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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 57<br />

muitas vezes, refratária a todos os pontos <strong>de</strong> vista, como no seguinte<br />

caso:<br />

“Sexta-feira 22 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1890, às 10 horas da manhã,<br />

um tal Senhor Russel, cantor da Igreja <strong>de</strong> S. Lucas, em S.<br />

Francisco, tombou em plena rua, acometido <strong>de</strong> apoplexia.<br />

Transportado à sua residência, ali expirou às 11 horas. No sábado,<br />

<strong>de</strong>veria, ele repetir um trecho musical. O fato é que, nessa<br />

sexta-feira, à tar<strong>de</strong>, o mestre <strong>de</strong> canto Senhor Reeves estava<br />

a procurar o trecho <strong>de</strong> música a ser cantado no seguinte domingo,<br />

quando, ao sair do aposento, <strong>de</strong>parou com o cantor pálido,<br />

na escada e tendo um rolo <strong>de</strong> música em uma mão, enquanto<br />

na outra apoiava a testa.<br />

“Ele se apresentava tão real, tão vivo – diz o Senhor Reeves<br />

–, que fui resoluto ao seu encontro para cumprimentá-lo e<br />

dar-lhe as boas vindas. Mas, eis que ele se <strong>de</strong>sfez qual nuvem<br />

no ar.” O observador, estupefato, pôs-se a gritar: “Meu Deus!”<br />

A irmã e a sobrinha acudiram prestes, ele queria falar e não<br />

podia. Apesar <strong>de</strong> robusto, sadio e céptico, adoeceu e assim esteve<br />

alguns dias.<br />

Escusado dizer que ignorava a morte do cantor, três horas<br />

antes. Seu grito foi ouvido por três pessoas. A visão se verificou<br />

em condições todas normais <strong>de</strong> vigília, em pleno dia, e não<br />

permite sequer imaginar uma alucinação hipnótica.”<br />

Essa narrativa tão minu<strong>de</strong>nte, confirmada pelo reitor da Igreja<br />

<strong>de</strong> São Lucas em carta dirigida ao professor Adams, <strong>de</strong> Cambridge,<br />

po<strong>de</strong>rá ser averbada <strong>de</strong> suspeita? Não nos autoriza o simples bom<br />

senso a dar as costas aos negadores? Certo, porque negar observações<br />

<strong>de</strong>ssa espécie é tudo negar. Também nos advertem que não<br />

somos obrigados a aceitar tudo o que nos contam e precisamos ter<br />

em conta que há farsantes e impostores. Mas isso mesmo tenho eu<br />

repetido <strong>de</strong>z vezes, sem que daí se colija a inexistência <strong>de</strong> casos

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