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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 299<br />

para <strong>de</strong>ixarem <strong>de</strong> entrar no quadro da ciência mo<strong>de</strong>rna. Chegado é<br />

o tempo <strong>de</strong> procurar explicá-los. Nós já conhecíamos o calçado que<br />

rolava no castelo do Calvados. Este outro é tão notável e tem com<br />

aquele tanta analogia, que não <strong>de</strong>vo publicá-lo sem comentário,<br />

sem ensaiar uma explicação. O moribundo estava muito ligado ao<br />

irmão. No momento extremo, uma corrente psíquica ter-se-ia estabelecido<br />

entre ele e o irmão, traduzindo-se no cérebro <strong>de</strong>ste pela<br />

sensação <strong>de</strong> ruído perfeitamente ouvido, como se um sapato tivesse<br />

rolado no assoalho, e mais: acompanhado <strong>de</strong> uma sensação <strong>de</strong><br />

angústia. Esse o fato. Conhecemos outros muitos, máxime os registrados<br />

no tomo II <strong>de</strong> A Morte e o seu Mistério, capítulo referente<br />

aos avisos <strong>de</strong> morte. São transmissões telepáticas incontestáveis:<br />

ouvem-se ruídos que diferem segundo o estado <strong>de</strong> receptivida<strong>de</strong> do<br />

percipiente, ruídos subjetivos, nada materiais. Há projeção entre a<br />

causa e o efeito, entre o moribundo e o que percebe, e nós somos<br />

levados a pensar que, nesses casos, não são ondas esféricas projetando-se<br />

longe e alargando-se, como as sônicas e as luminosas.<br />

Não seria, certo, uma onda <strong>de</strong>ssa or<strong>de</strong>m, que teria partido <strong>de</strong> Marselha<br />

para toda parte e fosse captada <strong>de</strong> passagem em Paris, pelo<br />

irmão do moribundo. Nós adivinhamos, antes, uma corrente psíquica,<br />

lembrando a corrente magnética, produzida entre a barra <strong>de</strong><br />

ferro e a agulha imantada.<br />

Essa corrente psíquica lembra a que vimos estabelecer-se entre<br />

o Capitão Escourrou, morto no México a 29 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1863, e<br />

sua mãe resi<strong>de</strong>nte em Sevres, perto <strong>de</strong> Paris, a qual divisou no<br />

retrato do filho um dos olhos vazados e o rosto coberto <strong>de</strong> sangue.<br />

Publicando esse notável fenômeno <strong>de</strong> telepatia, na pré-citada<br />

obra, <strong>de</strong>ixei <strong>de</strong> o secundar com os numerosos atestados e os atos<br />

oficiais que lhe abonam a autenticida<strong>de</strong> (falta-nos espaço para<br />

reproduzir tantos testemunhos), mas os leitores que quiserem comprová-los<br />

po<strong>de</strong>rão recorrer aos Annales, <strong>de</strong> 1891, págs. 148-156.<br />

Ora, nesta como na observação <strong>de</strong> Rion<strong>de</strong>l há, evi<strong>de</strong>ntemente,

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