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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 50<br />

Negar a queda <strong>de</strong> um aerólito, por não po<strong>de</strong>rmos reproduzi-la à<br />

vonta<strong>de</strong>. Haver por fabuloso um eclipse, por ser preciso esperar<br />

condições luni-solares idênticas para revê-lo, ou que um abalo<br />

sísmico não ocorreu porque não nos é possível repeti-lo.<br />

Tanto vale confundir duas or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> coisas inteiramente distintas,<br />

isto é: a observação e a experimentação. Um fenômeno espontâneo<br />

observa-se; um composto químico fabrica-se experimentalmente.<br />

Ora, não é raro constatarmos esse erro <strong>de</strong> raciocínio, mesmo<br />

entre homens habituados aos métodos científicos. A <strong>As</strong>tronomia, a<br />

Meteorologia, são ciências <strong>de</strong> observação, mas a Mecânica é uma<br />

ciência experimental. Deverão as manifestações dos mortos ser<br />

admitidas entre os fatos cientificamente <strong>de</strong>monstrados por observações<br />

suficientes? Essa a questão, que se torna inútil complicar com<br />

dissertações marginais. A campanha insensata contra a manifestação<br />

dos mortos ensejados pela publicação do 3° volume da minha<br />

obra induz-me a insistir na realida<strong>de</strong> incontestável <strong>de</strong>ssas manifestações.<br />

São inumeráveis os testemunhos. Para testemunhos, é preciso<br />

acusar os <strong>de</strong>poentes <strong>de</strong> haverem observado <strong>mal</strong>, <strong>de</strong> se terem<br />

iludido, e até mentido. Acusações que se justificariam talvez parciais,<br />

mas não totalmente. Examinemos a frio, atentamente, algumas<br />

<strong>de</strong>ssas manifestações, começando por uma das mais remotas.<br />

*<br />

Este velho <strong>de</strong>poimento que os meus leitores já conhecem, por<br />

havê-lo transcrito em Urânia, é <strong>de</strong> um escritor justamente reputado,<br />

pela integrida<strong>de</strong> do julgamento e cuidado que dispensava a tudo<br />

quanto redigia. Trata-se da história <strong>de</strong> dois viajantes, contada por<br />

Cícero: 5 “Dois amigos chegaram a Megara e alojaram-se em cômodos<br />

separados. Um <strong>de</strong>les, <strong>mal</strong> adormeceu, viu o outro diante <strong>de</strong><br />

5<br />

De Divinatione, 1 § 27,

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