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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 65<br />

Abrindo então os olhos, viu junto do leito uma rapariga da<br />

sua al<strong>de</strong>ia, trajada à camponesa. Essa bela criatura, acrescentou,<br />

não se conduzia lá muito bem, pelo que teve ocasião <strong>de</strong><br />

lhe dar muitos conselhos inutilmente. Pois bem: essa rapariga<br />

tinha morrido na véspera.”<br />

Po<strong>de</strong>r-se-á recorrer, nesse caso, à velha hipótese, algo simplista,<br />

das alucinações? Certo que não. Aqui, temos duas impressões<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, sem causa <strong>de</strong>terminável, <strong>de</strong> vez que o falecimento<br />

era ignorado. É fácil dizer e supor que não é verda<strong>de</strong>; que é invencionice;<br />

que a primeira vi<strong>de</strong>nte foi vítima <strong>de</strong> uma ilusão e que a<br />

segunda mentiu, etc. Mas, quando essas ocorrências se <strong>de</strong>sdobram<br />

aos milhares, provenientes <strong>de</strong> todos os países do mundo, é caso <strong>de</strong><br />

se lhes dispensar um exame sério. Instruamo-nos lealmente nesse<br />

exame. <strong>As</strong> aparições <strong>de</strong> mortos já se não po<strong>de</strong>m negar. Recapitulemos<br />

aqui as últimas observações, afora as prece<strong>de</strong>ntes:<br />

I – Narrativa <strong>de</strong> Cícero; II – Dita <strong>de</strong> Lord Brougham; III – A<br />

mãe do amigo <strong>de</strong> Belbé<strong>de</strong>r, falecida 2 horas antes; IV – O morto<br />

visto pela Senhora Beale; V – O amiguinho da Srta. Estela, após 20<br />

minutos; VI – O cantor Russel morto por aci<strong>de</strong>nte; VII – O amigo<br />

Carlos logo após o suicídio; VIII – A avó do astrônomo Tweedale;<br />

IX – O bibliotecário inglês; X – A aparição do tio ao sobrinho, em<br />

Bordéus; XI – A aparição da Senhora Helena Ram 20 horas <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> sua morte, ignorada; XII – A velha percebida pela gata; XIII –<br />

A dupla manifestação relatada pela Con<strong>de</strong>ssa Carandini.<br />

Aqui temos 13 observações, às quais só po<strong>de</strong>mos opor negativas<br />

arbitrárias, in<strong>de</strong>monstráveis. Admitamos que as duas primeiras<br />

sejam menos radicalmente prováveis que as <strong>de</strong>mais, e, ainda assim,<br />

não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> merecer atenção. Atendo-nos a esses treze casos,<br />

verificamos que o grau <strong>de</strong> sua probabilida<strong>de</strong> é igual ao que chamamos<br />

certeza, em todos os eventos humanos.

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