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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 43<br />

mas dos Mortos, senão em <strong>de</strong>fesa própria e após 10 anos <strong>de</strong> discussões<br />

contraditórias. Quanto a mim, estou no mesmo caso, só tendo<br />

admitido a manifestação dos mortos, na impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> as<br />

explicar como <strong>de</strong> vivos. <strong>As</strong> outras hipóteses não resistem a uma<br />

análise rigorosa e completa.<br />

Entre as muitas cartas recebidas como fruto <strong>de</strong> investigações<br />

ten<strong>de</strong>ntes a explicar o caso, por atos do moribundo em vida, noto<br />

as <strong>de</strong> Grandmougin, Geoffriault, Clemente <strong>de</strong> Saint-Marcq, Kontz,<br />

<strong>de</strong> Schildkvecht, Flobert. A maior parte invoca uma transmissão <strong>de</strong><br />

pensamento, proveniente da carta recebida pela mulher do engenheiro.<br />

Como temos visto, essas duas hipóteses não colhem. Lembro-as<br />

aqui para provar, ainda uma vez, que nós buscamos, antes<br />

<strong>de</strong> tudo, a elucidação completa. Houve nisto um belo exemplo <strong>de</strong><br />

controvérsia na imprensa francesa, que merece aqui registrado, não<br />

obstante a sua extensão.<br />

Ajuntarei, ainda, que o aspecto cadavérico do suicida – livi<strong>de</strong>z<br />

da cútis e manchas sintomáticas <strong>de</strong> envenenamento letal – atestam<br />

superiormente, mais que todos os argumentos, a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa<br />

manifestação póstuma.<br />

Po<strong>de</strong>-se divergir nas explicações, como nas teorias suscetíveis<br />

<strong>de</strong> racionalizar os fatos, mas negá-los simplesmente é um erro<br />

in<strong>de</strong>sculpável.<br />

Nossas primeiras impressões levam-nos a atribuir à telepatia<br />

entre vivos essas manifestações post-mortem, mas há casos em que<br />

essa interpretação não cabe. Os autores <strong>de</strong> Fantasmas dos Vivos<br />

assinalaram, a esse respeito, 4 o exemplo da Senhora Menncer, a<br />

sonhar duas vezes na mesma noite, que via <strong>de</strong> pé, junto ao leito, o<br />

irmão <strong>de</strong>capitado, com a cabeça num esquife ao lado. A senhora<br />

ignorava o para<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>sse irmão, Senhor Wellington, em viagem<br />

no estrangeiro. De fato, estava ele então em Sarawok com o Senhor<br />

4<br />

Tomo I, pág. 365.

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