26.11.2014 Views

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 30<br />

zer-se, conforme carta do meu preposto na Escócia, recebida<br />

no dia imediato.<br />

Ao meu ver, essa aparição po<strong>de</strong> ser atribuída ao profundo<br />

reconhecimento do rapaz, pelo fato <strong>de</strong> o haver tirado da miséria.<br />

Ele quereria conservar-se digno aos meus olhos.”<br />

“Eis a narrativa do industrial <strong>de</strong> Glasgow. Procurando revelar<br />

a verda<strong>de</strong>, a propósito <strong>de</strong> um pretenso suicídio, não prova<br />

esse operário a sobrevivência da alma? Convém assinalar, <strong>de</strong><br />

passagem, que o suicídio é consi<strong>de</strong>rado crime, na Inglaterra.<br />

Nós possuímos centenas <strong>de</strong> observações análogas, feitas por<br />

homens pon<strong>de</strong>rados, que contam simplesmente o que se passou<br />

com eles. O único meio <strong>de</strong> fugir a explicações é negar os fatos,<br />

dizendo que são criações imaginárias, que as pretensas testemunhas<br />

mentiram. Ora, esse industrial <strong>de</strong> Glasgow era amigo<br />

<strong>de</strong> Gurney, um dos fundadores da Socieda<strong>de</strong> Inglesa <strong>de</strong> Investigações<br />

Psíquicas, que o conceituava e estimava como homem<br />

<strong>de</strong> bem a toda prova. Pois bem: a menos que acusemos <strong>de</strong> impostura<br />

todos os observadores, que os averbemos <strong>de</strong> visionários<br />

ou mais ou menos san<strong>de</strong>us, havemos <strong>de</strong> admitir esses fatos,<br />

tal como admitimos a queda <strong>de</strong> um raio, caprichoso e i-<br />

nexplicado. Não se po<strong>de</strong> negar. Importa, antes, confessar francamente<br />

que há por aí toda uma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> coisas ainda <strong>de</strong>sconhecidas<br />

às investigações cientificas. No caso particular que<br />

acabo <strong>de</strong> expor, esse rapaz, envenenado por equívoco, na noite<br />

<strong>de</strong> sábado para domingo, em Glasgow, apareceu na terça-feira<br />

seguinte, em Londres, ao seu patrão (que ignorava o fato) para<br />

lhe <strong>de</strong>clarar que não se suicidara. Estava morto havia 48 horas.<br />

Ninguém po<strong>de</strong>rá imaginar, nesse caso, a coincidência <strong>de</strong> um<br />

sonho tão exato e tão-pouco obra do acaso, ou o que quer que<br />

seja.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!