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As casas mal assombradas - de Camille Flammarion - Limiar Espírita

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<strong>Camille</strong> <strong>Flammarion</strong> – <strong>As</strong> Casas Mal <strong>As</strong>sombradas 298<br />

irmão tinha falecido naquela mesma noite, sem agonia, sem sofrimento,<br />

sem dizer palavra. Procurei saber a hora. O amigo<br />

que o assistiu disse que fora precisamente à 1:45.<br />

Para completar estas informações, <strong>de</strong>vo acrescentar que<br />

nossa velha mãe, cega há 15 anos, ouviu, também ela, rumores<br />

noturnos e fortes pancadas na porta do seu quarto. Devo i-<br />

gualmente dizer que resolvi ocultar o evento à minha mãe, que<br />

até hoje o ignora. Impressionada com o que ouvira, ela veio ao<br />

meu quarto justamente quando eu regressava do enterro e, na<br />

presença <strong>de</strong> minha mulher, disse-me <strong>de</strong> chofre: “Tive há duas<br />

ou três noites um aviso concernente à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> teu irmão. Precisas<br />

ir a Marselha quanto antes, pois ele está doente e com<br />

certeza procura ocultar o seu estado. Vai socorrê-lo!” Procurei<br />

<strong>de</strong>svanecer os tristes pressentimentos maternos, averbando-os<br />

<strong>de</strong> meramente quiméricos.<br />

Eis os fatos que me honro <strong>de</strong> lhe assinalar. Se, como suponho,<br />

eles se enquadram no seu plano <strong>de</strong> trabalho, po<strong>de</strong>rá publicá-los<br />

com o meu nome integral e o meu en<strong>de</strong>reço. São fatos<br />

que se não po<strong>de</strong>m atribuir à imaginação, porque tangíveis. Não<br />

tenho necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> repetir que, até este momento, minha<br />

mãe acredita vivo o seu Benjamim e eu me consi<strong>de</strong>ro na obrigação<br />

<strong>de</strong> mantê-la nessa ilusão certo <strong>de</strong> que a lúgubre notícia<br />

lhe seria funesta, tal o precário estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em que se encontra.<br />

R. Rion<strong>de</strong>l (Advogado).”<br />

Aí estão fatos rigorosamente observados, mas que ficam incompreensíveis.<br />

Como po<strong>de</strong>riam produzir-se esses ruídos? Sapatos<br />

a rolarem no assoalho! Há então que imaginar: 1°- alucinação<br />

auditiva <strong>de</strong> tal barulho; 2°- uma coincidência fortuita com o falecimento<br />

não previsto. É uma hipótese difícil <strong>de</strong> amparar. E a sensação<br />

telepática da genitora? Fenômenos são esses, assaz freqüentes,

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