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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 307<br />

Gray; e isto por motivo <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m particular, isto é, a perda <strong>de</strong><br />

um irmão, falecido em circunstâncias econômicas embaraçosas.<br />

Esse irmão <strong>de</strong>ixara um filho, que tinha o mesmo nome <strong>de</strong><br />

João Gray e foi logo admitido como aprendiz da oficina, tendo<br />

falecido pouco <strong>de</strong>pois. Dizia-se que os credores do pai não<br />

chegaram a receber integralmente os seus créditos (100 libras<br />

mais ou menos) e que o tio do rapaz era o responsável por esse<br />

prejuízo. Além disso, vieram a saber que o rapaz se empenhava<br />

para que o tio solvesse os compromissos paternos. Posso<br />

dar testemunho pessoal do terror que ao Senhor Gray causaram<br />

aquelas manifestações. Um dia levou-me consigo a inspecionar<br />

diversas obras e, <strong>de</strong> caminho, entrou a comentar os fenômenos,<br />

dando-me a enten<strong>de</strong>r que eles po<strong>de</strong>riam ser explicados naturalmente.<br />

Sua atitu<strong>de</strong> era a <strong>de</strong> um homem petrificado pelo terror,<br />

e eu estou persuadido <strong>de</strong> que ele tinha feito observações<br />

próprias, que não queria ou não lhe convinha confessar.<br />

Um dia, soube-se que saldara as dívidas do irmão e as manifestações<br />

cessaram incontinente. Na sepultura do sobrinho<br />

não havia lápi<strong>de</strong>, mas logo que os fenômenos começaram, ele<br />

apressou-se a preencher essa for<strong>mal</strong>ida<strong>de</strong>. A lousa ainda lá está,<br />

no cemitério <strong>de</strong> Swanland, po<strong>de</strong>ndo ler-se nela a seguinte<br />

inscrição: “John Gray, falecido aos 22 anos, em 5 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />

1849.”<br />

Publico esse curioso caso com todos os pormenores, sem embargo<br />

<strong>de</strong> longos, por julgá-lo muito instrutivo sob todos os pontos<br />

<strong>de</strong> vista. Ainda com Myers, acrescentarei:<br />

“Não lobrigamos nesse caso qualquer manifestação intelectual,<br />

mas tão só projeção <strong>de</strong> sarrafos em todas as direções, por<br />

atos intencionais, no propósito <strong>de</strong> atrair atenção e sem molestar<br />

a ninguém. <strong>As</strong> testemunhas, em tese, concordam em que os fenômenos<br />

foram provocados por pessoa falecida, no intuito <strong>de</strong>

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