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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 366<br />

seguiram logo, e o terceiro, que ali <strong>de</strong>via ficar, fechou a porta e<br />

recolheu-se ao seu quarto. Estabelecido o silêncio, Karin estava<br />

quase adormecendo quando ouviu pesados passos nos <strong>de</strong>graus<br />

da varanda e, logo <strong>de</strong>pois, três pancadas fortes. Passada<br />

a primeira surpresa, vestiu-se e foi abrir a porta, dando <strong>de</strong> cara<br />

com um dos visitantes que se haviam retirado pouco antes e<br />

que, não acertando com o caminho, <strong>de</strong>vido à escuridão da noite,<br />

vinha pedir uma lanterna. Karin o aten<strong>de</strong>u e tornou a <strong>de</strong>itarse,<br />

Mal ia adormecendo, três pancadas soaram <strong>de</strong> novo, perfeitamente<br />

idênticas às primeiras. Outra vez levantou-se, foi à<br />

porta, lá não encontrou viva alma. Novamente na cama, as três<br />

pancadas se repetiram por espaço <strong>de</strong> uma hora.<br />

Houve um interregno <strong>de</strong> silêncio até às 3 horas, quando as<br />

pancadas repercutiram ainda uma vez e <strong>de</strong> todo cessaram para<br />

o resto da noite. Karin não se mostrou impressionada com o fato<br />

e quis crer que se tratava <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira dos hóspe<strong>de</strong>s, ou <strong>de</strong><br />

qualquer outra pessoa.<br />

Mas, na noite seguinte, <strong>mal</strong> se <strong>de</strong>itou e apagou a luz, as três<br />

pancadas se repetiam com intervalos, durante duas horas, e foram<br />

também distintamente ouvidas pela criada, que dormia na<br />

sala <strong>de</strong> jantar e que ficou apavorada. No dia imediato o Senhor<br />

N. regressou. Como à noite o barulho recomeçasse, ele resolveu<br />

tirar o negócio a limpo e agarrar o patusco. Destacaram<br />

sentinelas fora e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> havê-la varejado da<br />

a<strong>de</strong>ga ao celeiro. Nada <strong>de</strong>scobriram e, contudo, as pancadas<br />

não cessavam. N. e sua mulher mudaram <strong>de</strong> quarto, chegaram<br />

a instalar-se na <strong>de</strong>spensa e o barulho os acompanhava por toda<br />

parte. <strong>As</strong>sim, não tardaram a perceber que havia uma relação<br />

qualquer da pessoa <strong>de</strong> Karin com os fenômenos. Salvo um dia<br />

em que se ausentou para ir à al<strong>de</strong>ia, os fenômenos se reproduziram<br />

sistematicamente, todas as noites, até 30 <strong>de</strong> maio. E-<br />

xausta, Karin ausentou-se <strong>de</strong> casa por oito dias a fim <strong>de</strong> repou-

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