26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 64<br />

Quanto a saber como se produzem essas aparições, isto é outro<br />

caso. Por minha vez, perguntarei ao meu ilustre amigo como admite<br />

a seguinte observação da página 436, sem admitir ao mesmo<br />

tempo a causa <strong>de</strong>terminante.<br />

“A Senhora K... acariciava a gatinha ao colo. De repente, o<br />

ani<strong>mal</strong> mostrou-se inquieto, arrepiou-se todo e entrou a rosnar,<br />

como que atemorizado. Nesse comenos, a Senhora K... enxergou,<br />

assentada na poltrona a seu lado, uma velha megera <strong>de</strong><br />

rosto encarquilhado, a fitá-la com rancor. A gatinha ficou como<br />

louca e atirava-se contra a porta, em saltos <strong>de</strong>sesperados. A<br />

senhora, apavorada, clamava socorro. Acudiu-lhe a genitora,<br />

mas o fantasma <strong>de</strong>saparecera. A visão durou talvez cinco minutos.<br />

Dizem que nesse quarto, há muito tempo, uma velha se<br />

enforcou.”<br />

Repitamos ainda uma vez: como admitir todas essas manifestações<br />

sem atribuí-las ao <strong>de</strong>funto? Sim, porque <strong>de</strong> outra forma,<br />

teremos que tudo atribuir a alucinações sem causa, coincidindo,<br />

todavia, com falecimentos mais ou menos remotos. Vejamos ainda<br />

outra observação, abonada por duas testemunhas. A Con<strong>de</strong>ssa<br />

Carandini assinalou-me o fato seguinte:<br />

“Uma noite, cerca <strong>de</strong> 9 horas, todos os <strong>de</strong> casa estávamos<br />

ainda em ativida<strong>de</strong>. Minha irmã, moça <strong>de</strong> 17 anos, ao passar<br />

pelo corredor viu, estupefata, bem <strong>de</strong>baixo do bico <strong>de</strong> gás, uma<br />

bela e robusta rapariga com trajes <strong>de</strong> camponesa. <strong>As</strong>sustou-se,<br />

gritou e o fantasma sumiu. Depois, como entrasse a chorar <strong>de</strong><br />

medo, minha mãe repreen<strong>de</strong>u-a com severida<strong>de</strong>. Na manhã seguinte,<br />

a filha da cozinheira, moça dos seus 25 anos, veio contar<br />

à minha mãe que, na véspera, à noite, logo que se <strong>de</strong>itara,<br />

ouviu um sopro, parecendo-lhe que alguém respirava a seu lado.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!