26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 55<br />

então, procurou certificar-se <strong>de</strong> que não fora vítima <strong>de</strong> uma i-<br />

lusão. Mas, a noite estava escura, não havia luar. O fato é que<br />

a pessoa, cuja forma reconhecera, havia falecido duas horas<br />

antes.”<br />

Ora pois! se essa mãe morreu duas horas antes, porque atribuir<br />

essa observação a uma criptestesia misteriosa, vocábulo que, antes<br />

<strong>de</strong> tudo, faz-se preciso <strong>de</strong>finir claramente? Não digo que muitas<br />

vezes se contentam com palavras? Dizer que vemos o que está<br />

oculto não é explicar melhor a significação da palavra luci<strong>de</strong>z.<br />

Outro exemplo colhido no mesmo autor:<br />

“A Srta. Beale contava 14 anos e uma noite viu entrar-lhe<br />

pelo quarto um vulto <strong>de</strong> homem envolto num roupão flutuante<br />

e como a procurar abrir caminho com as mãos. Súbito, <strong>de</strong>sapareceu.<br />

A senhorita, apavorada, chamou pela companheira <strong>de</strong><br />

quarto, que lhe disse: – há <strong>de</strong> ser meu irmão C... No dia seguinte,<br />

ao almoço, o C... negou ter vindo, mas <strong>de</strong>clarou que<br />

também ele tinha visto, no seu quarto, o dito vulto, parecendolhe<br />

um amigo enfermo, porém não grave e que um dia lhe dissera:<br />

“o que morrer primeiro, dará um sinal”. Verificaram mais<br />

tar<strong>de</strong> que o óbito se <strong>de</strong>ra precisamente naquela noite.”<br />

O <strong>de</strong>funto <strong>de</strong>sobrigava-se <strong>de</strong> uma promessa. Por que duvidar?<br />

A criptestesia, a luci<strong>de</strong>z, explicam o fato? Não vem o morto ao<br />

caso? Isso é o que <strong>de</strong>sejamos saber.<br />

Outro exemplo, citado na mesma obra e que, <strong>de</strong> resto, também<br />

publiquei em A Morte e o seu Mistério, t. III, pág. 144:<br />

“A Srta. Estela, 17 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, viu na sua alcova um jovem<br />

camarada que lhe votava fraternal afeição. – A porta a-<br />

briu-se – diz ela –, eu vi-o entrar. Levantei-me para colocar a<br />

poltrona junto do fogão, pois fazia frio, e notei que ele não trazia<br />

agasalho. Censurei-lhe tamanha imprevidência e ele, ao in-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!