que, sobrevivendo ao<br />

corpo por sua própria natureza, esteja a alma <strong>de</strong>stinada a uma<br />

futura <strong>de</strong>struição. É uma questão metafísica, esta, fora do quadro<br />

da observação científica, no qual <strong>de</strong>ve manter-se esta obra: a observação<br />

não po<strong>de</strong> provar senão o que lhe seja contemporâneo. Nas<br />

investigações aqui examinadas, nós não constatamos a imortalida<strong>de</strong><br />

e sim a sobrevivência temporária.<br />

Nos treze casos expostos não temos mesmo, sob os olhos, mais<br />

que uma breve sobrevivência, <strong>de</strong> minutos no caso <strong>de</strong> Cícero e <strong>de</strong><br />

horas nos <strong>de</strong> Lord Brougham e conseguintes. Vemos, também, que,<br />

em geral, as manifestações acompanham <strong>de</strong> perto a morte. Aliás, é<br />

o que já havíamos observado no 3° volume <strong>de</strong> A Morte e o seu<br />

Mistério.<br />

A condição essencial para investigar fenômenos naturais – dizia<br />

Clau<strong>de</strong> Bernard – é conservar em nossos estudos uma inteira<br />

liberda<strong>de</strong> espiritual, baseada na dúvida filosófica. Eis um princípio<br />

do qual importa não nos afastarmos jamais.<br />

O estudo da alma está muito longe <strong>de</strong> ser praticado e, por enquanto,<br />

<strong>mal</strong> se <strong>de</strong>lineia, máxime, no campo experimental, cujo<br />

terreno apenas principiamos a revolver.<br />

Agora que o princípio da sobrevivência se funda em fatos impossíveis<br />

<strong>de</strong> serem logicamente negados, po<strong>de</strong>mos ir um pouco<br />

além nas nossas excursões metapsíquicas.<br />

Antes <strong>de</strong> tudo, ocorre-nos à mente uma pergunta: <strong>As</strong> <strong>casas</strong><br />

<strong>mal</strong>-<strong>assombradas</strong>? (A antepenúltima das 13 observações prece<strong>de</strong>ntes<br />

é <strong>de</strong>las um eco: <strong>de</strong> fato, que figura <strong>de</strong> velha seria aquela, perceptível<br />

a uma gata e visível a uma criatura humana?)<br />

Anunciei (III, pág. 442) que po<strong>de</strong>ria juntar toda uma documentação<br />

suplementar aos numerosos fatos já averiguados, e é isso que<br />

aqui intento fazer.

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