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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 355<br />

“Epigrafando: Uma jovem <strong>mal</strong>-assombrada em Ooty, o Madras<br />

Times, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1897, conta que uma tal Floralina<br />

tinha ido, em companhia <strong>de</strong> uma amiga, visitar o cemitério católico<br />

e que três dias antes um suicida fora lá enterrado.<br />

De gênio folgazão e pouco escrupulosas, as duas jovens e-<br />

legeram o cemitério como lugar <strong>de</strong> recreio para aquela tar<strong>de</strong>.<br />

Arrastadas por sua índole travessa, ei-las a dançarem sobre as<br />

covas, a escavarem a terra, <strong>de</strong>rrubando cruzes, etc. Ao voltarem<br />

para casa, adoeceram e <strong>de</strong>ram a enten<strong>de</strong>r que estavam realmente<br />

possessas do <strong>de</strong>mônio.”<br />

Ouçamos, porém, a história <strong>de</strong>ssas <strong>mal</strong>ucas histéricas, que<br />

lembram as convulsionárias <strong>de</strong> S. Medard, os possessos <strong>de</strong> Loudun<br />

e outros espécimes psicofisiológicos.<br />

“Mostravam-se agitadas, olhavam todo o mundo com rancor,<br />

tornaram-se tão outras que houveram <strong>de</strong> ser fechadas num<br />

quarto, como medida <strong>de</strong> prudência. Rasgavam as vestes e, se<br />

acaso outras mulheres tentavam acalmá-las, enfrentando-as,<br />

<strong>de</strong>rrubavam-nas com a maior facilida<strong>de</strong>. Aos homens, porém,<br />

atendiam, fosse por julgá-los mais fortes, ou por outra razão<br />

qualquer.<br />

Os dias se escoaram e as bizarras criaturas, constantemente<br />

atormentadas, <strong>de</strong>sgrenhavam, arrancavam os cabelos, por vezes<br />

inteiramente furiosas. Uma, isto é, a Srta. Graça, casou-se<br />

(é o que <strong>de</strong> melhor po<strong>de</strong>ria fazer) e <strong>de</strong>ixou a casa.<br />

Domingo à noite, 25 <strong>de</strong> abril, tive o prazer <strong>de</strong> ser apresentado<br />

à Srta. Floralina, que me pareceu já então tranqüila. Mas<br />

contaram-me que, a partir do dia 20, entre 10 e 12 horas da<br />

noite, pedras e cacos <strong>de</strong> vidro eram atirados violentamente, <strong>de</strong><br />

fora, se bem que a ninguém ferissem. No dia 27, à noite, lá estava<br />

às 7 horas e ouvi o estrépito <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> e pesado vidro caindo<br />

ao solo. Avançando alguns metros, ouvi baques como <strong>de</strong>

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