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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 346<br />

A princípio supus, naturalmente, que o fenômenos se possibilitassem<br />

pela força psíquica do vivente, admitindo que esse exame<br />

po<strong>de</strong>ria levar-nos à prova da ação post-mortem. Houve quem me<br />

censurasse essa prudência. O Senhor A. Erny escreveu em Annales<br />

<strong>de</strong>s Sciences Psychiques <strong>de</strong> 1900, pág. 22, o seguinte:<br />

“Erro completo é o do Sr, <strong>Flammarion</strong>, acreditando serem<br />

os moribundos e não os mortos, que po<strong>de</strong>m manifestar-se. Um<br />

morto po<strong>de</strong> manifestar-se <strong>de</strong> modo mais ou menos objetivo,<br />

porque está <strong>de</strong>sprendido e o seu corpo psíquico po<strong>de</strong> operar<br />

momentaneamente, transportando-se a distâncias enormes, tal<br />

como o fluido elétrico. De resto, é quase sempre a parentes e<br />

amigos que o morto se manifesta, atraído pela afeição já existente<br />

na Terra. Quanto aos moribundos, não lhes é possível<br />

manifestarem-se, pela excelente razão da luta <strong>de</strong> todos os elementos<br />

psíquicos no momento da morte, a fim <strong>de</strong> se <strong>de</strong>sembaraçarem<br />

do corpo físico. Não será, pois, no meio <strong>de</strong>ssa crise<br />

suprema, que o moribundo haja <strong>de</strong> manifestar-se, seja como<br />

for. 47 O moribundo está numa espécie <strong>de</strong> estado comatoso, no<br />

qual parece sofrer muito; mas, na realida<strong>de</strong>, é insensibilizado<br />

pela crise e pelo tempo <strong>de</strong> sua duração. Lembro-me <strong>de</strong> que,<br />

quando meu pai agonizava e parecia sofrer extremamente, disse-lhe<br />

o seguinte: – Dir-se-ia que estás sofrendo muito; mas se<br />

assim não é, aperta-me a mão. Impossibilitado <strong>de</strong> falar, ele<br />

apertou-me levemente a chão. Aí, temos a prova evi<strong>de</strong>nte, palpável,<br />

<strong>de</strong> que ele não sofria, seu estado não seria penoso. Meu<br />

pai acreditava firmemente na imortalida<strong>de</strong> da alma e, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

expirar, seu rosto, contraído pela moléstia, tomou uma expressão<br />

<strong>de</strong> serenida<strong>de</strong> e majesta<strong>de</strong> que muito nos impressionou, a<br />

mim e minha mãe.”<br />

47 Hipótese <strong>de</strong>smentida por fatos (veja-se Em torno da Morte).

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