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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 310<br />

29 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1884, a senhorita dirigiu-lhe a palavra pela<br />

primeira vez, mas não obteve resposta. Depois, procurou tocálo,<br />

sem o conseguir, pois sempre se lhe esquivava. À noite,<br />

ouviam-lhe os passos muito rápidos. Em suma, era como se ali<br />

morasse e nada preten<strong>de</strong>sse. Por fim, todos se habituaram e<br />

mais <strong>de</strong> vinte pessoas pu<strong>de</strong>ram vê-lo. Tentaram fotografá-lo,<br />

não conseguiram. De tempos a tempos, ouviram-se rumores<br />

violentos. Ouçamos, porém, a narrativa.”<br />

Descrita a casa e o jardim, a Srta. Monton assim se exprime:<br />

“M. S., o proprietário, per<strong>de</strong>ra a consorte que muito extremava.<br />

Para afogar o <strong>de</strong>sgosto, entrou a beber. Dois anos <strong>de</strong>pois<br />

tornou a casar-se. A segunda mulher tentou, <strong>de</strong> começo, regenerá-lo,<br />

mas acabou viciando-se também, e daí uma vida conjugal<br />

tormentosa, constantemente entremeada <strong>de</strong> altercações e<br />

cenas violentas.<br />

Meses antes da morte <strong>de</strong> M. S. (14 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1876), a mulher<br />

separou-se <strong>de</strong>le e foi residir em Clifton. Ausente quando<br />

ele morreu, é <strong>de</strong> crer que não mais voltasse ao lar. Ela veio a<br />

falecer também, em 23 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1878. Por morte <strong>de</strong> M.<br />

S., a casa foi comprada por um senhor já idoso, que também<br />

morreu ao fim <strong>de</strong> seis meses, ficando a casa longos anos <strong>de</strong>sabitada,<br />

até que meu pai a comprou em março <strong>de</strong> 1882. Nossa<br />

família é numerosa, pois tenho quatro irmãs e dois irmãos. Há<br />

esse tempo, eu tinha 19 anos e nenhum <strong>de</strong> nós ouvira dizer algo<br />

sobre essa casa. Ocupamo-la em fins <strong>de</strong> abril e somente em<br />

junho surgiu a primeira aparição.<br />

Em meu quarto, preparando-me para acamar, ouvi baterem<br />

à porta e fui abri-la supondo que fosse mamãe. Surpresa, <strong>de</strong>i<br />

alguns passos no corredor e vi um vulto <strong>de</strong> mulher alta, com<br />

um vestido <strong>de</strong> lã escuro, e cujos passos eram quase imperceptíveis.<br />

Com um lenço na mão direita, ocultava o rosto. A mão

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