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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 42<br />

experiência para explicar o caso Mackenzie? Aqui, vemos, essa<br />

interpretação não se adapta à realida<strong>de</strong>.<br />

Ao meu ver, repito, entre milhares <strong>de</strong> casos observados, o <strong>de</strong><br />

Luís Noell é o único que se po<strong>de</strong> comparar ao <strong>de</strong> Mackenzie. Mas,<br />

ainda assim, quanta diferença! Vejamos, analisemos.<br />

Luís Noell ressente a impressão logo que entra em estado propiciatório,<br />

na primeira noite seqüente ao apelo, duas horas <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> começar o sono a libertar-lhe o cérebro.<br />

O sonho do patrão <strong>de</strong> Mackenzie só chegou na segunda noite,<br />

48 horas <strong>de</strong>pois da morte. Para aplicarmos a esse sonho a hipótese<br />

do retardamento, importaria supor que o patrão não houvesse dormido<br />

a noite prece<strong>de</strong>nte. Nada que se relacione, portanto, com o<br />

que publicou o próprio Myers; 3 e a idéia <strong>de</strong> uma impressão latente<br />

aí não colhe, sendo ele, embora, o autor <strong>de</strong>ssa hipótese. Deveríamos,<br />

ainda, supor que o cérebro não estivesse em estado <strong>de</strong> receptivida<strong>de</strong><br />

senão após toda uma noite <strong>de</strong> sono, até à hora <strong>de</strong> acordar.<br />

Parece-me, portanto, <strong>de</strong>vermos eliminar essa explicação e que, em<br />

matéria <strong>de</strong> retardamento, o <strong>de</strong> Luís Noell constitui um máximo<br />

único, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que há um limite ao intervalo possível entre a emissão<br />

e a recepção. A ação do morto subsiste, então, como a explicação<br />

mais provável e mais admissível.<br />

Quanto à <strong>de</strong> uma transmissão <strong>de</strong> pensamento, <strong>de</strong>vida à chegada<br />

da carta à mulher do engenheiro, tenho-a por menos concebível<br />

ainda, visto que essa carta anunciava o suicídio e não a falsida<strong>de</strong> da<br />

interpretação. Seria preciso admitir que a leitora da carta não acreditasse<br />

no que lia e imaginasse um engano fatalístico. Leitura<br />

telepática da carta, então, feita pelo engenheiro adormecido e combinações<br />

do seu espírito? Hipóteses sobre hipóteses! Aqui, não se<br />

trata <strong>de</strong> relação direta original. Notemos que F. Myers, autor da<br />

célebre obra Fantasmas dos Vivos, não chegou a escrever Fantas-<br />

3<br />

A Personalida<strong>de</strong> Humana, t. II, pág. 52.

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