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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 34<br />

O muito parisiense e muito sutil negativista <strong>de</strong> O Jornal houve<br />

por bem acusar o recebimento <strong>de</strong>sse testemunho, fazendo-o, aliás,<br />

em carta amabilíssima, da qual <strong>de</strong>stacaria aqui apenas estas linhas:<br />

“É verda<strong>de</strong> que o fato se <strong>de</strong>u ali nas Costas do Norte, mas,<br />

ainda assim, os personagens são anglo-saxônicos. Ricardo<br />

Wingfield Baker não é nada bretão. Ora, essa história, como<br />

todas as outras, não me merecem fé. Ilusões, gabolices, lérias.”<br />

Vê-se, então, que uma observação tão característica nada vale<br />

porque o narrador não é francês! Fosse ele francês e a sentença não<br />

<strong>de</strong>ixaria <strong>de</strong> ser idêntica. Lérias, não mais que lérias em todas essas<br />

histórias. Mortes, luto, dores, <strong>de</strong>sesperos, tudo isso vale nada e o<br />

que nos cumpre é rir. Essa maneira <strong>de</strong> interpretar fenômenos inexplicáveis<br />

é, evi<strong>de</strong>ntemente, <strong>de</strong> uma extrema simplicida<strong>de</strong>! Notemos,<br />

contudo, que essa é a pauta comum, pois todas as ciências<br />

foram assim julgadas nos seus primórdios.<br />

A objeção não tem, <strong>de</strong> resto, nenhum valor, visto que uma observação<br />

em Roma ou em Londres é tão respeitável como em Paris,<br />

e ainda porque se trata <strong>de</strong> fatos verificados no mundo inteiro e a<br />

França não tem <strong>de</strong>les monopólio.<br />

Alguns dias <strong>de</strong>pois, isto é, a 18 <strong>de</strong> junho, recebi esta carta <strong>de</strong><br />

Boulogne-sur-Mer, sumariando uma observação bem francesa,<br />

portanto:<br />

“Li vosso artigo do dia 16, intitulado Os mortos se manifestam.<br />

Li também o Meu filme, do nosso humorístico Vautel, que<br />

nega os fatos <strong>de</strong> que falais, pretextando que eles ocorrem sempre<br />

em países distantes. Vou então contar-vos um, ocorrido em<br />

Paris, em 1911, que po<strong>de</strong>is transmitir ao Senhor Vautel.<br />

Em fevereiro <strong>de</strong> 1906 perdi meu pai no hospital Cochin, em<br />

conseqüência <strong>de</strong> uma operação. Como minha mãe não tivesse,<br />

no momento, recursos para custear o enterro, o hospital o fez

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