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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 41<br />

O que mais se lhe aproxima, no concernente à impressão cerebral<br />

retardada, é o que se encontra em A Morte e seu Mistério,<br />

tomo II, pág. 7, e que acima referi: a irmã <strong>de</strong> Luís Noell, bela<br />

jovem <strong>de</strong> 18 anos, subitamente atacada <strong>de</strong> angina durante um passeio<br />

e falecendo após dolorosa agonia, ao mesmo tempo em que se<br />

manifestava ao irmão em Montpellier.<br />

Inscrevi esse fato, absolutamente autêntico e contra o qual não<br />

po<strong>de</strong> haver negação admissível, em o número das comunicações<br />

telepáticas entre vivos, e não como póstuma, <strong>de</strong>ixando aberta a<br />

porta para a segunda hipótese, por isso que <strong>de</strong>vemos buscar explicação,<br />

primeiramente, na mentalida<strong>de</strong> dos vivos. Fre<strong>de</strong>rico Myers,<br />

o autor da impressão latente retardada e que a estudou com tanto<br />

zelo, admite que o retardamento não po<strong>de</strong> exce<strong>de</strong>r <strong>de</strong> algumas<br />

horas, doze no máximo 2 e que esse retardamento se explica pela<br />

preocupação do cérebro durante o dia, <strong>de</strong> modo a não facultar a<br />

manifestação antes que o espírito repousado possa ressenti-la. No<br />

dia da morte o estudante divertia-se. A irmã, acometida no dia 22, à<br />

tar<strong>de</strong>, morreu na manhã seguinte. Ele não se recolheu senão antes<br />

da noite <strong>de</strong> 23 para 24, às 2 da madrugada. Deitou-se satisfeito,<br />

adormeceu logo e, lá pelas 4 horas, sonha com a irmã, pálida,<br />

sangrante, angustiada, lançando-lhe aquele grito <strong>de</strong>sesperado e<br />

in<strong>de</strong>finidamente repetido. A hipótese do retardamento perceptivo aí<br />

se apresenta logicamente. O rapaz não estava em estado <strong>de</strong> receber,<br />

antes, o apelo fraterno. Concebemos, portanto, essa <strong>de</strong>mora <strong>de</strong> 24<br />

horas após o falecimento, admitindo que a moribunda tenha <strong>de</strong>sejado<br />

a presença do irmão, até que exalasse o <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro alento.<br />

<strong>As</strong>siste-nos o direito, parece-me, dada a situação especial do percipiente,<br />

<strong>de</strong> prolongar a esse ponto o retardamento, posto que, regra<br />

geral, ele se limite a poucas horas. Po<strong>de</strong>remos basear-nos nessa<br />

2<br />

F. Myers, A Personalida<strong>de</strong> Humana, v. II, pág. 13.

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