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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 323<br />

banal e quase ridículo. Mas, <strong>de</strong>pois, consi<strong>de</strong>rei que um homem<br />

afeito a discussões jurídicas não é um tipo qualquer. O mais simples<br />

seria supor que não passasse tudo <strong>de</strong> ilusão; mas como, se<br />

havia afirmativas concordantes <strong>de</strong> três testemunhas? E <strong>de</strong>pois,<br />

sobretudo, aquele balanço da toalha seria mais ridículo que a contração<br />

das patas da rã <strong>de</strong> Galvani? Todavia, é lícito perguntar se o<br />

Senhor Belgeonne não teria agido inconscientemente. Mas, como<br />

pôr em movimento um objeto sem saber que o fazemos e, ao <strong>de</strong>mais,<br />

<strong>de</strong> improviso? O problema não está resolvido, confessemolo.<br />

Do inquérito feito em Anvers e ao qual o missivista se prestou<br />

do melhor grado, obtive uns tantos documentos oficiais, sobre a<br />

data <strong>de</strong> falecimento do pai <strong>de</strong> Balgeonne, a 3 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1900,<br />

com 67 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, bem como testados em separado das duas<br />

irmãs, e informes outros prestáveis à elucidação do problema. A<br />

teoria da atuação do <strong>de</strong>funto, cuja bonda<strong>de</strong> e paternal amor aos<br />

filhos conheciam, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser admissível. Continuemos, porém,<br />

a estudar e comparar. Não esqueçamos que foi com a anatomia<br />

comparada que Cuvier obteve suas <strong>de</strong>scobertas paleontológicas.<br />

Tenho <strong>de</strong> contínuo manifestado e meu espanto e pesar por ver<br />

comunicações <strong>de</strong> mortos e manifestações tão insignificantes e tão<br />

banais; e contudo, impon<strong>de</strong>rados sempre, não <strong>de</strong>ixam os adversários<br />

<strong>de</strong> encrespar-me essa circunstância. Mas, pergunto: não <strong>de</strong>ve a<br />

sincerida<strong>de</strong> impor-se antes <strong>de</strong> tudo? Nós estudamos. Nós constatamos.<br />

Certo, preferíramos (eu mais que ninguém) obter revelações<br />

da vida espiritual e <strong>de</strong> outros planetas.<br />

Se o resultado dos nossos estudos fosse negativo, comprovando<br />

que certas almas não se comunicam e mesmo que não há senão<br />

manifestações fragmentárias, ecos imperfeitos <strong>de</strong> Espíritos ainda<br />

ligados à vida terrena, ou ainda produções pessoais inconscientes,<br />

não <strong>de</strong>ixaríamos <strong>de</strong> o proclamar com toda a franqueza.

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