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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 69<br />

pelo que muito grato me seria obter da própria sua tia a <strong>de</strong>scrição<br />

do fato e o conceito em que o tinha. Eis a resposta:<br />

“Caro Mestre.<br />

Apesar do muito <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r ao seu pedido, para obter<br />

<strong>de</strong> minha tia uma <strong>de</strong>claração pessoal a respeito do fenômeno<br />

por mim relatado, nada posso fazer nesse sentido. Ela se conserva<br />

fiel ao propósito <strong>de</strong> guardar, exclusivamente para si, essa<br />

lembrança do filho, supondo talvez profanar a sua memória, e<br />

pelo que não tem divulgado o fato senão a pessoas da família.<br />

Na verda<strong>de</strong>, é com tal ou qual ciúme que esses pobres pais<br />

guardam o último a<strong>de</strong>us do filho querido e eu não me animo a<br />

dizer-lhes que cometi essa indiscrição a vosso favor e no só intuito<br />

<strong>de</strong> ser útil à vossa obra, com o acréscimo <strong>de</strong> mais um e-<br />

xemplo conclu<strong>de</strong>nte. Certa estou <strong>de</strong> que não houve ilusão, nem<br />

alucinação. Meus tios, residindo na Alsácia, e no campo, <strong>de</strong>scriam<br />

absolutamente <strong>de</strong>ssas coisas e, sempre que lhes contavam<br />

algo <strong>de</strong> semelhante, riam-se e não trepidavam em chamar<br />

loucos aos que os propalavam. Hoje, ao contrário, riem-se dos<br />

cépticos, convictos <strong>de</strong> que o filho querido não quis partir sem<br />

lhes dizer a<strong>de</strong>us.<br />

Ackeret.”<br />

Não se contam por uma, nem <strong>de</strong>z, nem cem, as reservas <strong>de</strong>sse<br />

gênero, opostas a confirmações solicitadas. Mas, perguntamos:<br />

essas reservas nos impe<strong>de</strong>m <strong>de</strong> crer na autenticida<strong>de</strong> dos fatos<br />

narrados? Não, por certo. Eles, os informantes, merecem-nos todo<br />

o respeito e eu não sei como agra<strong>de</strong>cer bastante a essas almas<br />

íntegras, que souberam dominar as suas mágoas e contribuir com o<br />

seu precioso testemunho para o progresso da Ciência. Incontestavelmente,<br />

essas provas póstumas nos causam espanto, afiguram-senos<br />

inverossímeis. Entretanto, o real nem sempre é verossímil,

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