26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 330<br />

mente o rapaz, que, antes dos tiros, permanecia apático, modorrado.<br />

Agora, vendo cair as pedras, ei-lo a gritar que era o<br />

<strong>de</strong>mônio, a fugir pela jungle, na escuridão da noite. Des<strong>de</strong> que<br />

ele <strong>de</strong>sapareceu, o fenômeno cessou. Escusado dizer que não<br />

voltou e perdi o empregado.<br />

<strong>As</strong> pedras não apresentavam nada <strong>de</strong> particular, a não ser<br />

que, tocando-as, sentia-se-lhes maior quentura que a natural.<br />

Quando amanheceu, lá estavam elas no assoalho e vi que também<br />

os cinco cartuchos <strong>de</strong>flagrados jaziam embaixo da janela.<br />

Procurei ainda uma vez examinar a cumeeira, no local <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

partiam as pedras, mas não <strong>de</strong>scobri o mais leve indício <strong>de</strong><br />

rombo na camada <strong>de</strong> folhas.<br />

Durante o pouco tempo do fenômeno, haviam caído mais <strong>de</strong><br />

vinte pedras. Recolhi algumas e conservo-as até hoje. A princípio,<br />

supus tratar-se <strong>de</strong> pedras meteóricas, <strong>de</strong> vez que vinham<br />

aquecidas; mas, como explicar a penetração pelo teto sem o<br />

perfurar?<br />

Em conclusão: o pior para mim, <strong>de</strong> toda essa aventura, foi,<br />

com a fuga do rapaz, ter <strong>de</strong> preparar o meu almoço e renunciar<br />

ao café e as torradinhas habituais.”<br />

Respon<strong>de</strong>ndo a perguntas nossas, o Conselho Diretor da Socieda<strong>de</strong><br />

Psíquica acrescentou alguns esclarecimentos, entre os quais<br />

<strong>de</strong>stacamos os seguintes:<br />

“Eu e o rapaz éramos as únicas pessoas que estavam na cabana<br />

completamente mergulhada no juncal.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista da frau<strong>de</strong> o rapaz está acima <strong>de</strong> suspeitas,<br />

pois dormia junto da porta e, quando procurava <strong>de</strong>spertá-lo,<br />

duas pedras caíram sucessivamente e eu as vi e ouvi cair, pois<br />

a porta estava aberta.<br />

<strong>As</strong> pedras caíam com vagareza notável, <strong>de</strong> modo que, no<br />

caso mesmo <strong>de</strong> frau<strong>de</strong>, restaria algo <strong>de</strong> misterioso a explicar.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!