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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 356<br />

pedras que alvejassem os quatro ângulos da casa. Pouco <strong>de</strong>pois,<br />

diversos vidros estilhavam-se no assoalho. Os moradores<br />

da casa pediram socorro. Apressei-me a voltar à minha casa,<br />

em busca <strong>de</strong> um amigo e <strong>de</strong> um guarda-policial no posto vizinho.<br />

Para lá voltamos todos e estupefatos encontramos vidros em<br />

migalhas, como pulverizados por gran<strong>de</strong>s pedras <strong>de</strong>spedidas<br />

com gran<strong>de</strong> força <strong>de</strong> projeção. O que nos surpreen<strong>de</strong>u foi a<br />

quebra <strong>de</strong> vidros que não podiam ser atingidos por pedras vindas<br />

do exterior. Enquanto as pedras choviam, a Srta. Floralina<br />

Burbalina nos disse que uma gran<strong>de</strong> pedra havia caído do teto<br />

roçando-lhe na cabeça. Fora isso às 2 horas da tar<strong>de</strong>, quando<br />

procurava pentear-se, frente ao toucador. Contou-nos mais,<br />

que o bombar<strong>de</strong>io tinha começado ao meio-dia. Certos <strong>de</strong> haver<br />

farsistas atrás <strong>de</strong> tudo aquilo, congregamos alguns guardas<br />

a mais e fomos postar-nos em volta da casa, escondidos em<br />

moitas e fossos. Vigiamos em vão, até 11 horas, visto que, por<br />

todo esse tempo, as pedras continuavam a cair <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa.<br />

No dia 28 <strong>de</strong> abril, com uns tantos guardas dirigidos por<br />

dois chefes, lá voltamos às 7 horas da noite. Dessa feita vimos<br />

pedras atiradas às vidraças, bem como vidros a caírem por si<br />

mesmos, sem serem atingidos, o que nos aumentou a curiosida<strong>de</strong>.<br />

A senhorita acusava fadiga e mostrou <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> recolherse<br />

ao seu quarto. Enquanto para lá se dirigia, uma pedra <strong>de</strong> tamanho<br />

regular partiu um vidro perto <strong>de</strong>la. Momentos <strong>de</strong>pois, o<br />

irmão vinha informar-nos <strong>de</strong> que ela per<strong>de</strong>ra os sentidos. Efetivamente,<br />

fomos encontrá-la hirta, fria, sem respiração. Depois<br />

<strong>de</strong> muito trabalho, conseguimos chamá-la a si, mas <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> poucos minutos tornou a <strong>de</strong>smaiar, mais profundamente do<br />

que a primeira vez.<br />

No dia 29, cerca <strong>de</strong> meio-dia, ouvimos ainda o estalar <strong>de</strong><br />

vidraças. Ao correr da noite, lá voltamos e encontramos nume-

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