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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 66<br />

E quantos exemplos outros não po<strong>de</strong>riam juntar-se a esses,<br />

começando por aquele (pág. 251) <strong>de</strong> uma mãe aparecendo aos<br />

filhos e <strong>de</strong>tendo-os no momento em que, na sua correria, eles se<br />

aproximavam do poço. Mas, eu não quero aqui repetir tudo o que<br />

foi dito e provado nesse tomo III. Todo aquele que nega a realida<strong>de</strong><br />

dos fenômenos psíquicos revela-se ignorante ou mentiroso – dizia<br />

Victor Hugo após as suas experiências <strong>de</strong> Jersey. De fato, esse<br />

dilema é radical, <strong>de</strong>le não se po<strong>de</strong> fugir. É preciso ser ignorante ou<br />

<strong>de</strong> má fé para negar esses fenômenos. Todos os homens in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

que se dispuseram a estudá-los, sem idéias preconcebidas,<br />

verificaram a sua realida<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong>m eles ser imitados, simulados,<br />

fraudados clan<strong>de</strong>stinamente, da mesma forma como se po<strong>de</strong> celebrar<br />

missa sem ser padre nem crer em missas; ou escamotear nas<br />

cartas, ou fabricar moeda falsa. Nada disso, porém, faz prova contra<br />

a verda<strong>de</strong> e apenas serve para difundir no público interpretações<br />

ridículas.<br />

Em vez <strong>de</strong> negar todos esses fatos e os ridiculizar, seria mais<br />

sensato procurar a sua melhor interpretação, discuti-los amplamente,<br />

respeitá-los, assim concorrendo para aclarar o maior dos problemas,<br />

sobretudo na hora que passa. Porque essas verificações são<br />

da mais alta importância filosófica.<br />

De bom grado, direi dos fenômenos psíquicos o mesmo que<br />

dizia Poincaré, em 1911, das nebulosas em espiral: “Essa forma<br />

espiral é assaz encontradiça para que a conceituemos fruto do<br />

acaso, e compreen<strong>de</strong>-se quanto é incompleta qualquer teoria cosmogônica<br />

que faça abstração <strong>de</strong>la.” 6 <strong>As</strong>sim, também os fenômenos<br />

psíquicos não po<strong>de</strong>m abstrair-se, nem se negligenciar, em qualquer<br />

teoria filosófica, mas constituir parte integrante do estudo do homem.<br />

6<br />

Henrique Poincaré – Lições sobre as hipóteses cosmogônicas, pág.<br />

24.

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