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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 348<br />

lou-se <strong>de</strong> súbito, empali<strong>de</strong>ceu muito e ficou imóvel na ca<strong>de</strong>ira.<br />

Entretanto, no quarto vizinho, on<strong>de</strong> ninguém se encontrava,<br />

ouvimos entrechocar <strong>de</strong> copos e ruídos outros, como se alguém<br />

lá estivesse. Chamamo-lo pelo nome, interrogamo-lo, “Que é<br />

isso?” Ele <strong>de</strong>spertou como <strong>de</strong> um sono magnético, e quando<br />

lhe contamos o sucedido, replicou: “Isso me acontece muitas<br />

vezes e tenho a impressão <strong>de</strong> achar-me fora do corpo.” 48<br />

Sem nos ocuparmos no momento com a teoria do corpo etéreo,<br />

constatamos somente que o ser humano é dotado <strong>de</strong> faculda<strong>de</strong>s<br />

ainda <strong>de</strong>sconhecidas. Em suas tão engenhosas investigações sobre<br />

os fenômenos físicos atribuídos por sua mulher, excelente médium,<br />

à própria mãe já falecida, o Dr. W. <strong>de</strong> Sermyn conclui com estas<br />

curiosas anotações: 49<br />

“Como os ruídos continuassem a repetir-se <strong>de</strong> tempos a<br />

tempos, aproveitei uma noite em que <strong>de</strong>spertei com rumor <strong>de</strong><br />

passos e <strong>de</strong> móveis <strong>de</strong>rrubados enquanto Gisela dormia, em<br />

sono hipnótico. Repetiu-me então, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muito hesitar, o<br />

que já me havia dito quando personificava sua mãe. Or<strong>de</strong>neilhe<br />

se lembrasse no dia seguinte, ao <strong>de</strong>spertar, <strong>de</strong> tudo o que<br />

acabava <strong>de</strong> me dizer, ou fosse, mandar dizer uma missa pela<br />

alma sofredora e pedir-lhe que nos libertasse da sua presença.<br />

Ignoro se Gisela mandou celebrar tal missa, mas o fato é que<br />

os distúrbios não mais se reproduziram. Os ruídos atribuídos<br />

por Gisela ao Espírito <strong>de</strong> um morto eram, evi<strong>de</strong>ntemente, produzidos<br />

por ela mesma. Em todas as <strong>casas</strong> <strong>mal</strong>-<strong>assombradas</strong> há<br />

um médium. A nossa o era, com certeza. Muitas vezes as cobertas<br />

da cama eram arrebatadas, mãos invisíveis me apalpavam<br />

por cima das cobertas. Certa feita, <strong>de</strong>spertei e, assentado<br />

48 Kerner, Correspondência, II, 343.<br />

49 Contribuições ao estudo <strong>de</strong> algumas faculda<strong>de</strong>s cerebrais <strong>de</strong>sprezadas.

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